quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

‘Alice no País das Maravilhas’ e ‘O Criado’ no quinto dia de Mostra 21

Mostra 21 - O absurdo nos une, nos move (2017)
Curadoria e mediação: Elvis Pinheiro

Programação do dia 13 de janeiro de 2017 (sexta-feira):



13/01 (sex), 14h, no Sesc Juazeiro:
Alice no País das Maravilhas
(Alice in the Wonderland, Dir. Clyde Geronimi/Wilfred Jackson/Hamilton Luske, EUA, 1951, 75min)

Em 1951 chegava às telas mais uma grandiosa animação Disney, baseada na obra famosa de Lewis Caroll. Todo o filme mostra a viagem das mais psicodélicas feitas até então. Sonho ou imaginação? Mundo paralelo ou impossível? Fruto do inconsciente ou a maior crítica aos modelos rígidos de uma sociedade burguesa? (Elvis Pinheiro)




13/01 (sex), 19h, no Sesc Juazeiro:
O Criado
(The servant, Dir. Joseph Losey, Inglaterra, 1963, 112min)

O filme de 1963 é dirigido por Joseph Losey (Reino Unido) e conta a complexa história de um jovem, belo e bem sucedido, que acaba de voltar para Londres. Ao comprar sua nova casa Tony (James Fox) contrata o criado Hugo Barret (Dirk Bogarde), que é um clássico mordomo de famílias aristocratas inglesas. O criado cuida da roupa, alimentação, decoração e limpeza da casa do seu amo. Existe uma ambiguidade na relação de ambos desde cena onde acontece a entrevista em que Barret é contratado para ocupar o cargo. Elvis Pinheiro exibiu esse filme na primeira sessão do Cine Café do mês de dezembro e acredito que deixou os frequentadores da sala impressionados.

Tony é noivo de Susan, uma jovem rica que nutre uma antipatia por Barret desde que são apresentados. Ela insiste em tratá-lo como alguém que está em uma posição inferior a dela. O comportamento de Susan é apenas elitismo, ou ela se sente ameaçada por alguém que faz tudo para agradar o seu noivo? Esse filme retrata assuntos polêmicas, como muitos dos filmes que estão nessa edição da Mostra 21. Personalidades doentias, personagens de caráter suspeito, inveja, intriga e disputa conduzem a história do filme. Quando pensamos que as coisas estão resolvidas, tensões inesperadas acontecem.

Apesar de ter sido lançado em 1963, o filme é em branco e preto. A maior parte da história acontece dentro da luxuosa casa do solteirão Tony. A casa é o espaço para as reviravoltas e a câmera nos leva para conhecer todos os seus cômodos e características. O filme traz a questão do exotismo com o Brasil, interesses e hábitos da burguesia europeia e os desejos silenciados que saltam através dos olhos, principalmente dos olhos dos quatro personagens mais importantes. Cuidado, as sombras de Hugo Barret, e a personalidade de sua suposta irmã Vera (Sarah Miles), despertam a vontade rever o filme algumas vezes. (Samuel Macêdo do Nascimento)
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Sessões com entrada gratuita.
Para conferir a programação completa da Mostra 21, clique aqui.

Textos originalmente publicados na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 39, de janeiro de 2017 - Ed. Especial Mostra 21), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

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