sábado, 31 de outubro de 2015

Coquetel de lançamento da Revista Sétima (edição 26), em Juazeiro



Coquetel de lançamento da Revista Sétima (edição 26)
Cinema em pauta:
“Meus 10 melhores filmes”, por Elvis Pinheiro
Apresentação dos textos da edição
Coquetel e sorteio de livros e filmes
Quinta-feira, 05 de novembro de 2015, 19h
No Teatro Sesc Patativa do Assaré (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada gratuita.

Página do evento no Facebook:
https://www.facebook.com/events/1020136424721006/

Página da Revista Sétima no Facebook:
https://www.facebook.com/setima.cinema

Textos da Revista Sétima no blog O Berro:
http://oberronet.blogspot.com.br/search/label/S%C3%A9tima%3A%20Revista%20de%20Cinema

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Em Juazeiro do Norte: show da banda Aeromoças e Tenistas Russas



“Projeto de música instrumental liberto de rótulos e formatações. Constrói sua autoridade na livre experimentação estética com base na mistura consciente de elementos rítmicos, timbrísticos, harmônicos e melódicos. Em 8 anos de carreira, o grupo de São Carlos(SP) consolidou-se no cenário de música independente brasileira, utilizando como principais estratégias a intensa circulação para realização de espetáculos. Foram mais de 300 shows realizados em 20 estados brasileiros e nos países vizinhos Argentina e Uruguai, e a constante produção de conteúdo com dois discos lançados: Kadmirra (2011) e A experiência de Jaque Vilanova (2013); dois DVDs: Insomne (2012) e Kilimanjaro (2014) e três videoclipes: ‘Solarística’ (2008), ‘Jaques Villeneuve Experience’ (2009) e ‘Insomne’ (2012).” (sinopse da divulgação do evento)
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Música Instrumental
Show da banda Aeromoças e Tenistas Russas (São Carlos-SP)
Sexta-feira, 30 de outubro de 2015, 19h30
No Teatro do Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri
Juazeiro do Norte-CE
Entrada gratuita.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Onze duodécimos. Parte. Retornaremos.

por Amador Ribeiro Neto

Continuando a comentar livros semifinalistas do Prêmio Oceanos 2015.

Horácio Costa (São Paulo, 1954), com 11/12 Onze duodécimos (São Paulo: Lumme Editor, 2014),  continua deixando de lado o estilo neobarroco que caracterizou longa fase de sua produção poética. No ano passado ele foi vencedor do Jabuti com Bernini, um livro que já explorava o coloquial. Agora, retoma este viés, com a mesma perspicácia. O resultado: um livro elaborado, mas que jamais revela seus andaimes. A naturalidade dos poemas faz crer que foram escritos ao correr da pena. Ledo engano. Horácio Costa herdou do Neobarroco o grande domínio da expressão vocabular. A palavra, para ele, é admirável embate entre o que (res)soa  e o que diz. Busca e atinge o poético realizando o grande sonho de Jakobson e Valéry: o vocábulo como um todo de som e sentido. Um todo que se bate. Rebate. Reverbera. Prolifera. Quem ganha é a poesia, que sabe ser coloquial, sem desfazer-se do rigor de sua linguagem.

Cito parte de “Ouro e aço”: “tínhamos de escolher uma aliança / a de casamento: / homens que vão comprometer-se / também escolhem alianças se quiserem / / e posto que na sociedade brasileira / onde tudo quer se deixar à mostra / (herança da monarquia?) / não basta a lei que passou / pelo STF e foi criticada / pelas igrejas cujos deuses / sempre são solteiros / então / seja: / / os vendedores da H Stern” e segue o poema em deliciosa narrativa-reflexão sem perder a leveza da poesia-diamante.

Mas o poeta nos dá um requintado soneto alexandrino, que também pode ter versos convertidos em decassílabos, numa reversão da forma semelhante ao tema. Cito a quadra inicial de “O pequeno dragão azul”: “Que faria eu sem o pontual auxílio / Do pequeno dragão azul que me assiste / A cada invasão do vento frigidíssimo: / Hoje, quando muda do tempo a densidade?”. Horácio é um poeta que conhece os caminhos da poesia-gema-rigor. Ela flui em suas mãos de mestre.

Adriana Lisboa (Rio de Janeiro, 1975), com Parte da paisagem (São Paulo: Iluminuras, 2014), sabe apropriar-se da mais óbvia observação sobre o mundo, exprimindo-a de modo leve e encantador. Sua poesia é a mais pura lírica. Rigorosamente anotada em versos que nos imantam. Lê-se seu livro emotiva e intelectualmente, numa só apreensão. Tudo é belo e inteligente. O leitor desperta em pensamentos e suspiros. Nada novo nos referentes. Tudo novo em sua poesia. Escrita, mas que é também uma  poesia para ser falada, tal a carga de musicalidade que encerra. Em tempo: não a música fabricada para apresentações. Mas a música presente na fala. E que mora no centro das canções populares. Por isto ela toca: Chico e Caetano juntos a Pessoa e Drummond. E, no entanto, Adriana Lisboa não é nenhum dos quatro. Ela é só ela mesma. Vejamos: “Quatro da manhã”: “Isso que sou / ou penso ser / ou gostaria de ser / não chega aos pés / do canto com que o pássaro / ensaia a manhã / intuindo o sol / sem um vestígio de metafísica / e sem o peso de chumbo / das minhas esperanças”. Ou “Lavar a alma”: “A alma precisa ser lavada à mão. / Não que seja de pano delicado, / nem que sangre tinta. Ao contrário, / a alma é bruta, e se não for lavada à mão / a tarefa não fica bem feita. Apanhe/”. E conclui: “Lavada assim, / a alma pode ser usada / ainda por muitos anos, / uniforme ideal a esta escola / de obstinação que é o corpo, / que é o mundo”. Aqui Whitman se intromete. Entre tantos outros, livro afora. Mas tudo muito cool. Tudo, acima de tudo, Adriana Lisboa.

Marcelo Ariel (Santos, 1968), com Retornaremos das cinzas para sonhar com o silêncio (São Paulo: Patuá, 2014), é  apresentado por Cláudio Willer, no prefácio, como um “dos mais inventivos e intelectualmente estimulantes dentre os novos poetas brasileiros”. E Antônio Cabrita, no posfácio, depois de afirmar que o poeta faz uso de inúmeras referências, anuncia: “Ariel montou citações & flashes (que) reorganizam os sentidos em novas constelações”. De fato, ambos têm razão num ponto: o livro é um puzzle de poetas, cineastas, pintores, prosadores, etc., quase ad infinitum. E Ariel sai-se bem quando sua voz particular não fica a serviço de possíveis interações que ficam gratuitamente a cargo do leitor. Digo, ele se vale, em excesso, das referências. E nem sempre sabe tirar proveito poético delas. É imprescindível que Marcelo Ariel tenha dicção própria. Ele sai-se bem em passagens como “A flor do altíssimo / se escondeu na luz / dos teus olhos / que eles no terror / do dia / entoem o hino silencioso / que na madrugada / floresçam / em sonho / no teu jardim de perguntas” em “Do grão do salmo”.

Mas erra a mão nos poemas em prosa, quase sempre prosaicos. Ou quando aventura-se numa mistura de filosofia e religiosidade. Ariel tem a pegada da poesia. Não é tudo que Willer e Cabrita dizem. Precisa enxugar seu livro, que é desigual. Sob a faca do rigor, Retornaremos... será outro. Será um bom livro.
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Publicado pelo jornal Contraponto, de João Pessoa-PB. Caderno B, coluna “Augusta Poesia”, dia 23 de outubro de 2015, p. B-7.

Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.

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‘Doutor Jivago’, filme de David Lean, em exibição no Cine Café



Cine Café (com mediação e curadoria de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Doutor Jivago
Ficha técnica:
Título original: Doctor Zhivago
Direção: David Lean
Roteiro: Robert Bolt (baseado em romance de Boris Pasternak)
Elenco: Omar Sharif, Julie Christie, Geraldine Chaplin, Rod Steiger, Alec Guinness, Tom Courtenay, Siobhan McKenna, Ralph Richardson, Jeffrey Rockland
Duração: 197 minutos
Ano: 1965
Países de origem: Estados Unidos, Reino Unido, Itália

“Um amor impossível entre o jovem médico Iury Jivago (Omar Sharif) e a bela Lara (Julie Christie), uma paixão que atravessa uma revolução e uma guerra mundial. Um filme apaixonante, com imagens memoráveis, como a da revolução russa nas ruas de San Petersburg, a travessia de trem pelos Montes Urais, e as incontáveis cenas de batalhas pela Europa durante a Segunda Guerra Mundial.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 31 de outubro de 2015, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Programação Orient Cinemas Cariri Shopping - de 29/10 a 04/11/2015

Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma
(Paranormal Activity: The Ghost Dimension, 2015)
Direção: Gregory Plotkin
Produção executiva: Steven Schneider
Produção: Jason Blum, Oren Peli
Elenco: Chris J. Murray, Brit Shaw, Ivy George, Dan Gill, Chloe Csengery, Jessica Tyler Brown, Olivia Taylor Dudley
País: EUA
Gênero: Terror
Duração: 88 minutos
Distribuidor: Paramount Pictures
Classificação etária: 16 anos
Sinopse: Pela primeira vez, veja o invisível (em 3D) em Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma – a aterrorizante conclusão da saga Atividade Paranormal. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado 3D: 16h20, 20h40 (Sala 1)
Dublado: 14h10, 18h30 (Sala 1)
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O Último Caçador de Bruxas
(The Last Witch Hunter, 2014)
Direção: Breck Eisner
Elenco: Vin Diesel, Rose Leslie, Michael Caine, Elijah Wood, Ólafur Darri Ólafsson, Rena Owen, Julie Engelbrecht, Joseph Gilgun, Isaach De Bankolé, Armani Jackson
Produção executiva: Adam Goldworm, Geoff Shaevitz, Samantha Vincent
Produção: Mark Canton, Bernie Goldmann
País: EUA
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia
Duração: 106 minutos
Distribuidor: Paris Filmes
Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Vin Diesel é Kaulder, um valioso guerreiro que conseguiu derrotar a poderosa Rainha Bruxa e dizimar seus seguidores. Nos momentos que precederam sua morte, a Rainha amaldiçoa Kaulder com sua própria imortalidade, separando-o para sempre de suas amadas mulher e filha. Dessa forma, Kaulder é hoje o único caçador de bruxas vivo, tendo passado os últimos séculos caçando bruxas do mal, em nome da saudade que sente de suas amadas. Entretanto, Kaulder não sabe que a Rainha ressuscitou e busca vingança, causando uma batalha épica que determinará a sobrevivência da raça humana. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h, 15h30, 18h, 20h30 (Sala 2)
Legendado: 15h50, 20h50 (Sala 5)
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S.O.S. Mulheres ao Mar 2
(S.O.S. Mulheres ao Mar 2, 2015)
Direção: Cris D´Amato
Produção: Julio Uchôa
Elenco: Giovanna Antonelli, Thalita Carauta, Fabiula Nascimento, Reynaldo Gianecchini, Gil Coelho, Felipe Montanari, Felipe Roque, Aline Guimarães, Selma Lopes, Jean Paul, Rhaisa Batista
País: Brasil
Gênero: Comédia
Duração: 102 minutos
Distribuidor: Europa Filmes
Classificação indicativa: 10 minutos
Sinopse: Um ano depois de terem se conhecido, a escritora Adriana e o estilista de moda André ainda procuram pela felicidade. Mas Adriana descobre que André lançará sua nova linha de roupas num navio, e viajará dos EUA ao México acompanhado por uma top model devoradora de homens. Assombrada por antigas paranoias, Adriana convence sua irmã, Luiza, a pegar o primeiro voo para Miami. No dia seguinte, Dialinda, que agora trabalha nos EUA, recebe as irmãs e leva as duas até o porto. Um problema inesperado faz com que elas percam a partida do navio. Dialinda propõe que sigam de carro até o México, sem saber que foi jurada de morte pela família de traficantes para quem trabalhava. Além dos bandidos, Adriana e suas amigas também são seguidas por Roger, um charmoso agente do FBI. É o começo de uma nova jornada cheia de equívocos e confusões, por ar, terra e finalmente mar, em que Adriana provará, uma vez mais, que não há fronteiras para uma mulher apaixonada. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Filme nacional: 14h20, 16h40, 19h10, 21h30 (Sala 3)
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Goosebumps - Monstros e Arrepios
(Goosebumps, 2014)
Direção: Rob Letterman
Elenco: Jack Black, Halston Sage, Odeya Rush, Dylan Minnette, Ken Marino, Amy Ryan, Ryan Lee, Ella Wahlestedt
Produção executiva: Bill Bannerman, Bruce Berman, Elizabeth Cantillon, Tania Landau, Hannah Minghella, Ben Waisbren
Produção: Deborah Forte, Neal H. Moritz
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Aventura, Comédia
Duração: 103 minutos
Distribuidor: Sony Pictures
Classificação indicativa: 10 anos
Sinopse: Chateado sobre se mudar de uma cidade grande para uma cidade pequena, o adolescente Zach Cooper (Dylan Minnette) enxerga o lado bom de sua situação quando encontra a bela Hannah (Odeya Rush) morando bem na casa ao lado e rapidamente faz amizade com Champ (Ryan Lee). Mas tudo que é bom tem seu lado ruim, e o de Zach vem quando ele descobre que o misterioso pai de Hannah é, na verdade, R.L. Stine (Jack Black), o autor da série de livros best-seller, Goosebumps. Conforme Zach começa a aprender sobre a estranha família da casa ao lado, ele logo descobre que Stine guarda um perigoso segredo: as criaturas tornadas famosas por suas histórias são reais, e Stine protege seus leitores mantendo-as trancadas em seus livros. Quando as criações de Stine são inadvertidamente libertadas de seus manuscritos, a vida de Zach dá uma guinada para o estranho. Em uma louca noite de aventura, cabe a Zach, Hannah, Champ e Stine se juntarem e levarem todos os figmentos da imaginação de Stine – incluindo Slappy o boneco, a garota com a máscara assombrada, os gnomos e muitos mais – de volta aos livros onde eles pertencem para salvar a cidade. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado 3D: 14h40, 16h50, 19h (Sala 4)
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Ponte dos Espiões
(Bridge of Spies, 2014)
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Tom Hanks, Eve Hewson, Amy Ryan, Alan Alda, Billy Magnussen, Mark Rylance, Mike Houston, Austin Stowell
Produção executiva: Jonathan King, Daniel Lupi, Jeff Skoll, Adam Somner
Produção: Kristie Macosko Krieger, Marc Platt, Steven Spielberg
País: Estados Unidos
Gênero: Biografia, Drama
Duração: 141 minutos
Distribuidor: 20th Century Fox
Classificação etária: 12 anos
Sinopse: Ponte dos Espiões é um drama que conta a história de James Donovan (interpretado por Tom Hanks), um advogado de seguros do Brooklyn que é empurrado para o meio da Guerra Fria, quando a CIA o envia para a tarefa de negociar o resgate do piloto americano de um U-2 que foi capturado. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Legendado: 21h10 (Sala 4)
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Hotel Transilvânia 2
(Hotel Transylvania 2, 2015)
Direção: Genndy Tartakovsky
Elenco: Vozes de: Adam Sandler, Selena Gomez, Andy Samberg, Steve Buscemi, Kevin James, Mel Brooks, David Spade, Fran Drescher
Produção executiva: Allen Covert, Adam Sandler, Ben Waisbren
Produção: Michelle Murdocca
País: EUA
Gênero: Animação, Comédia, Família
Duração: 89 minutos
Distribuidor: Sony Pictures
Classificação indicativa: livre
Sinopse: A turma do Drácula está de volta na nova comédia monstruosa da Sony Pictures Animation, Hotel Transilvânia 2! Parece que tudo está melhorando no Hotel Transilvânia... Drácula finalmente relaxou sua rígida política de 'somente monstros' e passou a permitir hóspedes humanos. Mas por trás de caixões fechados, Drácula está preocupado porque seu adorável neto, meio-humano e meio-vampiro, Dennis, não demonstra nenhum sinal de que um dia será um vampiro. Então, enquanto Mavis está ocupada visitando seus novos parentes humanos com Johnny – e vivenciando seu próprio choque cultural – o vovô Drac recruta seus amigos Frank, Murray, Wayne e Griffin para ajudá-lo a fazer Dennis passar por uma escolinha de monstros. Mas o que eles nem imaginam é que o rabugento, conservador e muito muito velho pai de Drácula, Vlad, veio fazer uma visita ao hotel. Quando Vlad descobre que seu bisneto não é um sangue-puro, e que humanos agora são bem-vindos ao Hotel Transilvânia, ele fica maluco! (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h20, 18h20 (Sala 5)
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Vai que Cola - O Filme
(Vai que Cola - O Filme, 2015)
Direção: César Rodrigues
Produção executiva: Adrien Muselet, Gil Ribeiro
Produção: Pedro Buarque de Hollanda, Luiz Noronha
Elenco: Paulo Gustavo, Cacau Protásio, Catarina Abdalla, Marcus Majella, Samanta Schmutz, Fernando Caruso, Emiliano D´Avila, Fiorella Mattheis, Oscar Magrini, Werner Schünemman, Márcio Kieling
País: Brasil
Gênero: Comédia
Duração: 100 minutos
Distribuidor: H2O Films
Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Valdomiro Lacerda (Paulo Gustavo) é um tipo metido a malandro, que perdeu todo seu dinheiro ao ser envolvido em uma falcatrua da empresa da qual era sócio. Para fugir da polícia, Valdo se muda para pensão de Dona Jô (Catarina Abdalla), no subúrbio do Rio de Janeiro, onde passa os dias reclamando da nova realidade e sonhando com um retorno apoteótico à antiga vida de luxo. Quando um ex-sócio o procura com um plano para recuperar sua cobertura de frente para o mar, Valdo acha que suas preces foram atendidas... Só que Valdo não contava que a ida inesperada e imprevista de toda a turma da pensão - além de Dona Jô, Ferdinando (Marcus Majella), Terezinha (Cacau Protásio), Jéssica (Samantha Schmutz), Máicol (Emiliano D´Avila), Velna (Fiorella Mattheis) e Wilson (Fernando Caruso) – fosse pôr em risco seu plano. Prepare-se: a turma do subúrbio carioca vai levar muita confusão para o bairro mais caro do Brasil. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Filme nacional: 14h50, 17h, 19h10, 21h20 (Sala 6)
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007 Contra Spectre
(Spectre, 2015)
Direção: Sam Mendes
Elenco: Daniel Craig, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Ben Whishaw, Rory Kinnear, Christoph Waltz, Léa Seydoux, Dave Bautista, Monica Bellucci, Andrew Scott
Produção executiva: Callum McDougall
Produção: Michael G. Wilson, Barbara Broccoli
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Aventura, Espionagem, Thriller
Duração: 150 minutos
Distribuidor: Sony Pictures
Classificação etária: 14 anos
Sinopse: Uma mensagem enigmática do passado de Bond o envia a uma caçada para descobrir uma organização sinistra. Enquanto M batalha contra forças políticas para manter o serviço secreto vivo, Bond desmascara as fraudes para revelar a terrível verdade por trás de SPECTRE. Enquanto isso, em Londres, Max Denbigh (Andrew Scott), o novo chefe do Centro para a Segurança Nacional, questiona as ações de Bond e desafia a relevância do MI6, liderado por M (Ralph Fiennes). Bond secretamente recruta Moneypenny (Naomie Harris) e Q (Ben Whishaw) para ajudá-lo a contatar Madeleine Swann (Léa Seydoux), a filha de seu antigo inimigo Mr. White (Jesper Christensen), que pode ter uma pista para desenbaraçar a teia de SPECTRE. Como a filha de um assassino, ela compreende Bond de uma maneira que a maioria dos outros não podem. Conforme Bond segue em busca do coração de SPECTRE, ele desvenda a arrepiante conexão entre ele e o inimigo que procura, interpretado por Christoph Waltz. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Legendado: 00h05* (Sala 2)
*Somente quarta-feira
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Ingresso:
Valores Inteiros (exceto Sala 3D Digital):
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$11,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$ 15,00

Valores Inteiros para a Sala 3D Digital:
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$15,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$20,00.

Promoção:
De segunda a quarta-feira, todos os ingressos por R$ 5,50, exceto sessões 3D (R$7,50 + R$4,00 óculos)

No Cinema do Cariri Garden Shopping (Juazeiro do Norte-CE)
Site Orient Cinemas: http://www.orientcinemas.com.br/
Número de telefone do cinema: (88) 3571.8275.

Programação sujeita a alterações.

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‘Casablanca’, filme de Michael Curtiz, em Barbalha



Cine Café Volante em Barbalha (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Casablanca
Ficha técnica:
Título original: Casablanca
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein, Howard Koch
Elenco: Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Conrad Veidt, Sydney Greenstreet, Peter Lorre, Madeleine LeBeau
Duração: 102 minutos
Ano: 1942
País de origem: Estados Unidos

“Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade de Casablanca é rota de fuga da Europa e é lá que se encontram histórias de amor, luta e traição.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na sexta-feira, 30 de outubro de 2015, às 19h
No CEU Mestre Joaquim Mulato, Parque da Cidade de Barbalha-CE. Entrada gratuita.

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‘Stella’, filme de Sylvie Verheyde, em exibição no Cinematógrapho



Cinematógrapho (com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Stella
Ficha técnica:
Título original: Stella
Direção e roteiro: Sylvie Verheyde
Elenco: Léora Barbara, Mélissa Rodrigues, Laëtitia Guerard, Benjamin Biolay, Karole Rocher, Guillaume Depardieu
Duração: 103 minutos
Ano: 2008
País de origem: França

“Stella mora na periferia parisiense e é filha de um casal que é dono de um bar e pensão que recebe gente das classes baixas, desempregados ou proletários, atendidos pela assistência social.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na quarta-feira, 28 de outubro de 2015, às 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita.

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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Corpo de Baile’ – A criança paradigma



por Harlon Homem de Lacerda

Chegamos ao Mutúm. Chegamos à casa de Miguel e Expedito. Chegamos ao registro de maestria subjetiva, linguística e literária de João Guimarães Rosa. Como essa maestria é sentida de maneira muito parecida em toda a ficção rosiana, chegamos ao “Campo Geral” – a estória que abre o Corpo de Baile. O conjunto de estórias do Corpo de Baile impressiona tanto pelas estórias mesmas, como pelas personagens, pelo caráter cíclico em seu fechamento com Buriti. Luiz Roncaria lembra o plano de criação de Corpo de Baile dizendo que tudo se passa em um dia – “Campo Geral” sendo aquela manhã brumosa e que vai se acabando nas noites eróticas de Buriti.

Quem garante esse caráter cíclico surgindo na primeira estória e voltando na última, já adulto, é Miguel. Miguel? Expedito, eu falei? Miguilim. A criança paradigma. O espírito mais terno que tenho notícias nessa nossa literatura. Dito, irmão de Miguilim. Há quem diga que Miguilim é o próprio Guimarães Rosa, vários críticos nomeando isso junto a Vilma Guimarães Rosa, quem mais insiste nisso (aliás, Vilma Guimarães Rosa insiste em muitas coisas em seu Relembramentos). Miguilim é um menino sensível ao extremo e que descobre no final daquela manhã brumosa, o motivo das brumas: miopia – como seu criador, o menino Guimarães. Mas há muito mais do que a simples anotação biográfica no “Campo Geral”, há uma poesia redentora, há a representação de uma realidade cruel incrustada no pai de Miguilim, na mãe que sofre com a impossibilidade da felicidade, no tio Terez que sofre com a impossibilidade do amor, na Mãetina que sofre, simplesmente. A estória (que seja conto seja novela) carrega a novidade do mundo nos olhos de Miguilim. Edouardo Bizzarri, o tradutor italiano de Corpo de Baile (Corpo di Ballo), correspondia-se com Guimarães Rosa, dizendo-se seu Miguilim – um menino na aurora da descoberta, na força que o despertar tem, no medo infantil de tudo e no trabalho que já começa desde cedo.

Falar de “Campo Geral”, da estória de Miguilim e Dito, é plasmar-se diante do belo, chorar junto a uma perda anunciada e, por isso mesmo, perversa. Nem não vou contar o que se passa com Miguilim, nem com Dito, eu quero é vocês leiam, mas leiam deitados numa rede, sem hora marcada, sem página certa. Leiam com o coração todo aberto a estória de Miguilim. Chorem, emocionem-se que vale, vale a catarse de uma vida tão difícil, vale a purgação de tudo.

Para mim, essa estória tem um traço muito especial por que foi por conta dele, de Miguilim, que comecei a prestar atenção em Guimarães Rosa. Foi por conta dos Miguilins, crianças que decoram as estórias de Guimarães e contam aos visitantes do Museu Casa de Guimarães Rosa, em Cordisburgo, que eu decidi que minha vida acadêmica seria agora totalmente voltada para o estudo da ficção de Guimarães Rosa. Decisão completa de sentimento, de inspiração, de serendipity – como talvez gostaria o Joãozito. É possível que quem for ler “Campo Geral” hoje tenha uma revelação parecida com a minha, é possível que não, só não é impossível ficar sem ler, uma vez na vida, pelo menos, a estória de Miguilim – nome que eu faço questão de repetir igual um Papaco-o-paco.
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Harlon Homem de Lacerda é Mestre em Letras pela UFPB e Professor de Literatura Brasileira da Universidade Estadual do Piauí (UESPI - Oeiras). E-mail: harlon.lacerda@gmail.com.


Outros textos da coluna “Perspectivas do alheio” no blog O Berro:
- Dossiê João Guimarães Rosa – Seguindo a travessia
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Ruminando
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Corpo Fechado
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Toda crença tem seu santo
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Minha Gente
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Marcha estradeira
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Febre e Mato
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Sapo ou Cágado?
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ - Sobre ‘O burrinho pedrês’
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ - #somostodosJoãoCondé

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Show com Fatinha Gomes e Fabricio da Rocha e recital com Elandia Duarte



Armazém do Som e Performance Poética
Recital poético ‘Hiato’, com Elandia Duarte (part. do Coletivo Diadorins)
Show musical ‘Sorrisos de Elis’, com Fatinha Gomes e Fabricio da Rocha
Participações especiais: Claudio Mappa e Janinha Brito
Quinta-feira, 29 de outubro de 2015, 20h
No Teatro do Sesc Crato-CE
Entrada gratuita.

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Mostra de curtas de animação em Crato, no Dia Internacional da Animação



Dia Internacional da Animação
Mostra de curtas de animação nacionais e internacionais
Quarta-feira, 28 de outubro de 2015, 19h30
No Teatro do Sesc Crato-CE
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada gratuita.

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Terreirada no Bairro Lameiro, em Crato



Terreirada
Performance com Tranquilino Ripuxado, Maracatu Uinu-Erê, Irmandade Rap, Grupo Raízes e Frutos do Caldeirão
Quarta-feira, 28 de outubro de 2015, 17h30
Local: Vila Carrapatu, Bairro Lameiro (Crato-CE)
Gratuito
Realização: Sesc Crato.

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domingo, 25 de outubro de 2015

‘Led Zeppelin III’, álbum de 1970



Grifo nosso # 93

“O terceiro álbum do Led Zeppelin foi diretamente para o primeiro lugar das paradas britânicas. Uma semana depois, chegaria ao topo das paradas dos Estados Unidos, onde ficou durante quatro semanas, ganhando o disco de platina triplo. O criativo design da capa incluía um disco coberto de desenhos que, ao ser girado, mostrava imagens diferentes através de janelas recortadas na parte externa.

A tonitruante ‘Immigrant Song’ foi o segundo single da banda a ficar entre os Top 20 nos Estados Unidos, mas não foi lançado nesse formato na Inglaterra — o grupo só começou a lançar singles no mercado britânico a partir de 1997.

O lado A do LP apresenta o esperado hard rock de alta octanagem, mas o outro lado, arrasador, é acústico. Page e Plant foram particularmente inspirados pela música  de artistas folk como Bert Jansch, John Fahey e Davy Graham. ‘Gallows Pole’ inclui um belo banjo acompanhando a bateria de John Bonham, enquanto ‘Bron-Y-Aur Stomp’ é marcada pelos voos delicados do violão (o nome da música é uma homenagem a um chalé no norte do País de Gales que pertencia a amigos dos pais de Plant e onde ele e Page compuseram parte do material do álbum).

Seis faixas foram gravadas num estúdio móvel no terreno de uma casa de campo em Hampshire, inclusive ‘Tangerine’, com uma eloquente guitarra de 12 cordas antecipando ‘Stairway To Heaven’, embora as harmonias no estilo da Costa Oeste e os matizes country fossem poucos típicos da banda. ‘Hats Off To (Roy) Harper’, com a forte presença da slide guitar, é um tributo de Page ao veterano cantor inglês de folk. Led Zeppelin III mostrou que a banda era capaz tanto de ser mais sutil como de tocar puro heavy metal.” 
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John Tobler, no livro 1001 discos para ouvir antes de morrer (Editora Sextante, 2007).

Selo | Atlantic
Produção | Jimmy Page
Projeto gráfico | Zacron
Nacionalidade | Inglaterra
Duração | 43:01

Lista de músicas - Led Zeppelin III (1970):
1. Immigrant Song (Jimmy Page, Robert Plant)
2. Friends (Jimmy Page, Robert Plant)
3. Celebration Day (John Paul Jones, Jimmy Page, Robert Plant)
4. Since I've Been Loving You (John Paul Jones, Jimmy Page, Robert Plant)
5. Out On the Tiles (John Bonham, Jimmy Page, Robert Plant)
6. Gallows Pole (Jimmy Page, Robert Plant, Traditional)
7. Tangerine (Jimmy Page)
8. That's the Way (Jimmy Page, Robert Plant)
9. Bron-Y-Aur Stomp (John Paul Jones, Jimmy Page, Robert Plant)
10. Hats off to (Roy) Harper (Charles Obscure, Traditional)

Led Zeppelin III completou 45 anos de lançamento neste mês de outubro de 2015 (álbum lançado no dia 5 de outubro de 1970).

“Immigrant Song” (ao vivo):

‘O Homem que Matou o Facínora’, filme de John Ford, no Cinemarana



Cinemarana (com curadoria e mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme O Homem que Matou o Facínora
Ficha técnica:
Título original: The Man Who Shot Liberty Valance
Direção: John Ford
Roteiro: James Warner Bellah, Willis Goldbeck, Dorothy M. Johnson
Elenco: James Stewart, John Wayne, Vera Miles, Lee Marvin, Edmond O'Brien
Duração: 123 minutos
Ano: 1962
País de origem: Estados Unidos

“Em 1910, o Senador Ransom Stoddard e sua esposa Hallie chegam numa pequena cidade para o funeral de Tom Doniphon (John Wayne). Entrevistado por um repórter, Stoddard conta a história de quando era advogado na cidade e desejava deter o terrível pistoleiro Liberty Valance por meio da lei.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na segunda-feira, 26 de outubro de 2015, às 19h
No Sesc Crato-CE. Entrada gratuita.

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sábado, 24 de outubro de 2015

Um pesadelo no Crystal Lake



por Erick Linhares

Devo começar com o que me chama mais a atenção: a atuação, no mínimo engraçada, nas cenas de medo dos personagens. Imagine que você está procurando alguém e, de repente, alguém por trás te surpreende com uma faca, você obviamente, olha pra cima e começa a chorar. Pode parecer um pouco incomum, ainda mais alguém te surpreendendo com uma faca, mas é assim uma das cenas mais sangrentas de Sexta-feira 13 (Friday the 13th, 1980), do diretor Sean S. Cunningham.

Em A hora do pesadelo (A nightmare on Elm street, 1984) do diretor Wes Craven, os gritos de terror e de medo são mais convincentes, pecando um pouco na morte de Tina, que, apesar da cena clássica de levitação sobre a cama, no sonho ela não mostra estar, verdadeiramente, sendo esfaqueada por Krueger (Freddy Krueger usa facas acopladas numa luva ,que parecem unhas maiores e mais afiadas).

Contudo, esses dois filmes revolucionaram o cinema de horror. Falando de antemão, são duas estórias envolventes e inteligentes, bem amarradas desde a gênese. Krueger, o psicopata que matava crianças, morto pelos vizinhos que não aguentavam mais sua impunidade, volta nos pesadelos dos jovens que por lá moram, com sua cara desfigurada pelas chamas que causaram sua morte. Ele quer se vingar, movido por uma raiva mortal. A mãe de Jason também pede vingança, ela não aceita que jovens do acampamento do Crystal Lake estivessem transando enquanto seu filho se afogava no lago por não saber nadar — apesar de que, no final do filme, sabemos que Jason ainda vive e, movido pelo mesmo sentimento dos dois acima, vestirá sua máscara emblemática em busca de vingança.

Não se pode deixar de falar das cenas clássicas dos dois filmes que marcaram a época. O som que as garras de Krueger fazia, sua roupa e chapéu descolados fazem jus às características que primeiro lembramos do personagem, mas a cena da banheira, em que aparece a garra por entre as pernas de Nancy enquanto ela cochilava, para mim é a cena do filme. Enquanto que em Sexta-feira 13 o fundo musical de terror também é lembrado por todos os fãs, sem falar da máscara de hockey e o grande facão que Jason sempre leva consigo, sua cena marcante, nesse primeiro filme, seria já perto do final, em que Jason mostra, aparentemente, que está vivo e tenta afogar a personagem, saindo do lago em que supostamente “quase” morria afogado.

As sequências dos dois filmes fortificam seu enredo e fazem crescer o número de eternos fãs, mesmo aqueles que perderam o medo quando cresceram, mas ficando um respeito por duas obras criativas, porém sangrentas, que ainda podem deixar várias gerações sem dormir à noite. Para elas eu só tenho uma coisa a dizer: “Don’t – Fall – sleep!!!!”.
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Erick Linhares é formado em Psicologia pela Faculdade Leão Sampaio, onde foi coordenador geral do Centro Acadêmico do curso. Atualmente é bolsista na Especialização em Gestalt Terapia.

Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 22, de julho de 2015), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

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‘Z’, filme de Costa-Gavras, em exibição no Cine Café



Cine Café (com mediação e curadoria de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Z
Ficha técnica:
Título original: Z
Direção: Constantin Costa-Gavras
Roteiro: Jorge Semprún (baseado em romance de Vassilis Vassilikos)
Elenco: Yves Montand, Irene Papas, Jean-Louis Trintignant, Jacques Perrin, Charles Denner, Bernard Fresson, Pierre Dux, Julien Guiomar
Duração: 127 minutos
Ano: 1969
Países de origem: França, Argélia

“Político de partido pacifista tenta fazer um comício na capital de seu país no mesmo dia em que o Balé Bolshoi também fará sua apresentação. As dificuldades antes e depois do ato político com suas consequências são apresentadas no formato de gênero policial.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 24 de outubro de 2015, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Gol. Clio. Experiências.

por Amador Ribeiro Neto

Dando prosseguimento às colunas sobre o Prêmio Oceanos 2015, hoje começamos a comentar aqueles que consideramos os bons livros semifinalistas.

Neste mesmo espaço teci comentários sobre três livros que me chamaram a atenção tão logo foram lançados. Reafirmo o juízo crítico sobre eles, acrescentando novos comentários.

A flor do gol (São Paulo: Editora Escrituras, 2014), do paraibano Sérgio de Castro Pinto, tematiza, entre outros, o futebol e os bichos. Mas o tema é o menos importante para este poeta. Ele toma o mais corriqueiro acontecimento, o mais óbvio objeto, os mais domésticos animais, e adensa-lhes a cor, a textura, o volume, o som, a imagem. Tudo pelo poder restaurador da linguagem. A linguagem e a metalinguagem são dois procedimentos que ele trata com grande rigor. Sem abrir mão da emoção.

A bem da verdade, a sensibilidade do olhar deste poeta faz o leitor sentir-se dentro do objeto, da situação, do bicho retratado. A palavra é o osso e o tutano desta poesia de estrutura e músculos. Tudo rijo. Porque o poeta não perde tempo com diluições. Nem rarefações. Seu tiro é certo no cerne da palavra.

Sua dedicação à poesia perpassa décadas. Com uma obra concisa, parca, exata, o poeta mantém-se alheio ao oba-oba dos igrejismos literários, ou afins. Mesmo nas redes sociais, atua parcimoniosamente. Talvez, se tivesse uma personalidade exuberante, sua obra teria obtido o reconhecimento midiático a que faz jus. Literariamente ele tem recebido toda atenção e carinho. Da crítica e dos leitores. Isto é bom. Estar entre os semifinalistas é uma ótima oportunidade para que toda sua obra seja divulgada e conhecida por um público mais amplo.

Clio (São Paulo: Biblioteca Azul, 2014), do carioca Marco Lucchesi, é obra escrita em estado de transbordamento lírico. Afirmo isto porque o leitor sente-se inspirado a cada poema. A cada página. Tal como almejava Valéry para o grande poeta.

A singularidade das imagens, o ritmo dos versos e a diagramação da página em branco, entre outros recursos, enredam o leitor numa empreitada de múltiplos gozos. A poesia brota e roça à flor da pele. A poesia brota e roça à flor da mente. Ou seja: o intelecto é premiado pela sensibilidade de formas que informam e seduzem. Ideias em parceria com a imaginação. Palavra e encantamento unidas em tecido inconsútil.

Marco Lucchesi é também tradutor e ensaísta. Além de ficcionista e professor universitário. Assim, tem um convívio bem próximo aos grandes nomes da poesia ocidental e oriental. Talvez isto explique um pouco de sua poesia, que transita de leste a oeste, sempre trilhando os melhores caminhos da mais fina, sublime e delicada lírica.

Estar entre os semifinalistas é dar nova oportunidade de divulgação de sua poesia, toda lindamente produzida. E, em especial, colocar novamente em circulação Clio, um dos grandes livros de sua pena. E de nossa poesia.

Experiências extraordinárias (Londrina: Kan, 2014), do paranaense Rodrigo Garcia Lopes, traz uma poesia cravada em apurado trabalho de linguagem. O poeta está tão à vontade que, até o quase improvável poema de cunho filosófico, ele faz. E com admirável desenvoltura. Poesia e filosofia, sabemos, dificilmente se entendem. Poemas que se dão no campo prioritário das ideias, poucas vezes escapam do didatismo, do panfletarismo ou da empedernida persuasão. Mas Rodrigo Garcia Lopes sabe safar-se destas armadilhas. Ele escreveu um livro em que poemas discursivos, e de dicção coloquial, são colocados ao lado de haicais delicados. Finas peças. Presentes para o leitor mais exigente. Há também, ao lado do bem sucedido coloquialismo, referências eruditas que se mesclam a observações sobre o atroz cotidiano midiático. Tudo na beleza de uma linguagem que se faz cativa nas mãos de um grande mestre da poesia.

Enfim: temos em Sérgio de Castro Pinto, Marco Lucchesi e Rodrigo Garcia Lopes três grandes nomes de nossa poesia de hoje. Não há como não ler com gozo seus livros. Isto é o que, de fato, vale.
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Publicado pelo jornal Contraponto, de João Pessoa-PB. Caderno B, coluna “Augusta Poesia”, dia 16 de outubro de 2015, p. B-7.

Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.

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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Programação Orient Cinemas Cariri Shopping - de 22/10 a 28/10/2015

Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma
(Paranormal Activity: The Ghost Dimension, 2015)
Direção: Gregory Plotkin
Produção executiva: Steven Schneider
Produção: Jason Blum, Oren Peli
Elenco: Chris J. Murray, Brit Shaw, Ivy George, Dan Gill, Chloe Csengery, Jessica Tyler Brown, Olivia Taylor Dudley
País: EUA
Gênero: Terror
Duração: 88 minutos
Distribuidor: Paramount Pictures
Classificação etária: 16 anos
Sinopse: Pela primeira vez, veja o invisível (em 3D) em Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma – a aterrorizante conclusão da saga Atividade Paranormal. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado 3D: 15h10, 19h30 (Sala 1)
Dublado: 13h, 17h20 (Sala 1)
Legendado: 21h40* (Sala 1)
* Somente sexta, sábado e véspera de feriado
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S.O.S. Mulheres ao Mar 2
(S.O.S. Mulheres ao Mar 2, 2015)
Direção: Cris D´Amato
Produção: Julio Uchôa
Elenco: Giovanna Antonelli, Thalita Carauta, Fabiula Nascimento, Reynaldo Gianecchini, Gil Coelho, Felipe Montanari, Felipe Roque, Aline Guimarães, Selma Lopes, Jean Paul, Rhaisa Batista
País: Brasil
Gênero: Comédia
Duração: 102 minutos
Distribuidor: Europa Filmes
Classificação indicativa: 10 minutos
Sinopse: Um ano depois de terem se conhecido, a escritora Adriana e o estilista de moda André ainda procuram pela felicidade. Mas Adriana descobre que André lançará sua nova linha de roupas num navio, e viajará dos EUA ao México acompanhado por uma top model devoradora de homens. Assombrada por antigas paranoias, Adriana convence sua irmã, Luiza, a pegar o primeiro voo para Miami. No dia seguinte, Dialinda, que agora trabalha nos EUA, recebe as irmãs e leva as duas até o porto. Um problema inesperado faz com que elas percam a partida do navio. Dialinda propõe que sigam de carro até o México, sem saber que foi jurada de morte pela família de traficantes para quem trabalhava. Além dos bandidos, Adriana e suas amigas também são seguidas por Roger, um charmoso agente do FBI. É o começo de uma nova jornada cheia de equívocos e confusões, por ar, terra e finalmente mar, em que Adriana provará, uma vez mais, que não há fronteiras para uma mulher apaixonada. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Filme nacional: 13h30, 16h, 18h30, 21h (Sala 2)
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Goosebumps - Monstros e Arrepios
(Goosebumps, 2014)
Direção: Rob Letterman
Elenco: Jack Black, Halston Sage, Odeya Rush, Dylan Minnette, Ken Marino, Amy Ryan, Ryan Lee, Ella Wahlestedt
Produção executiva: Bill Bannerman, Bruce Berman, Elizabeth Cantillon, Tania Landau, Hannah Minghella, Ben Waisbren
Produção: Deborah Forte, Neal H. Moritz
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Aventura, Comédia
Duração: 103 minutos
Distribuidor: Sony Pictures
Classificação indicativa: 10 anos
Sinopse: Chateado sobre se mudar de uma cidade grande para uma cidade pequena, o adolescente Zach Cooper (Dylan Minnette) enxerga o lado bom de sua situação quando encontra a bela Hannah (Odeya Rush) morando bem na casa ao lado e rapidamente faz amizade com Champ (Ryan Lee). Mas tudo que é bom tem seu lado ruim, e o de Zach vem quando ele descobre que o misterioso pai de Hannah é, na verdade, R.L. Stine (Jack Black), o autor da série de livros best-seller, Goosebumps. Conforme Zach começa a aprender sobre a estranha família da casa ao lado, ele logo descobre que Stine guarda um perigoso segredo: as criaturas tornadas famosas por suas histórias são reais, e Stine protege seus leitores mantendo-as trancadas em seus livros. Quando as criações de Stine são inadvertidamente libertadas de seus manuscritos, a vida de Zach dá uma guinada para o estranho. Em uma louca noite de aventura, cabe a Zach, Hannah, Champ e Stine se juntarem e levarem todos os figmentos da imaginação de Stine – incluindo Slappy o boneco, a garota com a máscara assombrada, os gnomos e muitos mais – de volta aos livros onde eles pertencem para salvar a cidade. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h10, 15h20, 17h30, 19h40 (Sala 3)
Legendado: 21h50* (Sala 3)
* Somente sexta, sábado e véspera de feriados
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Ponte dos Espiões
(Bridge of Spies, 2014)
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Tom Hanks, Eve Hewson, Amy Ryan, Alan Alda, Billy Magnussen, Mark Rylance, Mike Houston, Austin Stowell
Produção executiva: Jonathan King, Daniel Lupi, Jeff Skoll, Adam Somner
Produção: Kristie Macosko Krieger, Marc Platt, Steven Spielberg
País: Estados Unidos
Gênero: Biografia, Drama
Duração: 141 minutos
Distribuidor: 20th Century Fox
Classificação etária: 12 anos
Sinopse: Ponte dos Espiões é um drama que conta a história de James Donovan (interpretado por Tom Hanks), um advogado de seguros do Brooklyn que é empurrado para o meio da Guerra Fria, quando a CIA o envia para a tarefa de negociar o resgate do piloto americano de um U-2 que foi capturado. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 14h50, 17h50 (Sala 4)
Legendado: 20h40 (Sala 4)
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A Colina Escarlate
(Crimson Peak, 2015)
Direção: Guillermo del Toro
Produção executiva: Jillian Share
Produção: Guillermo del Toro, Callum Greene, Jon Jashni, Thomas Tull
Elenco: Charlie Hunnam, Jessica Chastain, Tom Hiddleston, Mia Wasikowska, Burn Gorman, Doug Jones, Jim Beaver
País: EUA
Gênero: Terror
Duração: 119 minutos
Distribuidor: Universal Pictures
Classificação etária: 14 minutos
Sinopse: Quando o coração dela é roubado por um estranho sedutor, uma jovem mulher é arrastada para uma casa no topo de uma montanha de barro vermelho-sangue: um lugar repleto de segredos que vão assombrá-la para sempre. Entre o desejo e as trevas, entre mistério e loucura, encontra-se a verdade por trás de Crimson Peak, a Colina Escarlate. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h, 18h (Sala 5)
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Peter Pan
(Pan, 2015)
Direção: Joe Wright
Elenco: Hugh Jackman, Amanda Seyfried, Garrett Hedlund, Rooney Mara, Adeel Akhtar, Levi Miller, Jack Charles, Kathy Burke, Kurt Egyiawan, Lewis MacDougall, Leni Zieglmeier
Produção executiva: Tim Lewis
Produção: Greg Berlanti, Paul Webster, Sarah Schechter
Classificação indicativa: 10 anos
País: EUA
Gênero: Aventura, Família, Fantasia
Duração: 111 minutos
Distribuidor: Warner Bros.
Sinopse: Peter Pan (Levi Miller) é um garoto travesso de 12 anos com uma característica rebelde irreprimível, mas no sombrio orfanato de Londres onde passou toda a sua vida, essas qualidades certamente não evoluem e muito menos `voam´. Então, em uma noite incrível, Peter Pan é levado para longe do orfanato e transportado para um mundo fantástico de piratas, guerreiros e fadas chamado Terra do Nunca. Lá, ele encontra extraordinárias aventuras e batalhas de vida ou morte, enquanto tenta descobrir o segredo de sua mãe, que o deixou no orfanato há muito tempo, e seu lugar de direito nesta terra mágica. Juntando-se com a guerreira Princesa Tigrinha (Rooney Mara) e um novo amigo chamado James Gancho (Garrett Hedlund), Peter Pan tem que derrotar o cruel pirata Barba Negra (Hugh Jackman) para salvar a Terra do Nunca e descobrir seu verdadeiro destino - se tornar o herói que será conhecido para sempre como Peter Pan. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 15h30, 20h30 (Sala 5)
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Vai que Cola - O Filme
(Vai que Cola - O Filme, 2015)
Direção: César Rodrigues
Produção executiva: Adrien Muselet, Gil Ribeiro
Produção: Pedro Buarque de Hollanda, Luiz Noronha
Elenco: Paulo Gustavo, Cacau Protásio, Catarina Abdalla, Marcus Majella, Samanta Schmutz, Fernando Caruso, Emiliano D´Avila, Fiorella Mattheis, Oscar Magrini, Werner Schünemman, Márcio Kieling
País: Brasil
Gênero: Comédia
Duração: 100 minutos
Distribuidor: H2O Films
Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Valdomiro Lacerda (Paulo Gustavo) é um tipo metido a malandro, que perdeu todo seu dinheiro ao ser envolvido em uma falcatrua da empresa da qual era sócio. Para fugir da polícia, Valdo se muda para pensão de Dona Jô (Catarina Abdalla), no subúrbio do Rio de Janeiro, onde passa os dias reclamando da nova realidade e sonhando com um retorno apoteótico à antiga vida de luxo. Quando um ex-sócio o procura com um plano para recuperar sua cobertura de frente para o mar, Valdo acha que suas preces foram atendidas... Só que Valdo não contava que a ida inesperada e imprevista de toda a turma da pensão - além de Dona Jô, Ferdinando (Marcus Majella), Terezinha (Cacau Protásio), Jéssica (Samantha Schmutz), Máicol (Emiliano D´Avila), Velna (Fiorella Mattheis) e Wilson (Fernando Caruso) – fosse pôr em risco seu plano. Prepare-se: a turma do subúrbio carioca vai levar muita confusão para o bairro mais caro do Brasil. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Filme nacional: 14h20, 16h30, 18h40, 20h50 (Sala 6)
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Ingresso:
Valores Inteiros (exceto Sala 3D Digital):
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$11,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$ 15,00

Valores Inteiros para a Sala 3D Digital:
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$15,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$20,00.

Promoção:
De segunda a quarta-feira, todos os ingressos por R$ 5,50, exceto sessões 3D (R$7,50 + R$4,00 óculos)

No Cinema do Cariri Garden Shopping (Juazeiro do Norte-CE)
Site Orient Cinemas: http://www.orientcinemas.com.br/
Número de telefone do cinema: (88) 3571.8275.

Programação sujeita a alterações.

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terça-feira, 20 de outubro de 2015

‘De Volta para o Futuro’, filme de Robert Zemeckis (1985)



Grifo nosso # 92

De Volta para o Futuro (Back to the Future, Robert Zemeckis, 1985)

“O adolescente Marty McFly (Fox) volta 30 anos no tempo inadvertidamente e interrompe o primeiro encontro de seus pais. Esse encontro põe em risco sua existência e, para evitar desaparecer gradualmente, ele deve convencer seus futuros pais de que foram feitos um para o outro e devem viver juntos.

Fundamental para qualquer um que cresceu na década de 1980, De Volta para o Futuro — um misto de ficção científica, comédia e ação — provou ser um enorme sucesso e transformou seu personagem principal em um astro.

Dirigido e coescrito por Robert Zemeckis (Forrest Gump) e produzido por Steven Spielberg, o filme é o ponto alto de um ciclo de filmes juvenis de conceito e alta qualidade que proliferaram na metade da década de 80 — Ghost Busters, Viagem Insólita, Gremlins, Os Goonies etc. Como a maioria destes, o apelo em De Volta para o Futuro está em não depreciar o público jovem, algo que explica sua longevidade e popularidade entre os adultos. O imenso encanto que Fox imprime ao personagem principal, Marty, é outro sucesso. A maneira como ele anda de skate e toca guitarra é afinada com seu modo desajeitado de ser e sua pouca estatura, fazendo dele o adolescente não ameaçador padrão pelo resto da década.

Evitando o pai bobo e a mãe alcoólatra, Marty passa a maior parte do tempo com a namorada Jennifer (Wells) e o excêntrico Doutor Brown (o excelente Lloyd), que nos oferece exatamente o tipo de inventor louco e quixotesco que as crianças adoram, mesmo tendo sido ele o responsável pela falha do catalisador na desastrosa retirada de Marty do passado.”
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EUA, 1985. Direção: Robert Zemeckis; Elenco: Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Crispin Glover, Thomas F. Wilson, Claudia Wells; Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale; Fotografia: Dean Cundey; Produtores/Companhias Produtoras: Neil Canton, Bob Gale, Kathleen Kennedy, Frank Marshall, Steven Spielberg/Amblin Entertainment, Universal Pictures; Premiação da Academia (1986): Melhor Edição de Efeitos Especiais Sonoros: Charles L. Campbell, Robert R. Rutledge; Outras indicações da Academia: Melhor Música, Canção Original: Chris Hayes (música), Johnny Colla (música), Huey Lewis (letra), pela canção “The Power of Love”; Melhor Som: Bill Varney, B. Tennyson Sebastian II, Robert Thirlwell, William B. Kaplan; Melhor Argumento, Roteiro Escrito Diretamente para a Tela: Robert Zemeckis, Bob Gale.
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Rob Hill, no livro 501 filmes que merecem ser vistos (Larousse do Brasil, 2011).

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Roda de Conversa com os artistas da exposição Juazeiro Juazeiros



Exposição Juazeiro Juazeiros
Roda de Conversa com os artistas:
Charles Lessa, Leonardo Ferreira, Petrônio Alencar
E a curadora Aglaíze Damasceno
Quinta-feira, 22 de outubro de 2015, 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE
Entrada gratuita.

Para saber mais sobre a exposição Juazeiro Juazeiros, clique aqui.

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domingo, 18 de outubro de 2015

Marty McFly está chegando...



por Alan Samuel

No próximo dia 21 de outubro, uma quarta-feira, surgirá numa das avenidas aéreas sobre a cidade de Hill Valley, Califórnia, um carro voador de modelo antigo, mas com traços futuristas, um DeLorean DMC-12, adaptado com, além dos circuitos voadores, um reator de energia caseiro que usa lixo em vez de plutônio para gerar energia elétrica e o Capacitor de Fluxo, dispositivo inventado pelo “Doc” Emmett Brown na segunda metade do século XX e que torna possível a viagem no tempo!

Dentro desse insólito veículo estarão o próprio “Doc” Brown (Christopher Lloyd), acompanhado de seu amigo Marty McFly (Michael J. Fox) e da namorada deste, Jennifer (Elisabeth Shue). A missão: evitar um evento que pode destruir a família que Marty e Jennifer ainda vão construir! A priori, soa muito estranho a ideia de corrigir um erro que ainda não foi cometido, mas essa é a premissa de De Volta para o Futuro – parte II (Back to the Future Part II, 1989); mais tarde o espectador perceberá que esse foi apenas um artifício para a trama principal do filme e, além de perdoar os roteiristas, ainda ficará feliz pelo vislumbre do futuro que pôde assistir, afinal, a curiosidade e/ou a expectativa gerada por todo tipo de previsão, é quase universal.

Entretanto, para além das curiosidades acerca de quais previsões concretizaram-se, quais continuam sonhos e quais são simplesmente estapafúrdias, que o espectador já pôde perceber por conta própria (já que estamos quase chegando a outubro de 2015!), esse texto propõe uma visita à trilogia enquanto obra de arte e não enquanto oráculo; por exemplo: o que torna De Volta para o Futuro uma obra tão especial, fascinante e, por que não dizer, atemporal? Ou, colocando de outra forma, por que um filme-família dos anos 80 acabou ganhando um lugar de destaque no panteão das grandes obras irretocáveis do cinema mesmo com os furos de roteiro e erros de continuidade clássicos? Como assim os pais não se lembram dele? Cadê o secador, “Darth Vader”?

Dentre tantos filmes, de ficção científica ou não, que abordam o tema das viagens no tempo, De Volta para o Futuro se destaca por tornar as coisas menos quânticas. Apesar dos conceitos de “paradoxo temporal” e “continuum do espaço/tempo” estarem presentes nos diálogos, as explicações do “Doc” Brown ao simplório McFly (e, por extensão, ao público) são muito claras e objetivas e, além disso, estão sempre temperadas pelos olhos esbugalhados e outras expressões teatrais do cientista maluco (ponto para Christopher Lloyd!). A cumplicidade entre os personagens principais também é verossímil e o laço de amizade que cresce entre eles ao longo da trilogia acaba sendo o mote das missões, aventuras e perigos que a dupla enfrenta (em especial na parte III); mais uma vez mérito dos atores, afinal, o que seria da dupla Marty McFly e “Doc” Brown sem a química, carisma e presença cênica de Michael J. Fox e Christopher Lloyd? E o que dizer da liberdade poética mais charmosa da franquia – Lea Thompson, a atriz que dá vida a mãe de Marty, como sua tataravó na parte III – sem a qual a famosa cena “Mamãe, é você?” perderia sua força?

Vale lembrar também que, de todas as máquinas do tempo do cinema, o DeLorean é, sem dúvida, a mais marcante, aliás, o DeLorean/Máquina do tempo é também um dos carros mais icônicos do cinema, lado a lado com o Cadillac Miller-Meteor dos Caça-Fantasmas (Ghostbusters, 1984) e o  Batmóvel desenhado por Anton Furst para o filme de Tim Burton (Batman, 1989).

Quanto aos enredos: 1) em De Volta para o Futuro (Back to the Future, 1985), o jovem Marty McFly viaja acidentalmente para o ano de 1955 e conhece seus pais ainda com a mesma idade que ele; 2) na segunda parte da trilogia, Marty e “Doc” precisam voltar a 1955 para resolver um problema que começou em 2015! Confuso? “Doc” explica; 3) em De Volta para o Futuro – parte III (Back to the Future Part III, 1990) temos um faroeste/ficção-científica /romance / aventura/... com direito a cowboys contra índios, saloon, enforcamento, bandidos rápidos no gatilho, resgate de donzelas em perigo, duelo ao amanhecer e sequestro de um trem, além de uma homenagem a Taxi Driver, de Martin Scorsese (1976), é ver para crer...

Tudo isso faz da trilogia De Volta para o Futuro uma obra extraordinária e inigualável ao ponto dos próprios fãs repudiarem qualquer menção a um remake, reboot ou mesmo uma sequência, fazendo eco ao diretor e co-roteirista, Robert Zemeckis, que afirma que esse absurdo só terá uma chance de acontecer depois que ele e Bob Gale (o outro roteirista) tenham morrido, uma vez que são eles que têm a palavra final quanto a projetos futuros da franquia. Para enfatizar sua posição, Zemeckis compara sua obra prima à de Orson Welles, afirmando que refilmar De Volta para o Futuro seria o mesmo que refilmar Cidadão Kane! Desconsiderando a ausência de modéstia do diretor da trilogia, acredito que é possível dar razão a ele.

A viagem no tempo é instantânea; para os tripulantes do DeLorean, os saltos temporais de várias décadas – de 1955 para 1985 no primeiro filme, de 1985 para 2015 na segunda parte da trilogia e de 1885 para 1985 na parte final – não levaram tempo algum. Essa é a mesma impressão que tenho hoje ao rever essa trilogia que, mesmo após 30 anos, continua impressionantemente instigante e nem um pouco datada (com o perdão do trocadilho).
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Alan Samuel é graduado em psicologia e pós-graduando em Gestalt Terapia. Natural da região do Araripe, no sertão pernambucano, reside no Cariri desde 2010, onde, além das formações, tem realizado estudos socioantropológicos e culturais sobre política e perversão. Compõe o grupo de estudos “Sétima” desde fevereiro de 2015.

Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 24, de setembro de 2015), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

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