terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cinema Marginal Brasileiro



por Yhago Shalys

O surgimento da câmera Super-8 está atrelado ao cinema marginal do final dos anos 60. Em meio à expansão do mercado consumidor (salas de exibição e espectadores), à transformação paulatina da produção autoral do Cinema Novo em uma indústria cinematográfica e à fundação da Embrafilme em 1969, houve a cisão do cinema brasileiro entre os remanescentes do Cinema Novo e o grupo chamado de Cinema Marginal. A nova câmera simbolizou o grito de independência dos diretores sem recursos.

O Super-8 é uma câmera – e uma técnica de filmagem – utilizada por vários cineastas e artistas nos anos 70. Seu uso e difusão surgiram como uma forma alternativa de produção cinematográfica. Os baixos custos e a agilidade na hora da realização e revelação do filme transformaram a câmera em uma das armas do Cinema Marginal brasileiro desse período.

Dois filmes em São Paulo: A Margem, de Ozualdo Candeias, um filme grotesco e irônico; e O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, que ganhou vários prêmios em festivais, definiram os moldes do que, futuramente, viria a se chamar "Cinema Marginal". Nesse período, vários movimentos fincaram suas raízes por aqui, com destaque para o Movimento Cultural Tropicalista, o Teatro Oficina e outros. Esse foi o solo fértil para o desenvolvimento do Cinema Marginal. Logo depois, diretores como Neville de Almeida, José Agripino de Paula, André Tonacci, Julio Bressane, Eliseu Visconti, Álvaro Guimarães lançam trabalhos com a mesma linha estética.

O modelo proposto pelos Marginais era um modelo de filme pobre, que questionava toda uma política cinematográfica e seu modelo padrão. As condições ideológicas da época (68-70) propiciaram que algumas dessas propostas antigas fossem reativadas de maneira mais contundente, sem o freio a que foram submetidas no começo da década. Havia grupos armados de esquerda e torturas físicas à tona com a repressão dos militares. Pregava-se uma contracultura, uma antiestética, toda uma rebeldia refletida na efervescência do movimento tropicalista e da vanguarda teatral (Teatro Oficina), inspirada na Pop Art novaiorquina.

A verdadeira rejeição ao cinema bem feito em favor da tela suja e a estética do lixo. Essa estética, segundo os autores, era "o estilo mais apropriado para um país do terceiro mundo, na medida em que possibilitava a transformação das sobras de um sistema internacional dominado pelo monopólio capitalista do primeiro mundo". Isto é, cada país faz a forma de arte que sua economia permite. Uma grande característica do Cinema Marginal é o uso de elementos estéticos urbanos, história em quadrinhos, propagandas, romances, meios de comunicação em massa (rádio e TV), jornalismo sensacionalista; o cinema em sua vertente consumista.
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Yhago Shalys é músico, poeta, colecionador e estudante de Psicologia.

Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 13, de 04 de dezembro de 2013), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

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'A Mulher Faz o Homem', filme de Frank Capra: exibição em Nova Olinda



Cine Café Volante (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme A Mulher Faz o Homem
Título original: Mr. Smith Goes to Washington
Direção: Frank Capra
Roteiro: Lewis R. Foster, Sidney Buchman
Elenco: James Stewart, Jean Arthur, Claude Rains, Edward Arnold
Duração: 129 minutos
Ano: 1939
País de origem: Estados Unidos

"Um idealista, honesto e honrado homem do interior é convidado a se tornar senador dos Estados Unidos sem saber que sua escolha é baseada no fato de ser considerado um homem ingênuo e manobrável. Filme indispensável e estimulante para a reflexão sobre ética na política que tanto discutimos hoje em dia." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na sexta-feira, 03 de outubro de 2014, às 19h
Na Fundação Casa Grande, em Nova Olinda-CE. Entrada gratuita.

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Geraldo Junior faz show no Crato com convidados especiais



"Acompanhado dos grandes Dudé Casado e Evanio Soares + convidados especiais, Geraldo Junior apresentará o show Forró 'Eletrônico, Toadas Digitais'! Músicas inéditas do novo disco e releituras de músicas já conhecidas!"

Geraldo Junior e Os Virtuais
Show "Forró Eletrônico, Toadas Digitais"
Quinta-feira, 02 de outubro de 2014, 22h
No Casarão Boteco (Crato-CE)
Entrada: R$10,00 (meia e lista amiga) e R$15,00 (inteira).

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Duo Selestrial se apresenta em Juazeiro



"O duo, Junior Crato e Fabrício da Rocha, traz ao palco um espetáculo instrumental, original e criativo, proporcionando ao público um contato íntimo com a genialidade do alagoano Hermeto Pascoal através da oratória, musicalidade e vídeos." (sinopse da divulgação do evento)

Música instrumental apresenta:
Selestrial (Crato-CE)
Quinta-feira, 02 de outubro de 2014, 19h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada gratuita.

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Entrevista com a banda Ira! na Revista Bizz 33 (abril de 1988)



Do papel # 28

Entrevista com a Banda Ira! (Nasi, Edgard Scandurra, Ricardo Gaspa e André Jung), publicada na revista Bizz 33, de abril de 1988. À época, a banda tinha acabado de gravar o disco Psicoacústica. Para ampliar as páginas da revista, clique nas imagens.
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A Idade da Razão? Ira!

Quais terão sido as mudanças de comportamento do grupo paulistano depois de ter uma música na abertura de uma novela? Será que as sementes funky que já aparecem em Vivendo e Não Aprendendo se desenvolveram? O que aconteceu de fato no Hollywood Rock? E mais dezenas de interrogações para uma banda que sempre pontuou sua trajetória com vigorosas exclamações (!)

por Marcel Plasse

Descontração no estúdio Nas Nuvens do Rio. A mixagem do novo LP acaba de ser finalizada: trabalho duro para o quarteto que resolveu assumir a produção das gravações. Como colegiais na véspera dos exames finais, colocaram a fita para tocar pela primeira vez. Não há dúvidas: o Ira! gravou seu melhor LP. E, sim, comecemos pelo novo disco...

André - No fundo, esse disco tem o que a gente queria que o Vivendo e Não Aprendendo também tivesse tido: sonoridade acústica e pesada ao mesmo tempo. O problema é que o disco anterior foi feito em várias fases — fases demais! Foi gravado no Rio e mixado em São Paulo, passou por muitas mãos...
Edgard - A gente não procurou ter uma linguagem única de sonoridade nesse disco, enquanto que nos anteriores rolava essa preocupação em ter uma espécie de padrão, uma uniformidade.
Nasi - Muitas pessoas me falaram: “pô, já sei, o próximo disco do Ira! vai ser todo funk” — ou vai ser funk ou mod... Não é nada disso! Nossa música está acima dessas coisas.

BIZZ - Vale a pena ter música em abertura de novela?
Gaspa - Vale se você se situar no Brasil e se colocar numa carreira de músico profissional, onde você toca no país inteiro por causa dessa música e não pelo teu trabalho.
André - A gente não tem a pretensão de estourar e ser “A Banda do Brasil”. Nunca foi a nossa! O nosso lance é muito mais musical. Então, a gente procura ter uma divulgação que preserve esse nosso critério. Vamos aparecer na TV? Vamos, mas vamos aparecer tocando, sabe, não fazendo playback. Não vamos aproveitar qualquer onda! A impressão que algumas pessoas têm é que a gente nada em dinheiro. (Com malícia.) “Ah, vocês estão com música na novela, né? Agora vocês estão ricos!” Puxa, a gente dá um duro danado e a conta bancária zerando...

BIZZ - Vocês não acham que tem muita gente ganhando dinheiro com música neste país?
Nasi - Da nossa geração é uma minoria absoluta. Mas existem os marajás, claro (risos)!
André - De qualquer forma, eu sempre vou tocar com os amigos quando eu tiver oportunidade. Nada supera esse prazer. Aliás, a coisa mais legal que a gente fez no ano passado foi ter trabalhado com caras como o Thaíde, o pessoal da Fábrica Fagus, o Theo Werneck e todas as pessoas que a gente teve contato. Foi uma experiência enriquecedora...

BIZZ - Foram essas experiências que geraram expectativa de que o Ira! poderia pender para o funk no novo LP. Em pelo menos uma faixa, “O Advogado do Diabo”, dá para sentir essa influência. Se bem que eu esperasse ouvir um rap, a música tem uma sonoridade meio brasileira...
Nasi - Eu fico p* quando alguém fala que é rap! Essa música tem uma característica dançante, mas a gente procurou não usar nada que a conduzisse eletronicamente. O que existe é uma condução humana, mântrica.
André - Ela é toda baseada em percussão. Ela começa com um padeiro, depois entram tímbales, uma pandeirola e temrina com uma conga. A gente também usou o sampler de uma caixa de “It’s a Man’s, Man’s World” (James Brown!)

BIZZ - Apesar disso, a característica mais marcante do novo trabalho é o hard, um rock mais pesado que o dos LPs anteriores...
Edgard - É o lance da guitarra. Agora tem muito mais guitarra. Nos outros discos, ela foi meio contida. As guitarras dos primeiros discos são conceituais, naquela postura mod de guitarra simples, limpa, radical...

BIZZ - Como foi que isso mudou?
Edgard - Teve uma época em que eu me senti meio no meu limite de criação como guitarrista. De repente, eu me dei conta de que já toquei de outras formas. Não fui somente um guitarrista de ritmo, já fui solista também. E já experimentei coisas bem ousadas em jams, como o resultado final da música “Mesmo Distante”, que encerra o disco. Ela tem efeitos de inversão de guitarra, base de violões e inúmeras sacadas que a maioria das pessoas vai ficar se perguntando do que se trata.
André - É, no disco o Edgard toca banjo, craviola, guitarras, sampler de voz...

BIZZ - Até o segundo disco, por sinal, o Ira! só gravava composições do Edgard...
Edgard - As músicas do primeiro LP eram composições da primeira formação, já prontas. As do segundo também eram músicas antigas — nós ainda estávamos tentando registrar o nosso material —, de uma época em que eu escrevi muito. Agora eu estou mais calmo (risos)! Nesse disco, como nós fomos os produtores, tivemos mais tempo pra questionar, experimentar. E isso fez pintar músicas de todo mundo. Todos compõem no Ira!

BIZZ - Vocês têm uma ligação muito forte com São Paulo. Nos primórdios, costumavam até usar uma bandeira do Estado como cenário.
Edgard - Era uma ligação juvenil. Naquela época era uma postura mod. A gente queria mostrar o nosso som e ao mesmo tempo mostrar de onde a gente vinha...
Nasi - Personalizar a origem. Acho que isso acontece, de certa forma, também no Sul. O público do Sul gosta com um carinho especial das bandas de lá. O nosso som agrada a pessoas aqui no Rio e em vários outros lugares, mas é especial você saber que existe uma coisa além...
Edgard - Além do mais, a gente tem uma música para São Paulo: “Pobre Paulista”, uma música feita há muito tempo. Eu e o Nasi estávamos no colegial. O bairrismo era extremo, então. Não era nem São Paulo, era Vila Mariana, o bairro onde a gente vivia.
Nasi - Acho que o legal de “Pobre Paulista” é que ela veio do nosso tempo de escola, mas consegue se comunicar com a juventude ainda hoje. Ela cresceu da nossa escola pro nosso bairro, pra nossa cidade...

BIZZ - Acho que ninguém discorda que as músicas do Ira! são as que melhor retratam aquele espírito de rock’n’roll que sempre se espera que as bandas manifestem, mas que elas não produzem mais. Ou seja: o espírito de rebeldia juvenil.
Edgard - O jovem está se arriscando a se tornar um babaca, um reacionário, um cara com a mentalidade da televisão. As nossas letras falam de caras que se tocam desse perigo.
André - As pessoas precisam ser chacoalhadas. Tem muita gente no Brasil só assistindo ao noticiário pela TV. Assistindo o que vai acontecer agora — mais um pacote, mais um congelamento, e agora?
Nasi - Às vezes, tratam a gente como moleques. Eu sinto isso, por nos tacharem de rebeldes de uma maneira jocosa. “Ah, os garotos”...
Edgard - O jovem tem que se tocar que ele não é obrigado a virar um velho conformado que apoia a direita!

"O jovem está se arriscando a se tornar um babaca, um reacionário, um cara com mentalidade de TV. As nossas letras falam de caras que se tocam desse perigo" (Edgard)

"As pessoas precisam ser chacoalhadas"
(André)

BIZZ - Por sinal, André e Gaspa acabaram de virar papais e o Edgard está a caminho.
Edgard -
Não somos mais moleques tocando, mesmo! Acho que eu vou ser... um bom pai. Mas, independente de nossa idade, que nem é tanta assim [nenhum tem 30 anos], a gente sempre vai procurar se dirigir à juventude. A gente nunca vai fazer música de dor-de-cotovelo, por exemplo.
Nasi - Eu vi a apresentadora do Hollywood Rock na TV dizendo: “O Ira!, que depois de ‘Fores em Você’ saiu da clandestinidade...”. Pô, eu acho que nunca teve tanta gente nos vendo tocar ao vivo na televisão quanto naquele dia, mas, sabe, a gente não saiu da clandestinidade depois de “Flores em Você”. A gente tinha um LP que foi super bem conceituado, tinha uma estrada, uma legião de fãs etc. e tal. Parece que a gente vai crescendo como naquele filme, O Tambor [de Volker Schlöndorff], com as pessoas nos tratando como se ainda fôssemos crianças. Só porque você parece ingênuo, porque você ainda é um pouco idealista — coisa que você tem que ser realmente... Hoje em dia, a gente não vive mais exatamente no mundo dos ideais, mas num mundo com coisas que a gente sabe que são importantes, por exemplo, posições firmes para que possa existir um espírito no nosso trabalho. Nós temos personalidades inquietas!

BIZZ - Bem, nesse novo disco não há nenhuma balada com quarteto de cordas (risos). E ele acabou se chamando Psicoacústica. O que é psicoacústica?
Nasi - É o estudo das influências que ambientes de tamanhos diversos causam num mesmo som, numa mesma música. Esse nome saiu no final das gravações, no estúdio, depois da gente ter tentado vários outros.
Edgard - Trata-se de um disco de mensagens inspiradas. E essa inspiração é psicoacústica.
André - A gente deu valor a detalhes do nosso som que são quase incidentais, procurou não fazer as músicas em bloco. No meio de um processo cada vez mais industrializado da indústria de consumo, a gente procurou preservar um processo bem artesanal de fazer música.
Edgard - A gente utilizou os recursos modernos de maneira simples. Procuramos soluções muito mais arcaicas, de repente, do que o uso de um sampler, por exemplo.
André - Tem muita gente vendendo qualidade pelo preço do equipamento que tem... Isso, meu, é um papo furado! Criatividade se faz com três instrumentos.
Nasi - Os caras do Vzyadoq Moe, por exemplo, são modernos, usam tecnologia de uma forma arrebatadora e são supersimples.
André - Há muito tempo as bandas nacionais conseguiram reunir capital para investir em equipamentos, tipo últimos lançamentos tecnológicos. Não que isso não tenha valor. Eu acho que a música tem que evoluir em todas as frentes, inclusive a tecnológica. Agora, não dá para colocar isso acima da criatividade. Trazer uma proposta musical não é trazer um aparelho novo e ligar. A criatividade, de repente, caminha muito mais rápida do que a tecnologia. E chega de papo furado, entendeu!

BIZZ - O Ira! tinha um carma de ser uma banda anos 60...
André -
Coisa que a gente preserva, bicho!
Nasi - O rock dos anos 60 nos influencia de uma forma muito maior do que a paixão pelo Who ou pelo Zeppelin, mas pela ousadia que existia nessa época, de meter a mão no som, de criar sons radicalmente diferentes do padrão de qualidade vigente.

BIZZ - Vocês pegaram mais o punk do que os sixties...
Nasi -
Não necessariamente. A gente já se imaginava no rock um pouco antes do punk. As influências são muito amplas, apesar do punk estar mais próximo da nossa geração.
Edgard - O Ira! pintou na época do movimento punk em São Paulo. Nosso primeiro cartaz de show falava em “punk rock e new wave”... Isso pra nós era uma coisa só.
Edgard - Quer dizer, a gente associava isso a um lance novo.
André - Aquele momento foi uma despadronização radical. E era genial por isso.
Edgard - Até virar moda. E new wave pra nós era o Jam, não o B-52’s! A gente tocou em festival punk. Até que começamos a encontrar um som nosso, próprio, que se distanciou desse movimento.
Nasi - O nosso som era rock’n’roll, do mesmo modo que o dos Sex Pistols era. A gente tocava música do Who, dos Stooges... Era uma coisa muito maior do que ser hardcore — eu até curto coisas de hardcore, de energia rock, juvenil... É bom descobrir ou redescobrir boas músicas.

BIZZ - Vocês também curtem quadrinhos, não?
Edgard -
É, eu até escrevi e desenhei quadrinhos. Uma vez eu mandei umas das minhas histórias para um programa da TV Cultura, chamado A História do Desenho Animado, e o apresentador mostrou. Chamava-se “João, o Caveira” (risos).
Nasi - A letra de uma música do nosso disco, “Rubro o Zorro”, é quase uma história em quadrinhos.
Edgard - É uma BD [Banda Desenhada, termo de Portugal para história em quadrinhos] clássica.
Nasi - Tudo começou com uma pesquisa sobre “o bandido nacional” que acabou se tornando uma mistura de vários personagens, inclusive do “Bandido da Luz Vermelha” americano — ou seja, um cara que foi condenado injustamente e executado. O lance de morte é uma coisa que ainda existe e que paira, inclusive, sobre o Brasil. Em suma, o mais importante de tudo isso é a barbárie da Grande Morte. Com a maior naturalidade, executa-se uma pessoa sensível como o possível Bandido da Luz Vermelha, capaz de escrever livros, tornar-se advogado, tudo dentro do regime opressivo de uma prisão. Na música, claro, isso passa de uma maneira mais relaxada, como um bangue-bangue de quadrinhos... Hoje mesmo eu me encontrei com o Rogério Sganzerla [autor do filme O Bandido da Luz Vermelha nacional, de onde foram extraídos alguns tiros e falas para a música] e foi uma sincronicidade de ideias incrível! Acho que ainda devem rolar coisas disso (um clip, talvez? Suspense, suspense).

BIZZ - Que outros sons foram sampleados?
Nasi -
Em “O Advogado do Diabo” tem um final com um discurso religioso captado em AM, que eu não queria que se falasse que é da (...). Eu nunca vou declarar isso! Não tem nome de ninguém lá. E eu não quero fazer propaganda desse órgão que eu acho terrível, tá? A música é “O Advogado do Diabo” e nós pensamos em colocar o verdadeiro diabo no fim dela: o discurso religioso moralista desses caras, uma coisa muito perigosa [o discurso diz: “Não adianta, porque tem que haver rico, tem que haver pobre; tem que haver branco, tem que haver preto; tem que haver patrão, tem que haver empregado, porque Deus quer assim...”]. Mas é algo que eu quero que entre como acidente. Como qualquer pessoa que ligue o rádio AM e capte uma mensagem dessas a qualquer hora. Foi o que eu percebi. Eu peguei superacidentalmente, na madrugada antes de colocar isso no disco.

BIZZ - Edgard, o que houve no Hollywood Rock, que você acabou jogando a guitarra no chão?
Edgard -
A gente teve muitas dificuldades durante a passagem do som, limites, cobranças de tempo para montar o palco, não teve luz... Mil coisinhas que foram alimentando um nervosismo. E tudo explodiu na música “Gritos na Multidão”. Depois daquela guitarrada ficou tudo mais tranquilo.
André - E depois que a gente fez um show em São Paulo que não acredito que a crítica tenha visto — e se viu... Bom, a gente tem uma fita do show inteiro gravada que mostra como ele foi excelente! E isso também serve de resposta ao que aconteceu no Rio.

BIZZ - Essa fita vai entrar no disco?
Edgard -
Na verdade, é uma surpresa. Tem músicas muito boas gravadas. Aguardem, aguardem...
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Abertura da novela O Outro, com "Flores em Você" (Edgard Scandurra):


"Rubro Zorro" (Scandurra, Jung, Gaspa, Nasi), de Psicoacústica:
 

"Advogado do Diabo" (Nasi, André Jung), do disco Psicoacústica:

domingo, 28 de setembro de 2014

'O Garoto da Bicicleta', filme dos 'Irmãos Dardenne', no Cinematógrapho



Cinematógrapho (com mediação de Elvis Pinheiro)
Mostra: O Fraco e Sua Força
Exibição do filme O garoto da bicicleta
Título original: Le gamin au vélo
Direção e roteiro: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Elenco: Thomas Doret, Cécile De France, Jérémie Renier, Fabrizio Rongione, Egon Di Mateo, Olivier Gourmet
Duração: 87 minutos
Ano: 2011
Países de origem: Bélgica, Itália, França

"Cyril é um garoto de 12 anos que está em busca de seu pai, que o abandonou em um lar para crianças. No seu caminho encontrará Samantha, uma mulher que lhe oferece abrigo e carinho." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na quarta-feira, 01 de outubro de 2014, às 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita.

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'Sorrisos de Elis': show com Fatinha Gomes, Fabrício da Rocha e convidadas



Show Sorrisos de Elis
Com Fatinha Gomes e Fabrício da Rocha
Participações: Janinha Brito, Helida Germano, Barbara Gomes e Dinorah Miranda
Quarta-feira, 01 de outubro de 2014, 20h
No Teatro Adalberto Vamozi (SESC Crato-CE)
Entrada: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)
+ info.: (88) 3523.4444.

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sábado, 27 de setembro de 2014

'A História Oficial', filme de Luis Puenzo, em exibição no Cinemarana



Cinemarana (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme A história oficial
Título original: La historia oficial
Direção: Luis Puenzo
Roteiro: Aída Bortnik, Luis Puenzo
Elenco: Héctor Alterio, Norma Aleandro, Chunchuna Villafañe, Hugo Arana, Guillermo Battaglia, Chela Ruíz, Patricio Contreras, María Luisa Robledo, Aníbal Morixe, Jorge Petraglia, Analia Castro
Duração: 112 minutos
Ano: 1985
País de origem: Argentina

"Na Buenos Aires dos anos 80, Alicia e seu marido Roberto vivem tranquilamente com Gaby, sua filha adotiva. Porém, após o reencontro com uma velha amiga recém-chegada do exílio, Alicia começa a tomar conhecimento da cruel realidade do regime militar argentino, passando a questionar todas as suas certezas e o que considerava como verdade. Uma realidade para a qual Alicia não estava preparada, mas que agora terá de enfrentar com todas as suas consequências." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na segunda-feira, 29 de setembro de 2014, às 19h
No SESC Crato-CE. Entrada gratuita.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Poesia de cantilenas



por Amador Ribeiro Neto

Salgado Maranhão, maranhense, nasceu em 1953. Poeta, jornalista, letrista de canções e consultor cultural, em 1999 ganhou o Jabuti por Mural de ventos. Em 2011 recebeu o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras com A cor da palavra. Com O mapa da tribo (Rio de Janeiro: Editora 7Letras) é finalista do Portugal Telecom 2014.

No prefácio, Domício Proença Filho afirma que este livro “amplia os espaços poéticos da obra em expansão de Salgado Maranhão”. E continua: “sua tribo é a dos viventes do agreste” e “o poeta se revisita em profundidade”. Ele está corretíssimo.

Todavia, não sei se movido pela pressa, ou por outro motivo, afirma que o livro tem cinco partes, quando tem seis. Observa que “na estruturação alternam textos em verso e poemas em prosa poética”. Não é bem assim. Apenas a primeira parte está organizada desta forma. Mais: declara que há na última parte um “diálogo intertextual com o Guesa de Sousândrade”, quando na verdade apenas um poema desta sessão procede assim. Numa nova edição convém rever tais deslizes do prefácio.

Para Iracy Conceição de Sousa, no posfácio, “definitivamente seu livro é o desdobramento de uma busca pela essência da própria busca”. Ela não justifica tal assertiva, que me parece gratuita. Sim, fica claro que o eu lírico vai ao passado à procura de sua origem. Bem como intenta dar corpo a uma linguagem que cita a si própria. Funções bem definidas. Buscar a essência “da própria busca” é filosofia demais.

Salgado Maranhão escreveu um livro bem comportado. Não é difícil identificar sonetos decassílabos heroicos. Mesmo quando não formatados no esquema petrarquiano de duas quadras e dois tercetos. Há quadras em redondilha maior, ao modo dos cantadores de viola nordestinos. E haicais admiráveis.

No geral, ele não ousa nos temas nem na forma. Dá conta do recado. Possui versos bonitos como: “Tudo está gravado / num espelho sem face, / que vê para dentro / como o olho dos cegos”. Ou esta outra quadra: “E avanço / entre cerradas urbes, / cardando rimas / que me traduzem”.

Destaco três dos que me parecem ser os mais belos versos do livro: “Não há receios nem compulsão. / Há somente a foz do orgasmo / de um oceano insondável”. A beleza da “voz”, que ecoa foneticamente em “foz”, e do “som” que reverbera em “insondável”, dá a tessitura erótica da cena que se insinua. Rigor da linguagem.

Mais: “Nômade entre anônimos / recolho a poesia / in natura”. Bonito. Porém, na sequência, ele escorrega em metáforas surradas: “ante os glóbulos da noite / e o céu de rubis”. Uma pena.

Da mesma forma, o uso abundante das metáforas, o excesso de adjetivos, não raro ligados ao nonsense, tornam a leitura cansativa. E a feitura dos poemas previsível. É o que temos em: “São tropéis de relâmpagos / nas veias, cacos de um céu / furta-cor, inconsútil, ante / a convulsão das tripas ocas / e o tráfico de abismos”. Ou: “Não posso antever / além do halo de metáforas / ávidas e/ou / vulcão rugindo luas”. Ou: “Parido / desde a jaula do peito / o real devora o conceito”.

Há boa poesia. E há lengalenga em O mapa da tribo.
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Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.

Publicado pelo jornal Contraponto, de João Pessoa-PB. Caderno B, coluna “Augusta Poesia”, dia 19 de setembro de 2014, p. B-7.

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Workshop com o elenco do espetáculo 'Dois Perdidos Numa Noite Suja'



"Arte, Cultura e seus veículos ao alcance de todos. Oportunando uma aproximação dos gestores culturais da região com atores e diretor que trazem em seu portfólio experiência de produção  nacional e internacional." (sinopse da divulgação do evento)
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Workshop com o elenco do espetáculo
Dois Perdidos Numa Noite Suja
Sábado, 27 de setembro de 2014, 14
No auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada gratuita.

Para informações sobre as encenações do espetáculo no Cariri, clique aqui.

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Filme 'Promessas de Um Novo Mundo' em exibição no Cine Café



Cine Café (com mediação e curadoria de Elvis Pinheiro)
Aniversário de 4 anos do Cine Café
Exibição do filme Promessas de um novo mundo
Título original: Promises
Direção: Carlos Bolado, B.Z. Goldberg, Justine Shapiro
Elenco: Moishe and Raheli Bar Am, Faraj Adnan Hassan Husein, Mahmoud Mazen Mahmoud Izhiman, Daniel Solan, Yarko Solan, Sanabel Hassan, Shlomo
Duração: 114 minutos
Ano: 2001
País de origem: Israel

"Documentário israelense de 2001 indicado ao Oscar que põe um olhar sobre o conflito entre Israel e Palestina a partir da perspectiva de sete crianças que moram em comunidades palestinas na Cisjordânia e os vizinhos israelenses de Jerusalém. Mais do que focar especificamente nos eventos políticos, o filme dá voz a estas crianças, que, apesar de viverem a apenas 10 minutos de distância, habitam mundos completamente divergentes." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 27 de setembro de 2014, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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Programação Orient Cinemas Cariri Shopping - de 25/09 a 01/10/2014

Sin City 2: A Dama Fatal
(Sin City: A Dame to Kill For, 2013)
Direção: Robert Rodriguez, Frank Miller
Elenco: Bruce Willis, Mickey Rourke, Jessica Alba, Josh Brolin, Joseph Gordon-Levitt, Rosario Dawson, Eva Green, Powers Boothe
Produção executiva: Marina Bespalov, Oleg Boyko, Sam Englebardt, Adam Fields, Wayne Marc Godfrey, Jere Hausfater, Kia Jam, William D. Johnson, Frank Miller, Kipp Nelson, Ted O´Neal, Allyn Stewart, Boris Teterev, Bob Weinstein, Harvey Weinstein
Produção: Sergei Bespalov, Aaron Kaufman, Stephen L´Heureux, Mark C. Manuel, Alexander Rodnyansky, Robert Rodriguez
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Thriller
Duração: 102 minutos
Distribuidor: Imagem Filmes
Classificação: 18 anos
Sinopse: Em Sin City: A Dama Fatal, Dwight (Josh Brolin) tem seu confronto final com a mulher dos seus sonhos e pesadelos, Ava (Eva Green). Ela consegue ler mentes e transforma-se exatamente no que os homens desejam. Repleta de mulheres fortes, anti-heróis e vilões cruéis, seus caminhos se cruzam pelas ruas e bares da cidade do pecado. Contando ainda com Mickey Rourke, Jessica Alba, Bruce Willis e Joseph Gordon-Levitt no elenco e repetindo a parceria entre Robert Rodriguez e Frank Miller, o filme dá sequência ao sucesso de público e crítica Sin City - A Cidade do Pecado, contando com uma inovadora técnica de captura de imagens em 3D. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h40, 16h, 18h20 (Sala 3)
Legendado: 20h50 (Sala 3)
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A Lenda de Oz
(Legends of Oz: Dorothy´s Return, 2013)
Direção: Will Finn, Dan St. Pierre
Elenco: Vozes de: Dan Aykroyd, James Belushi, Kelsey Grammer, Lea Michele, Tacey Adams, Michael Krawic, Martin Short, Bernadette Peters, Randi Soyland, Oliver Platt
Produção executiva: Greg Centineo, Neil L. Kaufman, Rene Torres
Produção: Roland Carroll, Ryan Carroll, Bonne Radford
País: Estados Unidos
Gênero: Animação, Família, Musical
Duração: 88 minutos
Distribuidor: Paris Filmes
Classificação: livre
Sinopse: A garota Dorothy é levada de volta ao mundo mágico de Oz, onde reencontra os velhos amigos Homem de Lata, Espantalho e Leão. Entretanto, logo ela descobre que todos os habitantes do reino estão correndo sério risco graças aos atos do malvado Jester. Continuação da história exibida em O Mágico de Oz (1939). (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado 3D: 15h30* (Sala 1)
* Somente sábado e domingo
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Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola
(A Million Ways to Die in the West, 2014)
Direção: Seth MacFarlane
Elenco: Liam Neeson, Charlize Theron, Amanda Seyfried, Neil Patrick Harris, Seth MacFarlane, Giovanni Ribisi, Sarah Silverman, Tatanka Means, Evan Jones, Wes Studi
Produção executiva: Alec Sulkin, Wellesley Wild
Produção: Jason Clark, Seth MacFarlane, Scott Stuber
País: Estados Unidos
Gênero: Comédia, Western
Duração: 116 minutos
Distribuidor: H2O Films
Classificação: Livre
Sinopse: Depois que Albert (Seth MacFarlane) foge de um tiroteio, sua inconstante namorada (Amanda Seyfried) o deixa para ficar com outro homem. Nesse momento, uma bela e misteriosa mulher (Charlize Theron) chega à cidade e o ajuda a retomar sua coragem, o que faz com que os dois se apaixonem. Albert só não sabia que o marido de sua amada, um notório fora da lei, buscaria vingança e ele teria a chance de colocar em prática sua coragem recém-resgatada. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Legendado: 16h10, 20h40 (Sala 5)
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O Protetor
(The Equalizer, 2013)
Direção: Antoine Fuqua
Elenco: Denzel Washington, Chloë Grace Moretz, Melissa Leo, Dan Bilzerian, Marton Csokas, Bill Pullman, Haley Bennett, Vladimir Kulich
Produção executiva: David J. Bloomfield, Ezra Swerdlow, Ben Waisbren,
Produção: Todd Black, Jason Blumenthal, Tony Eldridge, Mace Neufeld, Alex Siskin, Michael Sloan, Steve Tisch, Denzel Washington, Richard Wenk
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Thriller
Duração: 131 minutos
Distribuidor: Sony Pictures
Classificação: 16 anos
Sinopse: Em O Protetor, Denzel Washington interpreta McCall, um ex-oficial das forças especiais que simulou sua morte para viver uma vida tranquila em Boston. Quando ele sai de sua aposentadoria auto-imposta para resgatar uma jovem, Teri (Chloë Grace Moretz), ele se encontra frente a frente com gangsters russos ultra-violentos. Enquanto ele pratica atos de vingança contra todos os que agem brutalmente sobre pessoas indefesas, seu desejo de justiça se reacende. Se alguém tem um problema, está com todas as chances empilhadas contra si, e sem ter para onde correr; McCall vai ajudar. Ele é O Protetor. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h, 15h40, 18h50 (Sala 2)
Legendado: 21h30 (Sala 2)
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A Bela e a Fera
(La Belle et la Bête, 2014)
Direção: Christophe Gans
Elenco: Vincent Cassel, Léa Seydoux, André Dussollier, Eduardo Noriega, Myriam Charleins, Audrey Lamy, Sara Giraudeau, Jonathan Demurger, Nicolas Gob
Produção executiva: Frédéric Doniguian
Produção: Richard Grandpierre
País: França
Gênero: Fantasia, Romance
Duração: 112 minutos
Distribuidor: California Filmes
Classificação: 12 anos
Sinopse: Na trama, passada em 1810, após o naufrágio de seu navio, um comerciante financeiramente arruinado exila-se no campo com seus seis filhos, três rapazes e três moças. Apenas a filha mais nova, Bela, uma menina alegre e cheia de graça, fica entusiasmada com a vida rural. O destino surge implacável de novo, e quando o pai arranca uma rosa para a filha de um jardim encantado e é condenado à morte pelo proprietário do castelo, um monstro. A destemida Bela oferece-se no lugar do pai, mas uma vez dentro do palácio, encontra não a morte, mas sim uma vida estranha, cheia de magia, luxo e tristeza. Todas as noites, sem exceção, Bela janta com a fera, e todas as noites ela é visitada por sonhos que retratam a triste história dela. O gigante começa a se sentir cada vez mais atraído pela bela jovem, que usa toda a sua coragem para chegar ao fundo da maldição que atormenta seu estranho admirador. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h20, 15h50, 18h10 (Sala 6)
Legendado: 20h30 (Sala 6)
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Livrai-nos do Mal
(Deliver Us From Evil, 2014)
Direção: Scott Derrickson
Elenco: Eric Bana, Édgar Ramírez, Olivia Munn, Sean Harris, Joel McHale, Dorian Missick, Antoinette LaVecchia, Scott Johnsen, Jenna Gavigan
Produção executiva: Paul Harris Boardman, Glenn S. Gainor, Chad Oman, Mike Stenson
Produção: Jerry Bruckheimer
País: Estados Unidos
Gênero: Terror, Thriller
Duração: 118 minutos
Distribuidor: Sony Pictures
Classificação: 14 anos
Sinopse: O oficial da polícia de Nova Iorque Ralph Sarchie (Eric Bana), está lutando contra sérios assuntos pessoais quando começa a investigar uma série de crimes perturbadores e inexplicáveis. Ele se alia a um padre não-convencional (Edgar Ramírez), treinado em rituais de exorcismo, para combater as possessões demoníacas assustadoras que estão aterrorrizando a cidade. Inspirado no livro que detalha os apavorantes casos reais do policial Sarchie. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h50, 18h30, 21h (Sala 4)
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Isolados
(Isolados, 2013)
Direção: Tomas Portella
Elenco: Bruno Gagliasso, Regiane Alves, José Wilker, Juliana Alves, Orã Figueiredo, Sílvio Guindane
Produção: Angelo Salvetti, Diogo Boni, Cosimo Valerio
País: Brasil
Gênero: Suspense
Duração: 100 minutos
Distribuidor: Downtown/Paris
Classificação: 14 anos
Sinopse: Lauro é residente em psiquiatria. Renata, sua namorada e insegura artista plástica, além de ex-paciente da clínica. Com o relacionamento abalado, alugam uma casa na serra para descansar. A situação se torna tensa quando estão isolados e o perigo ronda a região, iniciando-se um thriller de suspense onde realidade e loucura se misturam. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Filme nacional: 14h, 18h40 (Sala 5)
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Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário
(Seinto Seiya: Legend of Sanctuary, 2014)
Direção: Kei´ichi Sato
Produção executiva: Masami Kurumada
Elenco: Kaito Ishikawa, Kenji Akabane, Kensho Ono, Nobuhiko Okamoto, Kenji Nojima, Go Inoue, Rikiya Koyama, Shinji Kawada, Mitsuaki Madono
País: Japão
Gênero: Animação
Duração: 93 minutos
Distribuidor: Diamond Films
Classificação: 12 anos
Sinopse: Em uma remota era mitológica, havia os defensores da Deusa Atena. Quando as forças do mal ameaçavam o mundo, estes guerreiros da esperança sempre apareciam. Atualmente, após um longo período de guerra, a jovem Saori Kido, impressionada com os misteriosos poderes que possui, é inesperadamente atacada - e salva pelo cavaleiro de bronze Seiya. Desde então Saori, que começara a entender seu destino, ao lado de seus amigos cavaleiros de bronze Seiya, Shun, Hyoga, Shiryu e Ikki, decide se dirigir ao santuário. Porém lá, além de se defrontar com as armadilhas do Mestre do santuário, eles vão enfrentar um combate mortal com os mais poderosos dos cavaleiros: os orgulhosos cavaleiros de ouro. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 16h20 (Sala 4)
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Hércules
(Hercules: The Thracian Wars, 2014)
Direção: Brett Ratner
Elenco: Dwayne Johnson, Ian McShane, John Hurt, Rufus Sewell, Aksel Hennie, Ingrid Bolsø Berdal, Reece Ritchie, Joseph Fiennes, Tobias Santelmann
Produção executiva: Peter Berg, Jesse Berger, Ross Fanger, Stephen Jones, Sarah Aubrey
Produção: Beau Flynn, Barry Levine, Brett Ratner
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Aventura
Duração: 98 minutos
Distribuidor: Paramount Pictures
Classificação: 14 anos
Sinopse: Um filme de ação e aventura baseado em uma série de quadrinhos de Steve Moore. No exílio de sua nativa Atenas, o herói grego Hércules aceita trabalhar como um mercenário para o cruel e tirano rei de Trácia e descobre que está sendo usado para a formação de um sangrento golpe de independência. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado 3D: 13h20, 15h30*, 17h40, 19h50, 22h (Sala 1)
* Exceto sábado e domingo
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Ingresso:
Valores Inteiros (exceto Sala 3D Digital):
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$11,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$ 15,00

Valores Inteiros para a Sala 3D Digital:
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$15,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$20,00.

No Cariri Garden Shopping (Juazeiro do Norte-CE)
Site Orient Cinemas: http://www.orientcinemas.com.br/

Programação sujeita a alterações.

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Plano Somma: grupo maranhense de rap se apresenta em Juazeiro e Brejo Santo



"O grupo traz em sua bagagem um estilo de rap bem peculiar. As letras fortes têm uma pegada de sarcasmo e muita crítica social, criadas e inspiradas pelas ruas do Bairro da Cidade Operária. DJ Juarez, Felipeza e o MC Maciel EL2 mostram o rap de São Luís do Maranhão para o mundo." (sinopse da divulgação do evento)

Shows do Plano Somma
Ilha Sinistra (São Luís-MA)
Entrada gratuita

Sexta-feira, 26 de setembro de 2014, 19h30:
No Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri (Juazeiro do Norte-CE)

Sábado, 27 de setembro de 2014, 19h:
Na Praça  Chico Leite - Bairro Aldeota (Brejo Santo-CE).

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Narrativas com Cláudia Rejanne no Crato: 'A Mulher, a Política e o Cariri'



"Com as palavras, ela transforma. Escreve cordel, cria músicas, desenvolve pesquisas na área de mídias e poéticas da oralidade. Na rua, pensa a mulher, cria poesia, mas formou uma roda com as manifestações populares, ela dança. Na política, está envolvida com os movimentos estudantis, sindicais, culturais e de mulheres. Na beira do fogo, Cláudia Rejanne compartilha com o público mais de 30 anos de vida pública neste Cariri tão amado por ela." (sinopse da divulgação do evento)
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Troca de Ideias - Narrativas em volta do fogo
A Mulher, a Política e o Cariri
Convidada: Profa. Dra. Cláudia Rejanne
Sábado, 27 de setembro de 2014, 18h
No Largo da RFFSA (Crato-CE)
Entrada gratuita
+ info.: (88) 3512.2855.

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Lenine faz show em Juazeiro do Norte



Lenine (voz e violão)
Lenine revisita seu repertório para mostrá-lo ao público de uma maneira intimista, no formato voz e violão. “É a oportunidade de conhecer a canção despida e sem subterfúgios, da maneira como foi concebida”, explica. Sucessos não faltam: “Paciência”, “Jack Soul Brasileiro” e “Hoje eu quero sair só” estão garantidas, numa seleção especial que costura as três décadas de carreira do leão do norte.

Abrindo o show: Isaac Cândido
Isaac Cândido - cantor, compositor, instrumentista e produtor cultural, nascido em Orós, município do Ceará, já produziu duas outras obras - no cenário da nossa melhor música - com reconhecimento do público e da crítica. A primeira delas, em 1999, intitulada Isaac Cândido; a segunda, em 2005, Algo sobre a distância e o tempo, em parceria com o compositor Marcus Dias; além de produzir e participar de várias coletâneas de interpretes cearenses. (sinopses da divulgação do evento)
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Estacionamento da Música apresenta: 
Show com Lenine
Abertura: Isaac Cândido
Sábado, 27 de setembro de 2014, 20h
No SESC Juazeiro do Norte-CE
Os ingressos estão à venda no SAC do SESC
Comerciário: R$10,00; Usuário: R$20,00
+ info.: (88) 3587.1065.

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II Encontro dos ex-alunos do IFCE (Juazeiro do Norte)



por Hudson Jorge

Parte I

Eu achei muito estranho o silêncio de Xico Fredson nos dois dias que antecederam o 2º encontro de ex-alunos da ETFCE/CEFET/IFCE (de Juazeiro do Norte). O bicho tinha feito tanto enxame choroso no Facebook nos últimos dois meses, no entanto, havia dois dias que calara o bico.

No dia do evento (20 de setembro de 2014), às 9h10, liguei para o celular dele. Só chamou. Liguei para o fixo. A pessoa que atende avisa que ele está dormindo. Insisto, dizendo dessa vez que era urgente. E de fato, era! O evento iria começar às 10h e o “cara de chibata” ainda tava dormindo.

Só ouvi quando a mãe dele, já conhecendo a peça, avisa para a pessoa que atendeu ao telefone: - Ele tá dormindo! Tu vai se meter à besta de acordá-lo?
- Mas, o rapaz disse que era urgente.
- Tá bom, tu quem sabe. Mas, bata na porta e saia correndo.

Dois minutos depois, Xico Fredson atende ao telefone com voz de ressaca: “Alô!”
- Ei meu fí! Acorda rapaz! Tu não vai não, é?
- Pra onde, ome?
- Como assim “pra onde”? Pro encontro de ex-alunos. Começa daqui a 50 minutos!
- Tô afim não, ó! To meio baqueado, tô com uma quase gripe, meio assim quase uma dor de garganta que afeta meu quadril. Acho que não vai dar dessa vez.

Não aguentei! Dei-lhe um racha! Daqueles rachas que um dono de armazém de grãos dá em chapeado sem razão alguma. Como seria possível, depois de todos aqueles apelos emotivos que mobilizaram dezenas de ex-alunos, Xico Fredson faltar àquele encontro? Sem noção mesmo!

- Acorda, cara de chibata! Até quando você vai ser assim!? Vá lavar esse rosto remelento, escove essa chapa e faça essa barba! Luís André vai passar por aí daqui a 30 minutos pra te levar.
- Mas, mas, mas...  (do outro lado da linha, dava perceber que ele tentava argumentar com beiços trêmulos!)
- Mas, nada! André chegará aí em 29 minutos.

Desliguei o telefone e fiquei me perguntando se, para a conservação do meu estado físico, deveria ter falado daquela forma com um cara de um 1,90m. Agora era tarde.


Parte II

Tá certo. Relembrar é viver, já dizia um ditado popular. Mas, relembrar os momentos vividos na ETFCE UnED Juazeiro do Norte, andando pelos seus corredores novamente, para mim é algo quase que inenarrável! Acho que só quem estudou lá, principalmente na década de 90 do século passado, talvez, saiba o que quero dizer.

Algumas coisas mudaram, mas, na essência, tudo continua a mesma coisa. (HAHAHA me lembrei agora da velha música: “A mesma praça, o mesmo banco...”).  O que mudou, mudou para melhor. O auditório, hoje em dia, parece uma nave interestelar. Não parece mais aquele velho galpão. Os laboratórios equipados! Sim, hoje em dia há recursos para a compra de diodos; as salas de aula agora são climatizadas, pois no tempo das chapinhas não se pode mais querer um ventilador tufão embaraçando cabelos lisos e encaracolados!

Ah sim! Velhos corredores! Quantas histórias os senhores nos contariam? Quantas angústias e alegrias juvenis têm aí gravados em suas memórias de concreto? Quantas?
Uma pequena parte dessas memórias foi relatada no horário da programação destinado para tal fim. Histórias alegres, histórias de superação; histórias de saudades; histórias de pessoas que já se foram, mas que deixaram suas marcas indeléveis em quem os conheceu: histórias de amigos! Sim, histórias de amigos.

Depois da recepção, do tour histórico e do momento revival, fomos agraciados com uma suculenta e deliciosa feijoada! Ainda tenho cá comigo que Reginaldo Farias não foi para esse evento por causa da carne de porco da feijoada! Perdeu, pleibói, perdeu mesmo!

Como ninguém sabia do paradeiro etílico de Ythallo Rodrigues, só nos restou mesmo ouvir de Barroso o relato fiel de quando o Gordim, tentando simular uma sobriedade, conseguiu esconder com perfeição um litro de Ypióca amarela num lugar entre a virilha e o umbigo! Ythallo tem o dom da mágica desde novinho, se tem.

Fomos brindados com uma belíssima apresentação da banda Dialogya, que tem no comando a ex-aluna e, segundo as próprias palavras dela, futura professora do então IFCE (ex-CEFET e sempre ETFCE), Adjanir Nascimento, relembrando os velhos tempos de MPBerro e Mostra Musical. Importante frisar: repertório inteiro de músicas autorais, cantado em bom português e com arranjos bem elaborados.

Como não podia deixar de ser, resgataram as velhas histórias de Aleide e a lenda do gerador. Só não conseguiram responder a velha pergunta: por onde andará Aleide? Por onde andará?

Agora, uma coisa me causou uma certa frustração: a feijoada não foi feita pelo Barroso! Foi encomendada a um bufê. Tava gostosa, mas não foi empregado ali o suor do Barrosão, e isso é uma pena, definitivamente.
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Alguns depoimentos do II Encontro de Egressos - ETFCE / CEFET  Juazeiro do Norte:

Prof. Barroso:


Hudson Jorge:


Prof. Barroso e Chico Júnior (Cagece):


Para ver outros vídeos do evento, acesse o canal Chico Júnior Show no Youtube.
Fotos: Chico Júnior e Tibério César.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

'Medianeras', filme de Gustavo Taretto, em exibição no Cinematógrapho



Cinematógrapho (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Medianeras
Título original: Medianeras
Direção e roteiro: Gustavo Taretto
Elenco: Javier Drolas, Pilar López de Ayala, Inés Efron, Carla Peterson, Rafael Ferro, Adrián Navarro, Jorge Lanata, Alan Pauls, Romina Paula
Duração: 95 minutos
Ano: 2011
Países de origem: Argentina, Espanha, Alemanha

"Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala) vivem na mesma rua, em edifícios opostos, mas eles nunca se conheceram. Eles andam pelos mesmos lugares mas nunca notaram um ao outro. Quais são as chances deles se conhecerem em uma cidade de três milhões de habitantes?" (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na quarta-feira, 24 de setembro de 2014, às 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita.

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