terça-feira, 24 de março de 2015

O dia do nascimento do Padre Cícero (24/03/1844) por Irineu Pinheiro



Grifo nosso # 79

"1844, 24 de março - Nasceu no Crato, às 5 horas da manhã, o padre Cícero Romão Batista, numa casa da Rua Grande, no trecho hoje chamado Dr. Miguel Lima Verde, lado do nascente, nº157, no quarteirão entre as atuais praças da Sé e Siqueira Campos.

Sempre sua família, seus amigos e ele próprio festejaram seu aniversário natalício no dia 24 de março, mas o termo de seu batizamento o dá como vindo à luz no dia 23: 'Cícero, filho legítimo de Joaquim Romão Batista Meraíba e de sua mulher Joaquina Ferreira Castão. Nasceu em vinte e três de março de 1844 e foi batizado pelo pároco solenemente com santos óleos nesta cidade do Crato em oito de abril do mesmo ano. Foram seus padrinhos seu avô paterno Romão José Batista e Antônia Maria de Jesus, do que para constar mandei fazer este assento em que me assino. Manoel Joaquim Aires do Nascimento.' (Livro de batizados, Crato, 1843 a 1845, fls. 61)

A madrinha era tia materna do padre Cícero e chamava-se Antônia Ferreira Castão, mas como, às vezes, se usava naqueles tempos, substituiu ela, por motivos religiosos, seus nomes de família pelos de Maria e Jesus. Vestido em capa de asperges, acompanhou seus pais. Seu padrinho de crisma foi o coronel Antônio Luís Alves Pequeno Júnior, o segundo deste nome.

Era o padre Cícero neto paterno de Romão José Batista, como se viu atrás, e de Angélica Romana Batista, de Milagres, e neto materno de José Ferreira Castão, de Cachoeira, Bahia, e de Vicência Gomes Castão, do Crato. Sua mãe, Joaquina Ferreira Castão, mudou depois o seu nome para o de Joaquina Vicência Romana. Estudou o padre Cícero primeiras letras no Crato e frequentou o colégio do padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras, Paraíba do Norte. Seguiu para o Seminário de Fortaleza em 7 de março de 1865.

Ordenado por D. Luís Antônio dos Santos, regressou ao Crato, em 1º de janeiro de 1817 à 1 hora da madrugada, e ali, no dia 8 do mesmo mês e ano, cantou sua primeira missa, assistida pelo vigário Manuel Joaquim Aires do Nascimento , padre Henrique José Cavalcante e seminaristas José Alves de Lima e Vicente Pontes. Foram padrinhos de cerimônia os coronéis Antônio Luís Alves Pequeno e Joaquim Secundo Chaves e Melo. Em 11 de abril do ano seguinte chegou a Juazeiro e em 14 do mesmo mês celebrou missa, pela primeira vez, naquela, então, humílima povoação."
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Irineu Pinheiro, no livro Efemérides do Cariri (Fortaleza: Edições UFC, 2010. Coleção Nossa Cultura). Livro escrito em 1954 e publicado postumamente em 1962.

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