sábado, 15 de outubro de 2011

Dicas de filmes por Wendell Borges # 04

Filme: A palavra
Título original: Ordet
Direção:
Carl Theodor Dreyer
Origem: Dinamarca
Ano de lançamento: 1955
Duração: 126 min.
Filme visto dia 10/10/2011

Comentário: O já falecido Carl Theodor Dreyer (1889-1968) é, sem dúvidas, o diretor dinamarquês mais prestigiado no meio cinematográfico. Seus filmes levam o espectador a um hipnótico estado de imersão emocional, em um universo por vezes místico e de intensa carga dramática. Vários filmes dirigidos por ele têm presença certa nas listas que reúnem os melhores filmes de toda a história do cinema.

Neste A Palavra, produzido em 1955, Dreyer adapta a peça do pastor dinamarquês Kaj Munk (1898-1944), cujo enredo narra o drama de uma família em crise, na qual um dos membros acredita ser a reencarnação de Jesus Cristo. A intensa carga dramática imposta por Dreyer arranca dos atores atuações impressionantes. E vale destacar também a bela fotografia de Henning Bendtsen que, juntamente com o próprio Dreyer, não teve seu nome oficialmente creditado no filme.



Filme: O puritano da Rua Augusta
Direção: Amácio Mazzaropi
Origem: Brasil
Ano de lançamento: 1965
Duração: 102 min.
Filme visto dia 12/10/2011

Comentário: Amácio Mazzaropi é um dos artistas mais famosos do cinema brasileiro. Deixou uma grande contribuição para a comédia tupiniquim, interpretando diversos personagens de gosto popular. Em 1965 ele dirigiu este O Puritano da Rua Augusta, um trabalho um tanto desengonçado em termos de montagem cinematográfica, mas com alguns bons momentos cômicos, afinal, Mazzaropi falava a língua do povo e por isso seus filmes faziam tanto sucesso. Em 1966 seu filme O Corintiano foi o recorde de bilheteria do cinema nacional e ainda hoje suas produções fazem sucesso nas locadoras, com o lançamento de sua filmografia completa em DVD.

Na trama de O Puritano da Rua Augusta, Mazzaropi interpreta o personagem Pundoroso, um homem rico, cuja família sofre com sua rígidez moral. O filme peca bastante pelo roteiro e a montagem, ambos desengonçados, fazendo com que o filme se torne enfadonho e arrastado em vários momentos, mas ainda assim pode arrancar alguns risos das situações criadas pelo personagem de Mazzaropi. Finalizando este breve comentário, não deixe de visitar o site Museu Mazzaropi (clicando aqui), criado em 1992 por João Roman Júnior, amigo de Mazzaropi que ajuda a prestigiar e manter viva a memória deste grande artista nacional.
Trailer:

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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .

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