sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Meus 10 melhores filmes de todos os tempos, por Virgínia Macedo



Estes dez
por Virgínia Macedo

Parafraseando Ailton Jesus na sua fala, a gente tem sempre que sacrificar algum filme para dar lugar a outro. Não que os filmes desta lista sejam mais importantes que outros, mas é que, nesse momento, se fazem mais presentes na minha vida. Foi difícil escolher apenas 10, muitos filmes maravilhosos ficaram “de fora”. Listas são mutáveis, mas, apesar disso, alguns filmes desta vão ter sempre um lugarzinho mais especial que os outros.



Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso, Dir. G. Tornatore, 1988)
Eu sempre me emociono do início ao fim. O filme é uma grande homenagem ao cinema e uma história de afeto com tudo que ele proporciona. É um dos filmes que sempre vou chamar de preferido.



Limite (Limite, Dir. Mário Peixoto, 1931)
Tenho que defender essa escolha! Talvez eu seja uma das poucas pessoas que colocaria Limite em uma lista dos 10+, porém que filme forte! Um marco do cinema brasileiro, mudo, preto e branco, longo e aparentemente chato; mas de uma beleza técnica e poética que emociona.



Medianeras (Medianeras, Dir. Gustavo Taretto, 2011)
Na verdade, eu nem sei porque gosto desse filme, só sei que assistiria mil vezes, e as mil seriam como a primeira. Talvez, no fundo, seja porque Medianeras mostre que tudo está escrito para acontecer na hora certa e no lugar certo. O amor, inclusive.



...E o Vento Levou (Gone with the Wind, Dir. Victor Fleming, George Cukor, Sam Wood, 1939)
Uma sessão à tarde da Mostra 21 deste ano, 4h de filme (com um pequeno intervalo), mas que pareceram voar. Particularmente, uma das melhores sessões nesses anos frequentando salas alternativas. Ainda saí querendo um pouquinho da força e da ousadia de Scarlett O’Hara.



O Porco Espinho (Le Hérisson, Dir. Mona Achache, 2009)
Tão lindinho para um tema tão complexo. O filme me mostrou quantas pessoas e coisas boas existem no mundo e que, por algumas delas, não vale a pena desistir. Há muita boniteza para ver e aproveitar sem se entregar.



Filhos do Paraíso (Bacheha-Ye aseman, Dir. Majid Majidi, 1997)
Assisti e já marquei como favorito! A cumplicidade dos irmãos unidos por um par de sapatos é tão linda que contagia todo mundo. Filme lindo, atuação linda, história linda, simbologia linda.


Casablanca (Casablanca, Dir. Michael Curtiz, 1942)
“Nós sempre teremos Paris” e a história do amor impossível de Ilsa e Rick. Tem as cenas e os diálogos mais lindos que já vi. Casablanca é uma experiência cinematográfica obrigatória. 


 
Leonera (Leonera, Dir. Pablo Trapero, 2008)
Cru e intenso! Julia é quase uma leoa defendendo sua cria. O filme tocou em algo extremamente íntimo meu, o sentimento e a identidade do “ser mulher”, me deixando com a sensação de impotência diante de um tema tão delicado e que eu nunca tinha visto antes. Lindo e doloroso.



Esses Amores (Ces Amours-là, Dir. Claude Lelouch, 2010)
É um filme, no mínimo, sensacional. A trilha sonora, a fotografia, as atuações e a simplicidade deixam o filme tão empolgante que o torna leve, apesar da dimensão histórica. Depois que assisti, fiquei me perguntando por onde eu andava que não o tinha visto antes.



A História da Eternidade (A História da Eternidade, Dir. Camilo Cavalcante, 2014)
Confesso que tenho uma quedinha por Irandhir Santos e acabo gostando do que ele faz, mas A História da Eternidade é de um sensibilidade que dói. A imagem do cotidiano lento, das relações, da beleza da realidade e do sofrimento me toca e me deixa reflexiva.
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Virgínia Macedo é estudante de Biblioteconomia na UFCA e integrante do Grupo de Estudos Sétima de Cinema.

Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 34, de agosto de 2016), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

Textos recentes da Revista Sétima postados no Blog O Berro:
- Velhice, memória e anonimato: sobre 'Nebraska', de Alexander Payne 
- A trilogia Matrix
- Manifesto Sétima pela Arte
- E ela não volta mais? 
- Carol e Lili, A Garota Dinamarquesa
- Mães recém-nascidas
- Licença, mas eu gosto de comédia romântica
- Uma Noite em 67

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