sexta-feira, 25 de outubro de 2013

'2001: Uma Odisseia no Espaço' na Bravo! Especial 100 Filmes Essenciais

Do papel # 21



Nesta postagem reproduzimos um texto publicado em uma Revista Bravo! com os (pela revista considerados) 100 filmes essenciais da história do cinema. Clique na imagem abaixo para ampliar a página da revista.
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2001: Uma Odisseia no Espaço - Stanley Kubrick
Revista Bravo! Especial 100 Filmes Essenciais da História do Cinema (3ª edição, 2009)

Ficção científica revolucionária discute a aventura do homem para compreender o mistério da criação

A odisseia no espaço narrada pelo genial Stanley Kubrick pode parecer tediosa quando vista por olhos acostumados ao ritmo incessante das aventuras intergalácticas de Guerra nas Estrelas (1977) Mas, desde seu ponto de partida, trata-se de uma obra surpreendente: o diretor filma um grupo de hominídeos na pré-história disputando domínio à base de paus e pedras. Por certo, um enigmático monólito que reaparecerá em outra etapa como seu símbolo mais marcante. Até que um osso de animal arremessado para o alto se funde com a imagem de uma espaçonave cruzando o cosmos. Assim, nesse famoso plano que esboça um salto no tempo de milênios, está dado o tom filosófico que só cresce ao longo da narrativa.

Sabe-se que os astronautas terão de enfrentar um computador que assumiu o controle da nave, HAL 9000. Construído para gerenciar a missão a Júpiter, o mecanismo tecnológico fala e raciocina como humano e, vaidoso, não se desviará da sua tarefa: garantir que a viagem seja cumprida, mesmo que para isso tenha de se livrar de seus companheiros. O que reflete mais uma inquietação do diretor em relação ao avanço tecnológico. Esse pedaço de trama, por sua vez, não esconde o verdadeiro centro de interesse de Kubrick nessa história saída da imaginação de autor de ficção científica Arthur C. Clarke (que assina o roteiro com o diretor): traçar um painel da humanidade, desde o nascimento até a morte e introduzir nessa trajetória a visão da transcendência.

Há inúmeras outras referências, como a imagem do sol alinhada com a da lua, um símbolo do zoroatrismo, antiga religião persa fundada pelo profeta Zaratustra, na qual o sol e a lua crescente representam a luta entre a luz e as trevas. Ao som de "Danúbio Azul", de Johan Strauss, e de Assim Falou Zaratustra, de Richard Strauss, entre outras composições eruditas, Kubrick filma o espaço sideral como se fosse o cenário de uma ópera cósmica.

Indicado a quatro Oscar (incluindo Diretor e Roteiro Original), ficou apenas com o de Melhores Efeitos Especiais. Em 1984, o filme ganhou uma continuação, o pífio 2010 - O Ano em que Faremos Contato, dirigido por Peter Hyams.

2001 - Uma Odisseia no Espaço / 2001: A Space Odissey
Diretor: Stanley Kubrick
Estados Unidos/Inglaterra (1968).
Bravo! Especial - 2009

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