Não foi por acaso que desci do ônibus na parada do Teatro Marquise Branca, em Juazeiro do Norte, naquele início de noite de 24 de fevereiro de 2011. Íamos caminhando, eu e minha namorada, quando avistamos uma gigantesca bandeira da diversidade.
De uma certa distância, percebi o que parecia ser um bando de malucos sentados em uma das bordas. E ao me aproximar, confirmou-se o que desconfiava: era realmente um bando de malucos! Mas desses malucos beleza, que teimam em berrar para que sejam ouvidos, para que suas artes sejam vistas, para que suas ideias sejam realizadas. Suas dúvidas, seus anseios, seus versos, seus sprays, suas fotos e tantas outras manifestações estavam ali pra provocar, indagar, agir e interagir através de ações ou contrações ao Centenário de Juazeiro do Norte.
Era o I Ato, intitulado “Pic-nic: A gente não quer só comida.” Àquela altura não estava interessado no título do Ato, e procurava pelo tesouro. Enquanto cumprimentava alguns amigos e me apresentava a outros, angustiava-me lentamente ao ver os restos de uvas, maçãs, bananas, melancias e vinhos, em seus respectivos recipientes. Pensei: não sobrou muito do “pote de ouro” no final desse arco-íris.
Procurei, então, uma cor masculina, azul índigo, para prostrar-me resignado e harmonicamente, quando me lembrei da tal “Cachaça da Maria”. E lá estava ela, ainda intacta. Foi abri-la para que a conversa tomasse seu rumo: ações foram realizadas e muitas ideias foram trocadas. Resultado: II Ato.
II Ato: “Oficina - Para que servem os muros?”
Na sede do Livremente, hoje, 17/mar, às 19h.
A sede fica na rua São Cândido, 391, Centro, Juazeiro do Norte-CE.
O II Ato terá dois momentos: o primeiro será uma oficina com dicas de grafite, estêncil e lambe-lambe; O segundo será nas ruas, aproveitando os muros (ah, saquei o título! :)=).
O convite é aberto a todos. Para os que pretendem participar das oficinas pede-se que levem o mínimo de material: 01 lata de spray; 02 folhas de papel duplex; lápis; borracha; tesoura; estilete; tinta (látex ou spray); rolo; papel (qualquer tamanho, cor, tipo). E ainda: bebidas; comida (natural ou enlatada; de panela ou de lata/pacote); câmeras fotográficas e/ou filmadoras; música (vale mp3, CDs, músicos com seus instrumentos) e, pelo amor de deus, não esqueçam a “Cachaça de Maria”.
Lembrando: “este evento e todos os que se seguirem dentro desta proposta é totalmente colaborativo, de forma espontânea, a la Flash Mob: não cobramos, nem pagamos”.
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