quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Revista de Cinema, ano I, nº 05: uma matéria sobre Glauber Rocha

Do papel # 15

Hoje, na nossa virtualidade berrística, lembramos da morte de um dos grandes nomes do cinema nacional. Há 31 anos Glauber Rocha partia destas terras brasileiras e ia transar suas ideias com outros gênios por aí, pela eternidade.

No ano 2000, em setembro, era lançada nas bancas a Revista de Cinema, em seu quinto número. A publicação, ainda uma novidade na época, trazia na capa a imagem de Glauber Rocha (imagem ao lado). Trazemos então à tona esta matéria assinada por Newton Cannito. O texto, uma espécie de homenagem, foi escrito numa linguagem bastante simplória e não entra nos meandros mais complexos da obra do cineasta baiano. Para as pessoas que desconhecem o cinema de Glauber Rocha, pode ser um bom começo, para que se desperte e seja aguçada a curiosidade. Lembremos que naquela época, há 12 anos, ainda não havia iniciado o projeto de restauro da obra de Glauber Rocha, hoje já é possível o acesso a cinco dos seus longas-metragens em DVD e na internet facilmente se encontra os demais filmes, ainda em baixa qualidade, mas possível para uma primeira vista.

Alguns erros do texto estão com uma observação nossa entre colchetes. Clique nas imagens para ampliar as páginas da revista.
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Obra do maior representante do cinema novo volta ao debate
por Newton Cannito

Passados quase vinte anos da morte de Glauber Rocha, seus filmes voltam a alimentar debates, tanto no Brasil como no exterior. Na França, a 22ª edição do Festival dos Três Continentes de Nantes, que se realizará entre 21 e 28 de novembro desse está prometendo uma grande retrospectiva dedicada ao diretor, reconhecido internacionalmente como o principal expoente do cinema novo, movimento cinematográfico que teve seu auge nos anos 60. A iniciativa de Nantes pretende recolocar a obra de Glauber na pauta do debate estético. Além da mostra de filmes o Festival realizará um seminário com intelectuais e cineastas brasileiros e franceses, além de mostrar filmes sobre o próprio diretor, realizados em todos os cantos do mundo. A "Cahiers du Cinema", uma das mais prestigiadas revistas de cinema do mundo, manifestou seu interesse em lançar, ainda este ano, um número que investigue a atualidade das ideias e dos filmes de Glauber.

Acontece, porém, que o organizador do festival de Nantes, Philippe Jalladeau, não está conseguindo convencer dona Lúcia Rocha, mãe de Glauber, a ceder os filmes para a mostra. Para liberar os filmes, Lúcia cobrou U$40 mil a Jalladeau, mas ele afirma que não tem condições de bancar tamanha quantia. Dona Lúcia rebate: "O Glauber morreu na miséria, ele sofreu muito porque todo o seu trabalho foi feito na base da exploração. Não quero que a obra do meu filho continue sendo explorada como foi no passado, ele não gostaria que isso acontecesse mais". Lúcia Rocha acha que o valor não é alto, e que precisa valorizar a obra do filho. "Ele já teve seu cinema divulgado no mundo inteiro". Jalladeau acha que ainda vai conseguir chegar em um acordo com a família em tempo de concretizar a homenagem.

No Brasil a obra de Glauber está cada dia mais atual. Prova disso a recente safra de pesquisas, biografias e filmes que estabelecem diversas formas de diálogos com o próprio cineasta, com seus filmes e com o cinema novo. Além das tradicionais homenagens, Glauber vem despertando acirrados debates e, além do respeito comum aos clássicos, o diretor continua despertando ódio e paixão. Nos últimos anos Glauber voltou a ser um dos principais temas do debate estético atual, mostrando que sua influência permanece viva.

Não é à toa que Glauber suscita tantos debates. Sua trajetória pessoal diz muito sobre nosso país e apresenta caminhos alternativos aos artistas brasileiros. Como se não bastasse, alguns de seus filmes estão entre os mais importantes da história do cinema mundial, sendo idolatrados por cineastas como Martin Scorcesi [correção: Martin Scorsese], que elegeu "Terra em transe" como um de seus filmes favoritos. Sua obra, além da densidade política e social, também procurava um formato adequado à produção do terceiro mundo. A célebre frase "uma ideia na cabeça e uma câmera na mão" ficou identificada com o cinema de Glauber. O seu cinema existiu com maior ênfase na época da repressão militar e da censura. Por isso mesmo seus filmes são metafóricos, como "Terra em transe", o filme mais político de toda sua obra.

O jornalista

Glauber nasceu em 1939, em Vitória da Conquista, na Bahia, e cresceu assistindo filmes de bang bang. Mais tarde iria copiar seus diretores preferidos, como John Ford, em "Deus e o diabo na terra do sol". Em 1948 a família muda-se para Salvador possibilitando que ele participasse da intensa movimentação cultural de Salvador na década de 50. Em 1958 Glauber começa a trabalhar como jornalista policial. Logo começa a escrever críticas de cinema e assume a direção do "Suplemento Literário do Jornal da Bahia". A atividade como jornalista e como crítico de cinema é essencial para entender a obra de Glauber, até porque ele sempre se considerou um jornalista mesmo estando atrás das câmeras. O cinema que ele realizou nos anos seguintes foi baseado numa extensa cultura cinematográfica fazendo um permanente diálogo com outros filmes e com a história do cinema.

Como todo crítico, Glauber sonhava em fazer cinema. Na época em que escrevia Glauber também promovia saraus de poesias e se preparava para entrar no mundo do cinema. Em 1959 realizou seu primeiro filme, o curta-metragem "O Pátio" [o título não tem o artigo é apenas Pátio] um filme poético e não narrativo, baseado na beleza plástica do enquadramento e da montagem. Em seguida filma "Cruz na Praça", mas decide não terminar o filme: "quando vi o copião, percebi que essas ideias não funcionavam mais, que a minha concepção estética já não era a mesma", disse o diretor na época. Ao ver o copião o Glauber crítico entrou em ação e ele questionou a própria obra. A capacidade de mudar de opiniões estéticas e políticas mesmo que, para isso, ele tenha que contradizer a si mesmo, revolucionar seus próprios conceitos, será uma constante em sua trajetória artística. As suas ideias estiveram sempre em movimento, em permanente reação com a mudança do contexto histórico. Decorre daí a sua variedade de opiniões e sua permanente atualidade.

"Barravento": Glauber se contamina de realidade

A chance de dirigir seu primeiro longa-metragem veio por acaso. Glauber era produtor de "Barravento", filme inicialmente dirigido por Luís Paulino dos Santos, que abandonou a filmagem, abrindo a oportunidade que o diretor tanto esperava. O jovem Glauber não se intimidou, assumiu o filme e, além de controlar bem a produção, transformou a proposta estética inicial. O roteiro do filme narra a história de Firmino que retorna a sua aldeia natal após morar em Salvador e revolta-se contra a opressão de seus companheiros, explorados pelo dono da rede de pesca e alienados pelo culto a deusa Iemanjá. A crítica à cultura popular como alienação que evita a revolta do povo, coloca o filme em sintonia com o ambiente ideológico do início da década de 1960.

No entanto, no decorrer das filmagens, surge em Glauber o seu lado jornalístico. Convivendo com uma comunidade real de pescadores ele se deixa contaminar pelo ambiente, e leva essa contaminação para a narrativa do filme. Assim, ao invés de seguir rigidamente o esquema do roteiro, Glauber usa a câmera com funções documentais e contemplativas. De forma que a religiosidade popular, mesmo criticada no roteiro, é admirada por outros recursos de narração cinematográfica. Os tambores religiosos, por exemplo, são permanentes no filme e envolvem o espectador dentro do ambiente religioso. "Barravento" é concluído em 1961 e, no ano seguinte, recebe o prêmio Opera Prima no Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary.

A invenção do cinema novo

As ambições de Glauber eram ainda maiores. Além de dirigir seus prórpios filmes Glauber queria realizar um movimento Cultural que contribuísse para a transformação política do país. Já no Rio de Janeiro ele se junta aos jovens cineastas Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman, Miguel Borges, Cacá Diegues, Paulo Sarraceni [correção: Paulo Saraceni], entre outros. Juntos eles lançam o chamado cinema novo, o movimento estético e político mais importante da história do cinema brasileiro. Dessa turma que mudou os rumos da cinematografia brasileira, Glauber foi o principal ideólogo do cinema novo. Com a publicação de "Revisão Crítica do Cinema Brasileiro" Glauber reconta a história do cinema brasileiro definindo os filmes que constituem a linha evolutiva que, na sua opinião, culminaria com os filmes do novo movimento, numa época em que os franceses estouravam com a "nouvelle vague" e os italianos com o "neo-realismo" [na verdade nesse período o neo-realismo italiano já havia sofrido muitas transformações e não mais existia como movimento cinematográfico, no entanto seria nesse período uma grande influência para os cineastas do Cinema Novo]. Os valores desse novo cinema estão centrados na ideia de brasilidade, de autoria e de produção independente, em oposição a produção industrial. Ele combateu, em especial, a Vera Cruz e a chanchada. Em um artigo publicado em 1962, Glauber definiu a linha estética do cinema novo, criticando os cineastas preocupados apenas com o cinema-espetáculo, mesmo que alguns desses filmes tinham [sic] temática social.

Para Glauber os filmes do Cinema Novo devem evitar o efeito fácil do espetáculo e realizar um cinema experimental. Dessa forma o diretor entrava em confronto direto com o filme de Anselmo Duarte, "O pagador de promessas" (1962), que tinha vencido o Festival de Cannes, elogiando apenas os filmes dos jovens cinemanovistas, em oposição a esse cinema-espetáculo. Somente em 1965 Glauber escreve "Uma estética da fome", manifesto mais famoso do movimento, que valoriza o uso criativo da precariedade econômica das condições de filmagem para alcançar resultados estéticos criativos.

Na verdade a principal preocupação de Glauber é como representar a miséria dos povos do Terceiro Mundo através do cinema. Para ele, os filmes que representam a miséria dentro de uma narrativa clássica absorvem a denúncia social como espetáculo, despertando no espectador a compaixão pela miséria e servem apenas para a expiação de culpa do público. O modo de superar isso é a violência estilística, que deve romper com as expectativas emocionais do espectador. Glauber preconiza uma estética da violência, um termo muito usado pelo diretor e pouco citado, que agrida o espectador através da forma narrativa.

"Deus e o diabo na terra do sol": o western da fome

O cinema, para Glauber, deveria sempre ter um engajamento. Seus filmes sempre foram respostas a situação política do momento. "Deus e o diabo na terra do sol" (1964), seu segundo filme, efetivou na prática as ideias da "estética da fome". Conta a história de um casal de camponeses que, em sua trajetória, se envolvem com um fanático religioso e com o cangaceiro Corisco. Para o filme, ambos são caminhos que afastam o camponês da consciência política e da revolução social. Nos dois casos, temos a interferência do Antônio das Mortes, o matador de cangaceiro, que liberta os camponeses da influência do fanático religioso e mata o cangaceiro Corisco.

Reconhecidamente o filme é influenciado pelo western americano, mas a direção de Glauber nacionaliza essa influência. O filme é construído a partir de canções populares e quebra as convenções narrativas do cinema clássico. O cego cantador, tradicional do sertão nordestino, atua dentro do filme como narrador, intervindo na história e conduzindo a narrativa. Com isso, o filme, ao contrário do western clássico americano, evidencia para o público o fato de ser uma história contada. O próprio personagem de Antônio das Mortes é elevado a categoria de personagem mítico, não humano.

Além disso, em "Deus e o diabo..." o uso da câmera na mão operada por Dib Luft [correção: Dib Lutfi] (um dos maiores câmeras da história do cinema), se sedimenta como o principal recurso estilístico dos filmes de Glauber. Mais do que um slogan "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça", a câmera na mão é um recurso narrativo que aproxima o espectador do drama dos personagens e efetiva na imagem a noção de movimento histórico.

"Deus e o diabo.." é também a tradução cinematográfica do otimismo da esquerda brasileira pré-golpe militar de 1964. A corrida de dois camponeses no final do filme anuncia um caminho de continuidade para a história e traduz a esperança de uma breve revolução social. No entanto, essa visão esperançosa logo foi desfeita. Com o golpe de 1964, o otimismo cai por água abaixo. Glauber, sempre sensível ao clima da época, revê suas posições e realiza mais algumas obras-primas. "Terra em transe" (1967) e "O dragão da maldade e o santo guerreiro" [O dragão da maldade contra o santo guerreiro] (1969), são dois filmes de Glauber que traduzem esse momento.

A revisão da esquerda

"Terra em transe" (1967) conta a história de Paulo Martins, poeta e político, que transita entre as lideranças Porfírio Diaz, o líder de direita, e Felipe Vieira, líder populista com tonalidades esquerdistas. No começo do filme, Paulo já está próximo a morte e a história segue através de um grande flash-back, onde o personagem reavalia sua vida e os erros que o levaram ao fracasso.

A narração da câmera mais uma vez se deixa contaminar pelo personagem retratado. O líder de direita Porfírio Diaz é, em vários momentos do filme, visto numa escada com câmera frontal e fixa sem profundidade de campo. O reacionarismo de Porfírio é traduzido visualmente nessa imagem. O mundo da direita é estático, rígido, autocentrado. Não existe nada fora do enquadramento, um reacionário não olha para o lado, não vê nada além de si mesmo. Já a representação de Paulo Martins opta pelo uso permanente de câmera na mão, aproximando a narração de um filme documentário e expressando o permanente movimento e desespero do personagem. "Terra em transe" foi o filme mais polêmico de Glauber foi criticado pela esquerda e pela direita e acabou proibido em todo território nacional. Obteve, no entanto, imensa repercussão internacional.

"O dragão da maldade..." é uma sequência e uma revisão de "Deus e o diabo...". Contratado por um coronel, Antônio das Mortes recebe a tarefa de matar o último cangaceiro, Coirana. Depois de ferir o cangaceiro Antônio entra numa profunda crise de consciência revendo suas antigas posições. Antônio perde a onipotência e deixa de ser o herói mítico de "Deus e o diabo...". O recurso da câmera na mão, que expressava muito bem o movimento revolucionário pré-1964, dá lugar a enquadramentos estáticos e geométricos, forma adequada ao mundo estático pós-golpe.

O desespero

O desespero do povo, visto sempre como massa histérica, que pula e grita por todo o filme e termina massacrado por jagunços, é a tônica do filme. Desespero também, do padre católico e do intelectual que, no transcorrer do filme, veem suas crenças questionadas pela violência da realidade. Sequências como a que se segue a morte de Laura, onde o intelectual e o amante se alternam nos beijos ao cadáver, enquanto o padre corre em volta deles em círculos de desespero, lembram temática e estilisticamente o desespero expresso nos filmes do movimento do "cinema marginal", movimento que surgia no mesmo período.

A revisão de Antônio das Mortes não deixa dúvida: ele errou ao desprezar o potencial revolucionário da religião popular e do cangaço, tal como fez em "Deus e o diabo...". O inimigo é o coronel, o dono de terras, e para vencê-lo é necessário uma aliança dos intelectuais com a religião popular, com o banditismo social e com a igreja católica. "O dragão da maldade..." foi outro sucesso internacional e com ele Glauber conquista o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes.

Uma estética do sonho

Glauber, enquanto produz seu cinema, continua revendo suas posições estéticas e políticas. Seus filmes tornam-se cada vez mais experimentais, cada vez mais simbólicos e alegóricos, deixando de lado o didatismo político de seus primeiros filmes. Num texto de 1971, denominado "Uma estética do sonho" Glauber dá pistas dos novos caminhos que ele estava seguindo. Para Glauber a arte revolucionária não pode tratar o povo enquanto objeto a ser encaixado no modo de narração da burguesia. A boa arte revolucionária deve recriar novas realidades, inventando formas narrativas inovadoras a partir da cultura do povo. Para Glauber: "A arte revolucionária deve ser uma mágica capaz de enfeitiçar o homem a tal ponto que ele não suporte mais viver nessa realidade absurda" (trecho de "Uma estética do sonho").

Esse texto pode dar boas pistas para entender os demais filmes de Glauber, como "Cabeças cortadas", feito na Espanha, "O leão de sete cabeças" (1970). "O Leão..." por exemplo é um filme realizao na África e retrata a situação colonialista em que se encontra a região. É um filme simbólico, "porém de um simbolismo fundado em realidades concretas, porque a realidade da questão é complexa", afirmou na época. Ainda segundo Glauber o filme quer evitar a visão paternalista comum aos filmes que europeus de esquerda fazem sobre africanos.

Uma obra em movimento

A obra de Glauber não se esgota nunca, está sempre aberta a novas interpretações. Muitos de seus filmes ainda foram pouco debatidos. Há muito para ser explorado em filmes como "Câncer" (1968) [o filme Câncer foi filmado em 1968, no entanto foi finalizado somente em 1972], com imensos planos sequências onde atores improvisam sobre o tema da violência; "Di" (1977), um curta-metragem cult-movie secreto [sic], um poema sobre a morte do pintor Di Cavalcanti cuja exibição pública é proibida pela família de Di, que o considerou desrespeitoso e "A idade da terra" (1980), experiência "antiliterária e metateatral", que segundo o próprio Glauber é um filme que "não dá pra ser contado, dá apenas pra ser visto". São filmes que reinventam permanentemente a estética cinematográfica, porque, para Glauber, cada filme é a revisão da proposta anterior, uma nova experimentação criada em resposta a um novo momento histórico. Sua obra é uma permanente procura de linguagens que expressem melhor, ou de forma diferente, e por isso, mesmo contestadora, a realidade dos povos oprimidos do Terceiro Mundo. É justamente essa coragem de reinventar-se a cada filme que faz da obra de Glauber uma das mais criativas da história do cinema mundial.

As homenagens para Glauber nunca são suficientes. O diretor sempre foi catalisador de debates, o que ele sempre quis através de seus filmes, foi levar seu público a ação. Glauber morreu no dia 21 de agosto de 1981 [correção: Glauber morreu no dia 22 de agosto de 1981], mas se hoje ele pudesse receber pessoalmente essa homenagem, ficaria feliz de saber que ainda tem pessoas que admiram seus filmes. Mas talvez ele ficasse ainda mais feliz ao saber que tem pessoas que, até hoje, se incomodam com esses mesmos filmes e se preocupam em questioná-los. Glauber sempre soube que uma boa obra de arte nem sempre agrada o público. Muitas vezes, a arte é tão boa, mas tão boa... que incomoda. [sic]

Filmografia

1959 - Pátio
[1959 - Cruz na praça (inacabado)]
1962 - Barravento
1964 - Deus e diabo na terra do sol
1966 - Amazonas, amazonas
1966 - Maranhão 66
1967 - Terra em transe
[1968 - 1968 (realizado juntamente com Afonso Beato)]
1968 - Câncer [finalizado em 1972]
1969 - Dragão da maldade contra o santo guerreiro
1970 - O leão de sete cabeças
1970 - Cabeças cortadas
1973 - História do Brasil [1974]
1975 - Claro
1977 - Di
1979 - Jorjamado no cinema
1980 - A idade da terra

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Grifo nosso: Esse texto vale muito a pena também pela possibilidade de análise e observação da construção de segmentos jornalísticos especializados em cinema, no Brasil. Hoje existe uma série de revistas eletrônicas que desenvolvem trabalhos teóricos e críticos com seriedade e qualidade indiscutível. Ao mesmo tempo que os nossos impressos mais comerciais sobre a sétima arte sempre foram um tanto preguiçosos. O parágrafo final é quase risível e, claro, não pelo conteúdo, mas pela escrita mesmo.
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