por Lusmário Oliveira
Sete candidatos resolvem participar de uma entrevista seletiva, onde lhes é aplicado o misterioso método Gronholm, que propõe aos selecionados se envolverem numa série cada vez mais desumana: jogos psicológicos em um espaço reduzido de ação e num ambiente claustrofóbico e de inquietude, enquanto há por toda cidade de Madri, onde o teste se dá, uma onda de protestos contra as grandes corporações e os sistemas de Governo constituídos.
A tensão das ruas invade a sala quando começa a corrida pelo único cargo disponível e os conflitos começam a aparecer. No decorrer notamos que as situações mudam no momento mais inesperado e os conflitos nos deixam por várias vezes sem um posicionamento.
El método transmite algo mais do que algumas horas de entretenimento contextualizado e, apesar de ter pouquíssimos recursos visuais, se fundamenta essencialmente no diálogo e conflito, conseguindo assim nos dizer muito sobre as tensões e os personagens com apenas uma frase como «No, hoy no», que é dita por um dos candidatos ao ser-lhe oferecido um conhaque no intervalo para o almoço.
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Lusmário Oliveira é nada demais. Cinéfilo, estuda Psicologia, amante das demais artes.
Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 17, de 09 de abril de 2014), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.
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