terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ingmar Bergman



por Débora Costa

O sueco foi um dos diretores mais exibidos na tela do Cine Café e isso não foi a troco de nada, já que é reconhecido por sua originalidade e eficiência ao lidar de modo tão singelo com o interior do ser humano. Trazendo tanto de si nos seus filmes, é que faz a sua honestidade ser cativante. O tratamento com as imagens, a iluminação, os personagens complexos e os diálogos preciosos fizeram dele uma das maiores figuras do cinema.

Proporcionando um mergulho na própria alma, trazendo questões como a fé, a morte, as relações interpessoais e até mesmo sobre o sentido da nossa própria existência. Trazendo das próprias experiências particulares, Bergman carrega em suas películas uma densidade, carregada de simbologia com fortes efeitos estéticos.

Um dos seus filmes exibidos no Cine Café foi Gritos e Sussurros (ViskiningarOch Rop, 1972), que toca quem quer que assista, com um peso até na ausência de sons. A profundidade presente no filme é perene nos trabalhos desse diretor. Conseguindo emocionar a plateia com sua perceptível destreza pra lidar com a arte, a fotografia e a atuação dos atores.

Nascido em berço religioso, sendo filho de um pastor, Bergman teve um contato específico e sofrido com a religiosidade, e por isso é uma tecla tão apertada nos seus longas-metragens. A equipe com quem ele trabalhava quase não se alterou ao longo de sua carreira como cineasta: Liv Ullman, Gunnar Bjornstrand, Ingrid Thulin, Max Von Sydow, Erland Josephson e outros vários.

Com mais de quarenta filmes, o diretor, que morreu em 2007 com 89 anos, deixou um legado com histórias que fizeram chorar, rir, ter medo, se surpreender e, principalmente, querer muito mais de Ingmar Bergman. 
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Débora Costa: uma feminista que cursa Direito, participa do P@je e que gosta que só de filmes.

Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 01, de 11 de setembro de 2013), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

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