sexta-feira, 31 de março de 2017

A nova antologia da Adriana Calcanhotto



por Amador Ribeiro Neto

Adriana Calcanhotto é um dos nomes mais expressivos da música popular brasileira contemporânea. Isso não se discute. Basta considerar a riqueza de suas melodias e harmonias, a diversidade de suas interpretações e, acima de tudo, a excelência de sua poesia. Ou, para os mais convencionais, a excelência da poesia de suas letras de música – distinção que considero desnecessária, preconceituosa e anacrônica, à luz da recente teoria da poesia. Mas isso é assunto para outro momento. Hoje quero tratar aqui da Adriana Calcanhotto antologista de livros de poesia.

Ela já organizou três. O primeiro, Antologia ilustrada da poesia brasileira; para crianças de qualquer idade, foi lançado pela editora Leya Casa da Palavra, do Rio, em 2013. No ano seguinte saiu a segunda edição, ampliada, pela Edições de Janeiro, também carioca. O livro faz um mergulho na história da poesia brasileira, de Gonçalves Dias a Gregório Duvivier. O resultado é, no mínimo constrangedor. Da obviedade à pasmaceira, num ramerrão de admirações tolas. Há exceções. É claro. Mas a regra é que conta aqui. O que salva, na verdade, é a qualidade das ilustrações, feitas pela antologista. Que grande ilustradora ela é. Sem dúvida.

Em 2014 publica Haicai do Brasil (Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2014). Como anotamos em algum lugar, “as ilustrações de Adriana, centradas em poucas pinceladas, lembram ideogramas dialogando com o traço de Amílcar de Castro. Um belo trabalho. Os haicais selecionados pecam, ao menos por dois motivos: 1. muitos deles já compõem o livro Haicais (São Paulo: Companhia das Letras, 2009), organizado por Rodolfo Witzig Gutilla; 2. a seleção de Adriana Calcanhotto elege haicaístas e haicais duvidosos”.

Agora Adriana Calcanhotto acaba de lançar É agora como nunca; antologia incompleta da poesia contemporânea brasileira (São Paulo: Companhia das Letras, 2017). Já no subtítulo vem-nos um desconforto: “antologia incompleta”. Pressupõe-se que haja uma antologia completa. Há? Creio que nem nos sonhos de Borges. Mas isso é o de menos. Ao menos, por hora.

É agora como nunca reúne 41 poetas que nasceram entre 1970 e 1990. Ou seja, a novíssima geração da poesia brasileira. O propósito é louvável. Sempre o é quando o projeto tem em conta a divulgação desta poesia ainda insurgente. Adriana afirma na apresentação que esta antologia “é um agrupamento de poemas armados por uma leitora de poesia diletante, não acadêmica ou crítica”. Esta explicação restritiva não a isenta da responsabilidade que a publicação de um livro de poesia, com este perfil, traz. O fato de  ser uma antologia pessoal apenas redunda o que todos sabemos: ainda que embasada num repertório teórico definido e consistente, toda escolha acaba sendo, em última análise, pessoal. E o fato de ser pessoal não a desobriga de ser crítica. Afinal, toda antologia é pessoal e incompleta. Mas não precisa ser pessoal e incompetente.

O volume abre com um poema de Ana Martins Marques, aquela que já publicou três livros sofríveis de poesia (como também já demonstramos nestas páginas), que se intitula “Poemas reunidos” e que começa assim: “Sempre gostei dos livros /chamados  poemas reunidos” e termina com um de Laura Liuzzi, outra poeta apreciadora da linguagem prosaico-banal, que diz: “Chega-se, enfim, à última página / embora deixe claro: não se chega / ao fim (...)”. Bem, se Calcanhotto quis fazer uma introdução e fecho metalinguísticos, escolheu muito mal os poemas e as poetas. E se o leitor é daqueles que gosta de ter uma noção do livro, lendo o poema que o abre e o que o encerra, já tem um  claro sinal de que está diante de uma antologia capenga.

Vamos por partes.

É curioso notar que 83% dos poetas são das regiões Sul e Sudeste, 17% da região Nordeste e nenhum das regiões Norte e Centro-Oeste. O Rio de Janeiro concentra 50% dos poetas selecionados. Puxa, o coletivo CEP 20.000 tem feito escola. São alunos eficientes em usar a linguagem desleixada e reles. Aplicam bem a lição aprendida em tsunamis de mesmices sentimentaloides.

Ok, a escolha é pessoal, está avisado. E é incompleta. Também está avisado. Mas concentrada no Sul e Sudeste? Antes: no Rio? Por quê? Quem explica? Ao que nos consta, um antologista tem a obrigação de conhecer a poesia produzida em todas as regiões de nosso país. Não há nada de valor fora do eixo Sul-Sudeste mais um risco de Nordeste? Ok, se produz mais no Sul e Sudeste? Quem garante isso? O Rio é o atual celeiro da poesia brasileira? Desde quando? Quem garante? Nossa Paraíba, por exemplo, tem revelado um rico quadro de jovens poetas. Quem nega? Cadê sua presença na antologia? Ok, é parcial. É incompleta. É incompetente.

Dos quarenta e um poetas apresentados, destacam-se oito entre bons e muito bons. Oito dentre quarenta e um é uma média bem baixa. Em todo caso, vamos a eles: Simone de Andrade Neves, com seu estilo seco, batendo forte em imagens duras e cortantes de “Latente” diz:
Boda do prato
praia da ilha

Há devir
na ínsula
à deriva

Poesia que maravilha e faz pensar.

Leo Gonçalves é feliz ao trabalhar as reiterações da oralidade em “Língua de Aruanda”, mas é no terceto sem título que acerta em cheio,
nada mais
será como
dante

operando uma síntese entre poesia e música popular. Sem noves horas.

Camila Nicário é parcimoniosa desde a inexistência de título para seus dois poemas. Num deles diz:
Como continuar a ser a mesma pessoa
depois de ter conhecido a Fontana di Trevi?
Você me dirá o quanto eu sou tola
e que o conta-gotas dos dias
nos transforma permanentemente...
Eu estaria, com gosto, de acordo
se não fosse a  pequena moeda
que, do fundo da água,
cintila redonda meus cinco centavos
de desejos impronunciáveis.

O desfecho redimensiona o preço, a crença, o propósito do eu lírico. Desconstrói o esperado, como a fonte reverbera a imagem da moeda sob as águas.

Paulo César de Carvalho é dono de um estilo singular, já marcado em cada um de seus livros: aquele que funde puzzles de sentido com reverberações sonoras em versos minimais. Sua poesia é musicalidade em alta voltagem de significado. Cito um fragmento do longo “minha mala”:
levo
na minha
mala
minha
mandala
minha viola
nana
na
victor jara
janis
callas
tame impala

nela levo
ella
avalovara
sinatra
sidarta
baraka
drácula
odara

comigo vai
martinho da vila
paulinho da viola
violeta parra
cartola
cachaça
maria alcina
alzira
maria fumaça

levo marina lima
marília medaglia
amélia
amália
martinália
e se ela
quiser ir
eu levo
anália

(...)
tô indo
embora
meu bem
pra maracangalha
ou pra pasárgada
e passe bem
larga
a mala
ela
é minha
mas eu
não sou
de ninguém
disfarça
e chora
eu já vou
minha cara
olha o trem

A facilidade que o poeta encontra no jogo de som puxa som, associado a uma gama rica de significados, lhe dá, literal e figuradamente, uma dicção única em nossa poesia contemporânea.

Donny Correia talvez seja o autor do poema mais bem realizado da antologia. “Kancer (solilóquio)” é um longo e conciso poema. Longo no número de versos. Conciso na exatidão das imagens. Nenhuma delas não poderia estar fora do poema. Todas têm função e força em sua poesia. Cito os versos iniciais: “Quando me convenci / de que eu era imortal / veio o Doutor e disse:  – É câncer...”. E quando se espera que o eu lírico discorra sobre o câncer, ele de fato o faz, mas apenas como pretexto para o pacto que estabelecerá com a doença:
Eu serei seu alimento
e você, o meu  motor
 serei seu combustível
e você meu velocímetro
serei seu servo
e você meu amante
autoritário.
Algoz atento,
rói
mais lento
minhas carnes de dentro.

Rimos juntos
do tempo.
A você juro fidelidade

E o final do poema:
Passe um ano ou passem
cem, amigo, imundo amigo meu,
rói
mais lento
as carnes sujas de dentro
Que as de fora, vou à farra,
E roo eu

Virulência de uma linguagem impactante na escolha dos vocábulos, tanto sonora quanto semanticamente. Força na estruturação do poema, em estrofes que adensam o tema numa forma que mimetiza a dor, sem nomeá-la.

Bruno Molinero é autor, até o momento, de um só livro (Alarido, editora  Patuá, 2015), mas já traz sua marca para a poesia contemporânea: a narrativa do jornalismo policial convertida em possante vivacidade poética. Talvez seja nosso Rubem Fonseca da poesia. Não podemos dizer como serão seus livros futuros. Com este, e com os poemas desta antologia, vê-se que é um poeta que sabe manipular o clichê da crônica policial reciclando-o como quer a poesia. Cito fragmentos de “carolina, 15, queimou”:
pegaram tudo
(...)
nenhum livro
(...)
queimou tudo
(...)
ninguém ouviu
queimou tudo
(...)
homem vestindo roupão de sogra
ferro retorcido
cinza onde  era vermelho
marrom onde era azul
árvore sem folha
camiseta sem cabeça
(...)
queimou tudo
menos
uma página de drummond
e um vaso com planta
palito  de sorvete fincado  na terra
que seguiram verdes
 no amontoado de telhas e tijolos
quebrados

Omar Salomão possui uma linguagem que dialoga com o modo de fazer versos de Paulo César de Carvalho. Nisto ambos são muito bons: em sacar, no ar, a manha das imagens marotas, tecidas em jogos de sons e sentidos:
você vai ver
ainda vai notar
 vou escrever algo pra você
sem perceber
assobiar

besteiras
tolices
andanças

fazer você lembrar
tornar você lembrança
delírios desafinar
dançar nossa distância

vou escrever você
vou escrever  você vai ver
sem perceber
assobiar

Há uma vertente clara na antologia É agora como nunca: a dos poetas bem intencionados e suas ótimas referências poéticas. O diabo é que ficam fazendo a lição dos mestres, não vão além, repisam a repetição: são os diluidores de Drummond, Bandeira e Cabral.

Júlia de Sousa é drummondiana em excesso. Até o poeta itabirano se assustaria:
Deitado na cama
Olhos no teto mudo
Não temo o silêncio
Não temo o escuro
Mas a bomba, mãe
A bomba

Sequência de imagens, sintaxe e ritmo: tudo clonado. É bonito? É. Mas Drummond já fez. Não vale.

Ana Guadalupe é outra que faz um bom poema. Mas ébrio da poesia do mesmo grande Drummond:
em santa catarina fui infeliz na maioria dos dias
cultivei bichos de pé e outros parasitas
os animais de casa tiveram pulgas
e é claro que morreram jovens

e por aí segue tropeçando nas pedras do caminho do mestre. Também não vale.

Thomaz Ramalho, além de bandeiriano, poderia ter suprimido o último terceto de seu poema, panfletário e desnecessário. O poema se inicia na cola do Bandeira. Até aí, tudo bem. Ele parodia “Poética” do mestre, adaptado aos dias de hoje. O diabo é que, depois de uma boa introdução, o poema patina na redundância da redundância da redundância e reduz a taxa de informação a quase zero. Cito o bom  início:
depois do acordo ortográfico
instituir
o desacordo fonético
um decreto
impedindo
que todos os sotaques
se tornem
novela das oito

É engraçadinho. Arranha Bandeira. O que vem depois, per se, desgraça tudo. Projeto falido.

Thiago E é autor de bons poemas em Cabeça de sol em cima do trem, seu livro de 2013. Mas aqui ele comete dois erros. No primeiro poema, sem título, faz prosa em cima do clichê bobo de início do mundo, criação, etc. ... Tema e linguagem surrados. Não funciona. A seguir, o poema “o mar e o pano” é um exercício cabralino bem realizado. Feito o exercício ele poderia partir para seu próprio poema. Não parte. Pena.

Estrela Ruiz Leminski continua insistindo em afirmar nada sobre nada. Seu livro Poesia é não (2010) só tem de bom o título. E, mesmo assim, chupado de um trocadilho com livro de Augusto de Campos. Ela pisa e repisa o que já observamos certa feita: “Há pressa na poeta em publicar seus poemas. Pressa aqui não se refere à linha do tempo, à diacronia. Refere-se à euforia, à efusiva rapidez na conclusão dos poemas”. Pois é: agora nos damos conta: não é pressa – é inaptidão para a poesia. Como ela mesma diz:
tem alguém aqui que se perdeu
sombra
assombração
lembrança
presença
sou eu

É ela quem diz. Eu repito. Não discuto: assino.

Uma dominante no livro de Calcanhotto é a presença de poemas feitos a partir das facilidades do que ficou conhecido como Poesia Marginal. E que insisto em dizer que não é poesia, já que são textos que, até o momento, só receberam louvação antropológica, sociológica, política. Ou seja: documentos de época. Coisa sem validade estética. E é a falta de rigor com a linguagem, a displicência com a oralidade, a irresponsabilidade com o coloquial que marcam a dita Poesia Marginal. E que faz escola em É agora como nunca.

De Ana Martins Marques a Alice Sant’Anna, passando por Gregório Duvivier, Ismar Tirelli Neto, Fabrício Corsaletti, Victor Heringer, Bruna Beber, e chegando a Angélica Freitas, encontramos o mesmo molde de fazer poesia – com pequenas variações. A base é a mesma: relaxo com a linguagem, que se confunde com busca da naturalidade. Natural é Bandeira, Mário, Drummond. Essa moçada é inconsequente. Nada do que faz move o leitor minimamente. Nem se ele disser: estou em férias e quero sossego. Pois aí é que os poemas nos pegam: não dão sossego. São muito ruins.

Pra não dizerem que falo sem citar, cito. Começo com “Âmbar”, de Alice Sant’Anna:
comprou brincos de âmbar
porque alguém disse
que se juntasse a cor da pele
com a dos olhos e dos cabelos
a soma seria âmbar
no telefone sorri muito
mexe a cabeça para que os brincos
pendurados batam no fio
assim ela lembra que está de brincos

Basta desse pinga-pinga de nada sobre nada em linguagem vazia. Não há poema, não há tema, não há nada. Só o vazio a encher de mais confusão esta antologia.

Gregório de Duvivier, ótimo cronista e excelente roteirista e ator do Porta dos Fundos, deveria deixar a poesia de lado. Pra que escrever, por exemplo, isso que ele nomeou “Gênese II”:
no princípio era o verbo
uma vaga voz sem dono
vagando pela via láctea

depois veio o sujeito
e junto com ele todos
os erros de concordância

Erro de concordância é considerar esse troço um poema. Não é. Mas para quem duvida, há coisas bem piores (parece impossível? não é), em seu livro Ligue os pontos: poemas de amor e big bang, que já tivemos oportunidade de comentar aqui também.

Bruna Beber vai no mesmo ritmo chinfrim:    
felicidade é o que tem dentro
das bolinhas de papel

e se arremesso
lá vai ela

pela porta na careca
do inspetor

O duro não é somente constatar a picaretice da linguagem, mas a imbecilidade temática que a acompanha. Parece que nada à enésima potência é a palavra de ordem destes poetas.

Angélica Freitas não consegue terminar um poema, como anuncia em “treze de outubro”:
quando eu morava na augusta, escrevia  poemas sobre a augusta

a augusta não me deixava dormir

(escrever um poema em que se durma na augusta
e sobretudo, escrever um poema sobre dormir

 sem você). esta é a primavera  fajuta da delicadeza
(não consigo terminar este poema)

Puxa, que novidade, poetisa! Você não consegue terminar o poema? Se ao menos o leitor pudesse identificar onde está o poema, quem sabe a ajudasse nesta árdua e coletiva tarefa, não? Quem sabe, poetisa, não estejamos sabendo identificar o estranhamento poético que desautomatiza percepções e singulariza procedimentos. Ou o desvio que seu poema produz. Ele talvez seja verdadeiramente inesperado e inovador. Lição de casa: vamos relê-lo, relê-lo, relê-lo, verso e reverso, frente e avesso, até que a epifania (ou o insight) aconteçam. Aguarde novas notícias nossas. Por hora, seguimos reafirmando tudo que dissemos quando comentamos os seus Um útero é do tamanho de um punho e o outro, igualmente batido com segredos de liquidificador – o Rilke shake.

Ismar Tirelli Neto é detentor de grave perturbação existencial.  Por isso escreve “Ansiedades quanto a uma academia”. E se você pensa que é a vida intelectual da universidade que o perturba, leia isso:
inscrevo-me no plano trimestral
atividades aquáticas:
duas sessões de hidroginástica
e uma de natação
durante (o que se obvia) três meses

Esta é a íntegra da primeira estrofe do poema. Dou-me ao luxo de eximir-me de digitar as demais. O leitor que me perdoe se o frustro. Estou apenas compartilhando minha frustração. Onde se pensa que há poema há esteiras.

Fabrício Corsaletti prova que a poesia não é sua praia, tanto nas quadras como nos versos livres. Leia-se, a título de comprovação, o poema “Vizinha”: “é uma senhora simpática / sem netos / sem cachorro / sem queixas contra / o horário da retirada do lixo / a data de dedetização / não conversa sobre o tempo / no elevador / não reclama do trânsito / anda a pé / é claustrofóbica / às vezes sobe de escada”. Pois é: melhor mudarmos de companhia. E de andar.

E assim chegamos a Marília Garcia, que produz um  longuíssimo poema intitulado “ztaratztaratsztaratztaratztaratztaratsztaratztaratz”. O título remete ao genial  Zuca Sardan, que ela cita no poema. Não, sem antes, explicar a gênese de tanta lorota cuspida verborragicamente: “escrevi  este texto de uma  só vez / no domingo dia 18 de agosto  de 2013”. Pois bem, isto não é uma explicação pós-poema. São “versos” do “poema”. Acreditem. Eu até agora estou pasmo. E, como se não bastasse, cito o final do dito poema:
depois de escrever este texto
a alice me contou
que era aniversário do zuca de 80 anos nesse mesmo dia 18
dedico o texto a ele incorporando suas margens
e as bordas tipográficas ao texto e ao título

Pobre Zuca, não merecia esta afronta, este desagravo. Pobre de nós leitores, que sentimos duplamente: por Zuca Sardan, e por nós próprios.  

E deixemos a palavra com a organizadora: “convido o leitor, a leitora, para o meu livro de férias, desejando bom mergulho”. Pois é. As águas são rasas demais. O mergulho pode nos fraturar o pescoço. Melhor passar batido. Deixa pra lá. Valeu, Adriana Calcanhoto: continuamos aguardando seu próximo disco.
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Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.

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