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por Elvis Pinheiro
Meus 10 melhores filmes de todos os tempos:
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Luzes da Cidade (City Lights, Dir. Charles Chaplin, 1931)
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...E o Vento Levou (Gone with the Wind, Dir. Victor Fleming, 1939)
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Casablanca (Casablanca, Dir. Michael Curtis, 1942)
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A Doce Vida (La dolce vita, Dir. Federico Fellini, 1960)
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Pulp Fiction: Tempo de Violência (Pulp fiction, Dir. Quentin Tarantino, 1994)
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Violência Gratuita (Funny games, Dir. Michael Haneke, 1997)
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A Estrada Perdida (Lost highway, Dir. David Lynch, 1997)
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Amor à Flor da Pele (Fa yeung nin wa, Dir. Wong Kar Wai, 2000)
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Dançando no Escuro (Dancer in the dark, Dir. Lars Von Trier, 2000)
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Dentro da Casa (Dans La Maison, Dir. François Ozon, 2012)
A respeito de minhas escolhas
Escolho filmes há muitos anos. Monto listas há muitos anos. No meu caso, fazer listas é uma profissão. Esta, no entanto, foi a mais fácil de ser feita. Para alguém que já exibiu mais de 500 filmes diferentes, escolher dez que considere os melhores é bastante fácil. E não é ironia por mais que possa parecer a alguns.
Pensei nos filmes que me marcaram e me definiram mais profundamente e que estão fortemente inscritos também na história do cinema. Adoro o cinema de Woody Allen, Pedro Almodóvar, Kieslowski, Andrei Tarkovsky e Ingmar Bergman e se a lista fosse a dos dez melhores diretores, eles estariam nesta lista.
A ordem em que listei os filmes tem a ver com o ano de lançamento do filme e não com uma escala de valores, porque é exatamente neste ponto que vai a grande diferença em minha lista: não acredito que entre excelentes filmes, existam os melhores. Cada um é maravilhoso a sua maneira.
Poderia ter feito uma lista dos dez mais importantes filmes da história do cinema e essa lista teria que ser totalmente modificada. Poderia ter escolhido o meu filme preferido por década também. Mas não, meu princípio foi outro. Foi instintivo, natural, ao mesmo tempo que intelectual, como acontece sempre comigo.
Luzes da Cidade tem o imortal Carlitos sendo genial do humor ao drama; ...E o vento levou é um conjunto de astros e estrelas, de falas memoráveis e cenas inesquecíveis no auge da era de ouro de Hollywood; Casablanca possui um roteiro impecável e dois atores que imortalizaram uma canção, Bogard e Ingrid Bergman. Fellini fez uma ode à vida num grande espetáculo que é A doce vida, Tarantino foi genial em tantos filmes, mas a sua desconstrução, sua relação perfeita entre música e histórias, sua consagração, definitivamente, é Pulp Fiction. E então aparecem os cinco últimos títulos desta querida lista. Os mais dramaticamente ligados a mim. Haneke me destruiu em Funny Games, mas não pela sua violência preconceituosamente «gratuita» como colocou a tradução brasileira, mas pela frieza calculada em falar de cinema num filme irretocável. A estrada perdida abandonou a narrativa cartesiana; Amor à flor da pele iluminou as histórias de amor; Dançando no escuro redefiniu os musicais, a Björk, Catherine Deneuve e o sentido do humano e da dor. François Ozon com tantos filmes que adoro, conseguiu me surpreender com sua pequena obra-prima que nos prova que ainda o cinema pode construí-las.
Entrego a justificativa junto com a lista, mas não porque precise me justificar, mas porque quisesse tentar um primeiro esboço das razões que me levaram a cada filme. A pressa, infelizmente, não permitirá que o texto anexado a lista seja tão perfeito quanto considero as escolhas que fiz.
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Elvis Pinheiro é editor da Revista Sétima e professor. Desde 2003 é Mediador de Cinema no Cariri cearense.
Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 26, de novembro de 2015), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.
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Muito interessante, principalmente por ser uma lista feita por quem entende de cinema!
ResponderExcluirhttp://luceliamuniz.blogspot.com.br/
Mássa! Já assisti alguns, vou ver os outros!!
ResponderExcluirMássa! Já assisti alguns, vou ver os outros!!
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