quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Programação Orient Cinemas Cariri Shopping - de 31/12 a 06/01/2016

Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força
(Star Wars: Episode VII - The Force Awakens, 2015)
Direção: J.J. Abrams
Produção: J.J. Abrams, Bryan Burk, Kathleen Kennedy
Elenco: Harrison Ford, Carrie Fisher, Domhnall Gleeson, John Boyega, Mark Hamill, Adam Driver, Oscar Isaac, Andy Serkis, Peter Mayhew
País: EUA
Gênero: Ação, Aventura, Ficção-científica
Duração: 136 minutos
Distribuidor: Walt Disney Studios
Classificação etária: 12 anos
Sinopse: No sexto capítulo da franquia, Star Wars: Episódio VI - O Retorno de Jedi (1983), Luke Skywalker (Mark Hamill) consegue fazer com que Darth Vader encontre o seu lado bom e elimine o Imperador Palpatine na segunda Estrela da Morte. Trinta anos se passam e Luke volta a unir forças com Princesa Leia (Carrie Fisher), Han Solo (Harrison Ford), Chewbacca (Peter Mayhew) e os robôs C-3PO (Anthony Daniels) e R2-D2 (Kenny Baker) para uma nova aventura espacial na disputa pela Força. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado 3D: 17h30 (Sala 2)
Dublado: 14h30 (Sala 2)
Legendado: 20h30* (Sala 2)
* Exceto quinta
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No Coração do Mar
(Heart of the Sea, 2014)
Direção: Ron Howard
Elenco: Chris Hemsworth, Cillian Murphy, Ben Whishaw, Brendan Gleeson, Paul Anderson, Benjamin Walker, Tom Holland, Charlotte Riley, Joseph Mawle, Jamie Sives
Produção executiva: Sarah Bradshaw, Palak Patel
Produção: Brian Grazer, Marshall Herskovitz, Joe Roth, Paula Weinstein
País: EUA
Gênero: Ação, Aventura, Drama
Duração: 121 minutos
Distribuidor: Warner Bros.
Classificação indicativa: 14 anos
Sinopse: No inverno de 1820, o barco baleeiro da Nova Inglaterra Essex foi atacado por algo em que ninguém podia acreditar: uma baleia de imenso tamanho e determinação, e um sentido de vingança quase humano. O desastre marítimo que ocorreu na vida real inspiraria Melville a escrever Moby-Dick. Entretanto, o livro contou apenas metade da história. Heart of the Sea revela as terríveis consequências do encontro, à medida que a tripulação sobrevivente do barco é levada aos seus limites e forçada a fazer o impensável para permanecer viva. Enfrentando tempestades, fome, pânico e desespero, os homens serão levados a questionar suas crenças mais profundas, do valor de suas vidas à moralidade de sua atividade, enquanto seu capitão busca orientação no mar aberto e seu primeiro suboficial ainda tenta derrotar a grande baleia. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h30, 18h20* (Sala 4)
* Exceto quinta e sexta
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Alvin e os Esquilos: Na Estrada
(Alvin and the Chipmunks: The Road Chip, 2015)
Direção: Walt Becker
Produção executiva: Caroline MacVicar
Produção: Ross Bagdasarian Jr., Janice Karman
Elenco: Kaley Cuoco (voz), Bella Thorne, Anna Faris (voz), Christina Applegate (voz), Matthew Gray Gubler (voz), Jason Lee, Tony Hale, Justin Long (voz), Jesse McCartney (voz)
País: EUA
Gênero: Animação, Aventura, Comédia
Duração: 86 minutos
Distribuidor: 20th Century Fox
Classificação indicativa: livre
Sinopse: Por uma série de mal-entendidos, Alvin, Simon e Theodore passam a acreditar que Dave vai pedir a mão de sua nova namorada em Nova York… e abandoná-los. Eles têm três dias para alcançá-lo e impedí-lo de fazer o pedido, salvando-os não só de perder Dave, mas possivelmente de ganhar um meio-irmão terrível. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h30, 15h40, 17h50, 20h* (Sala 1)
Dublado: 14h10, 16h20, 18h30, 20h40* (Sala 3)
* Exceto quinta
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Victor Frankenstein
(Victor Frankenstein, 2015)
Direção: Paul McGuigan
Produção executiva: Derek Dauchy, Brittany Morrissey
Produção: John Davis
Elenco: James McAvoy, Daniel Radcliffe, Jessica Brown Findlay, Andrew Scott, Mark Gatiss, Freddie Fox, Louise Brealey, Daniel Mays, Valene Kane, Bronson Webb
País: EUA
Gênero: Drama, Ficção-científica, Terror
Duração: 110 minutos
Distribuidor: 20th Century Fox
Classificação indicativa: 14 anos
Sinopse: O cientista Victor Frankenstein e seu brilhante assistente, Igor Strausman, dividem a nobre ideia de ajudar a humanidade com uma recente descoberta sobre imortalidade. Entretanto, o experimento de Victor passa dos limites e sua obsessão gera consequências horríveis. Apenas Igor conseguirá trazer seu amigo de volta a sanidade e salvá-lo de sua criação monstruosa. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 16h, 21h* (Sala 4)
* Exceto quinta
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Bem Casados
(Bem Casados, 2015)
Direção: Aluizio Abranches
Produção: Aluizio Abranches, Ilda Santiago
Elenco: Alexandre Borges, Camila Morgado, Bianca Comparato, Fernando São Thiago, Luiza Mariani, Christine Fernandes, Rosi Campos, Letícia Lima
País: Brasil
Gênero: Comédia
Duração: 100 minutos
Distribuidor: Imagem Filmes
Classificação etária: 14 anos
Sinopse: Heitor (Alexandre Borges) é um solteirão convicto que ganha a vida filmando festas de casamento. Durante os preparativos para cobrir mais um casamento ele conhece Penélope (Camila Morgado), uma mulher sensual e independente que está determinada a acabar com a festa antes mesmo que ela comece. A missão de Heitor é garantir que o casamento saia exatamente como os noivos querem. Já para Penélope, a cerimônia é a oportunidade perfeita para executar o seu plano. Juntos, essa dupla surpreendente, e um tanto atrapalhada, dará aos noivos muito mais emoção do que eles jamais imaginaram. Afinal, bem casados só os doces. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Filme nacional: 13h10, 15h10, 17h10, 19h10*, 21h10* (Sala 5)
* Exceto quinta
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Vai que dá Certo 2
(Vai que dá Certo 2, 2015)
Direção: Maurício Farias, Calvito Leal
Elenco: Fabio Porchat Danton Mello, Lucio Mauro Filho, Natália Lage, Felipe Abib, Veronica Debom, Vladimir Brichta
Produção executiva: Silvia Fraiha, Veruschka Bauerle
Produção: Silvia Fraiha, Maurício Farias
País: Brasil
Gênero: Comédia
Duração: 100 minutos
Distribuidor: Imagem Filmes
Classificação indicativa: 14 anos
Sinopse: Depois de quase ficarem ricos com um plano quase perfeito e genial, Amaral (Fábio Porchat), Rodrigo (Danton Mello) e Tonico (Felipe Abib) estão precisando de grana mais do que nunca. A crise aumenta ainda mais quando Jaqueline (Natália Lage) aceita casar com um deles. Quando um DVD com cenas comprometedoras cai nas mãos de Danilo (Lúcio Mauro Filho), surge a grande chance de virar o jogo. O sonho de faturarem uma bolada tem apenas alguns obstáculos: um malandro capaz de tudo pra se dar bem (Vladimir Brichta), uma prima periguete e perigosa (Verônica Debom) e dois policiais nada federais. Agora é só seguir o plano cuidadosamente improvisado por eles, que dessa vez não tem como dar errado! (para assistir ao trailer, clique aqui)

Filme nacional: 14h, 16h10, 18h40, 20h50* (Sala 6)
* Exceto quinta
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Ingresso:
Valores Inteiros (exceto Sala 3D Digital):
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$11,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$ 15,00

Valores Inteiros para a Sala 3D Digital:
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$15,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$20,00.

Promoção:
De segunda a quarta-feira, todos os ingressos por R$ 5,50, exceto sessões 3D (R$7,50 + R$4,00 óculos)

No Cinema do Cariri Garden Shopping (Juazeiro do Norte-CE)
Site Orient Cinemas: http://www.orientcinemas.com.br/
Número de telefone do cinema: (88) 3571.8275.

Programação sujeita a alterações.

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Balde de água suja



por Amador Ribeiro Neto

Mauricio Duarte (São Paulo, 1981) é jornalista e poeta. Estreou em 2007 com Rumor nenhum, livro que já anunciava para o poeta observador e crítico que se configura no segundo título. Seu alvo: o cotidiano mais trivial. Seu produto: uma poesia de inusitada linguagem, que volve e revolve a língua coloquial, reinventando-a sem a necessidade de neologismos ou sintaxes invertidas. Tudo é simples. Seu diferencial está na apreensão do simples. No corte sagaz e sarcástico sobre cenas urbanas – ou sentimentos pessoais. Neste quesito ele está galáxias longe do rol enrolado e vazio de poetas que nada sacam de nada. E nada escrevem. A não ser, é claro, repetições entojadas da panaceia. E da pasmaceira.

Balde de água suja (São Paulo: Editora Patuá, 2015), recém lançado, desde o título aponta para o recorte irônico e sarcástico que Mauricio Duarte opera na vida e na arte. O poeta não apenas chuta o balde: ele espalha água suja na cara bem comportada da poesia de hoje.

Pra começo de conversa, o uso displicente e indisciplinado que o poeta faz da metalinguagem choca pela irreverência com que desconstrói um procedimento endeusado e adorado pelos poetas de plantão. Como se poesia fosse metalinguagem. Não é. Pode vir a ser. Mas para este devir, muita água suja e muitos baldes vão rolar.

Consideremos “Conselho”, um dos poemas iniciais do livro: “nem sempre um sorriso / significa alegria ou júbilo // todo cuidado é pouco / no que se refere ao risco / do convite que ele oferta // seja prudente / desconfie / a lição é antiga mas / não perde a validade // e trinta e dois dentes / escancarados podem / disfarçar uma mentira / ou um ato desesperado”. Ao final, o toque beckettiano do homem desumanizado e sem sentido. Que revitaliza e recicla a mesmice dos versos anteriores: diálogo com a poesia neomarginal de hoje. O poeta adentra esta poesia para, depois, implodi-la. Eficácia nota dez. Ou seja, aquilo que hoje se leva a sério na poesia mauricinha, o poeta já detona desde a contravenção do título. Não dá moleza pra poesia de autoajuda não.

Vamos ao poema que abre o livro, “Primeiro poema do segundo livro”, já que ele é a senha para se ler bem este poeta: “não se preocupe comigo; / pode até não parecer / mas está tudo bem / isto aqui? não é nada / – estou só juntando / palavras ao acaso // essa falta de jeito é / porque faz um bom tempo / que nem sequer tento // não é que esteja sem saída / mas também não tenho / mais a vida inteira / para me debruçar / sobre a ternura / de todos os fracassos / nesse jogo tão doce e tão perdido / de procurar por uma nesga / um cacareco, que seja, de beleza”. O lado machadiano de Mauricio Duarte trama e trança, como Capitu e Bentinho, um texto de subtextos e intertextos. E, claro, a fonte desta paródia é a ironia fina e fria. Que sabe valer-se da vivacidade coloquial como um “expert” malandro. A segunda estrofe tipifica exemplarmente este apoderar-se da língua diária sem feri-la. E reaviva-lhe a beleza rítmico-semântico-sintática. Coisa de poeta que ama, e preserva, a língua do povo. Como nos ensinou T. S. Eliot.

Mauricio Duarte capta a dor em “A morte da virgem”, mimetizando em palavras as pinceladas de volume e luz da pintura: “da dor pouco sabemos / além do que Caravaggio / nos permite conhecer // além do que ele nos deixa ver / no jogo de pouca luz que nos / conduz como zumbis ao cadáver // espectadores inertes / seremos sempre parte / das sombras”. A diluição do homem, feito espectro de si, e de seus sentimentos, joga luz sobre quão ínfima é a vida diante da representação da arte. O homem é a virgem morta. Homem atual. Homem pós-moderno. Feito de imagens e reproduções. O poeta vai ao cerne da dor. Fratura exposta na tríade das estrofes do poema. Dói.

Dor e cidade são irmãs siamesas. Em “Lendo Pavese” o poeta começa observando: “não há colinas em meus versos / nem em meu horizonte”, e conclui: “o pouco que entendo é deste desterro / que ruge na cidade, de sua gente sem fim / destes sinais de uma nova era / e da solidão alheia ao progresso”. O poeta se espelha no grande escritor italiano, ao tomar vida e arte como matéria de reflexão do universo. Universo convencionalmente chamado de humano.

Balde de água suja possui unidade admirável. Cada poema ela-se com os seguintes e anteriores, na contracorrente das expectativas. Por isso mesmo cativa e prende o leitor. Um livro raro, feito num projeto gráfico pertinente com a materialidade desta poesia. E com forte impacto visual. Que se estende da capa ao miolo da obra. Ponto para Leonardo Mathias. Que soube ler Mauricio Duarte. E vertê-lo para o leitor. Por fim, desde já, aguardamos o “Primeiro poema do terceiro livro”. Tintim de gin, poeta. 
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Publicado pelo jornal Contraponto, de João Pessoa-PB. Caderno B, coluna “Augusta Poesia”, dia 23 de dezembro de 2015, p. B-7.

Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.

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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Malembe, nova revista paraibana de literatura



por Amador Ribeiro Neto

Recentemente chegou-me às mãos o primeiro número da revista Malembe, feita e publicada em João Pessoa. De imediato o título, musical e enigmático, chamou-me a atenção. E lá estava, na página inicial, seu significado: “Malembe: cântico rogatório que se dirige a certos orixás nos candomblés, quando se deseja aplacar-lhes a fúria, ou nas situações difíceis particulares ou coletivas. Malembe, na Angola, também vai de advérbio: devagar. E que cabe na expressão malembe-malembre: o nosso tradicional devagar se chega longe”.

A revista, que é impressa e terá publicação semestral, tem como editores Guilherme Delgado, Carlos Nascimento e Débora Gil Pantaleão. A diagramação e o projeto gráfico – ambos bastante despojados e, por isso mesmo, atraentes – são de Ícaro Medeiros de França. Quem assina a bela capa é Lívia Costa. E a revisão ficou a cargo de Fred Caju. Todos jovens, animados jovens. Cheios de projetos. E com a mão na massa.

A proposta da revista Malembe é divulgar a literatura contemporânea, mesmo interrogando “que bicho é esse?”. Ao partir deste questionamento, acerta em cheio. Afinal, o que se produz hoje é contemporâneo? E o que foi feito há tempos não é? Sabemos que há autores contemporâneos (na idade cronológica) que pensam e escrevem como se estivessem no século XIX. E há autores do século XIX que pensam e escrevem como se estivessem em pleno século XXI.

Machado de Assis está entre estes últimos. Nem vale citar quem esteja, hoje, escrevendo anacronicamente. São muitos. Por isso mesmo a revista, no editorial, pontua: “e o que há de novo? Quem são os jovens autores e provocadores da terrinha [Paraíba]?”. E diz a que veio: “com vontade de ser mais um ponto articulador das artes de João Pessoa. Com o desejo de dialogar dentro de mais um espaço possível com a fila de inquietos presente na terrinha. E com a teimosia de imprimir essa produção”.

A edição número 1 traz cinco poetas, em sua maioria publicados pela primeira vez. Além de uma contista, que também assina um artigo. Há uma seção de entrevistas que, neste número inicial, colhe depoimento de Miró, poeta recifense que anda à margem da margem da produção poética do país.

Carlos Araújo (Santa Luzia-PB, 1987) publica 3 poemas. Todos revelando a garra de alguém que conhece os meandros da linguagem da poesia. Cito “Meio-dia”: “Nesta hora / como um par de tardes / amarrado ao azul, // cada qual, lados do crânio, / tinem a alternância / viciada trágica no sol”. As inversões de expectativas, mais que sintáticas, reverberam o padecimento pelo zunido ao sol, que a rima interna e toante em [a] do último verso destaca: viciAda / trÁgica. Enfatizada pelo proparoxítono, sempre sonoramente esdrúxulo. E, aqui, semanticamente reforçado. Um bom poema.

Carlos Nascimento (Recife, 1995) precisa despoetizar-se para que sua poesia surja. Sua linguagem traz demasiadas intertextualidades, sufocando o trabalho com a palavra. E quando quer ser sucinto, ao apelar para o surreal, não resolve a situação. Vejamos “Como sabes”: “Vir seda, brochura, / conterrânea de cinzas de cigarro. / Aras... Raras... / Gel de pentear cabelo”. Mas acerta a mão em “À queima-roupa”, em especial no verso final, que introduz a dubiedade, marca de toda boa poesia: “O suspiro tateia a fala. / Milímetros se encaram. / No disparo, / se calam. / Foi-se o atirador”.

Débora Gil Pantaleão (João Pessoa, 1989) leva jeito para o trabalho com a palavra. Todavia, precisa desvencilhar-se dos cacoetes da linguagem da poesia, tais como a enumeração, a inversão, os cortes no clímax do poema. São recursos que só adquirem validade na interação isomórfica. Usá-los pura e simplesmente, acreditando que é assim  se faz, é dar crédito excessivo aos manuais de poesia. Cito “cabeça”: “ao avesso / escorre o / rio barrento // reverso / falho / defeito // a cabeça / morta // cabeças são / para explodir”.

Guilherme Delgado (João Pessoa, 1986) vale-se da palavra caligrafia nos títulos de todos os seus  poemas, aqui publicados. A esse procedimento segue-se o nome de um poeta. Ele dialoga ora com a vida, ora com a linguagem, ora com ambos, de cada um deles. Assim, temos “Caligrafia para Adília”, um poema perfeitamente acabado, de onde destacamos o verso “assim como não se chama de neto um bolor”. “Caligrafia para Murilo” abre e encerra-se com imagens murilianas revisitadas por Guilherme com apurado rigor. E “Caligrafia para Borges” prefiro transcrevê-lo integralmente: “Conter a noção de sonho / pra dar sentido de tato; / a maçã da palavra não existe, / mas seu peso, sua cor, seu / formato”. Estamos diante de um poeta que conhece os meandros das interações entre som e sentido da linguagem poética. Um poeta que sabe lidar com a novidade da palavra, e da poesia, sem maculá-las com as marcas dos andaimes que a constroem. Sem dúvida, Malembe anuncia novo poeta de peso na praça.

Pedro Araújo (João Pessoa, 1987) ainda está marcado pela poesia cabralina. O referente é excelente, mas Pedro precisa superar esta influência direta e tirar dela o crème de la crème. E partir para fazer sua própria poesia. Cito a primeira estrofe do longo “Da baía, formas”: “o dinossauro imóvel fornece / os termos da pedra e seus alardes / uma cobiça de vontades atina / o mar o barco a lança / da prancha cristalina”.

Isabor Quintere (João Pessoa, 1994), em um artigo, conta sua experiência numa oficina ministrada por Marcelino Freire e, a seguir, publica um conto, que me pareceu derivado desta experiência. No texto do artigo já se vislumbra seu bom domínio da narrativa: fluência, coesão, detalhes colhidos com rigor e apreendidos numa linguagem cheia de ritmo e tensões. No conto percebe-se a influência do realismo maravilhoso de Cortázar e Gabriel Garcia Marquez, autores que ela mesma identifica em sua minibiografia. Isabor tem bom domínio da prosa. Seus dois textos apontam para uma próspera escritora.

Miró, nome artístico de João Flávio Cordeiro da Silva, é poeta na contramão da linguagem e do mercado editorial. A bem da verdade, Miró andou na contramão da vida. Por pouco não se deu mal. A seu tempo recuperou-se, e hoje dedica-se plenamente à literatura. Nesta entrevista ele dá seu recado despojado, bem distante do repertório acadêmico e/ou intelectual estabelecidos. Sua voz é importante porque fala de um lugar marginal na literatura – mas dotado de dicção singular. Nova. Provocativa. Instigante. Lê-lo é deparar-se com a novidade de temas, cenas e sequências captadas com vivaz coloquialidade. Miró consegue ver poesia no mais improvável. E, mais improvável ainda: ele produz poesia com o improvável que vê. Aí reside sua marca. Sua grandeza. Seu humor. Ele é poeta antes de tudo, embora afirme: “Hoje eu me considero mais um cronista que um poeta”. Coisas de quem gosta de Drummond e de Ignácio de Loyola Brandão, “no mesmo patamar”. Não há como não admitir: Miró é somatória de delícias surpreendentes. Da vida. Na linguagem da poesia.

Malembe chega pra ficar. Tem uma ótima galera em seu corpo editorial. Chega dizendo a que veio. O que busca. O que quer. E abre o peito pra expor suas dúvidas. Sem medo. Mostra o que sabe fazer. E, pelo número de estreia, revela que tem muito a dizer ao nosso (e do nosso) quintal da literatura contemporânea. Axé! Malembe-malembre! Bem-vindos, novos nomes da nossa literatura!
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Publicado pelo Correio das Artes, suplemento literário do jornal A União, de João Pessoa, em dezembro/2015, ano 66, nº 10, p. 15-16, na coluna Festas Semióticas.

Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.

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O outro lado selvagem



“Eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum trem”
(Engenheiros do Hawaii)

por Erick Linhares

Cenas fortes para a sociedade acomodada. As leis e parâmetros contemporâneos não preparam racionalmente as pessoas a tolerarem a diversidade. Filmes como Lado selvagem (Wild side, 2004, Dir.: Sébastien Lifshitz) vêm como uma bomba para esses parâmetros, assim como reforçam uma luta social pelo direito de ser livre perante os desejos, chacoalhando as resistências criadas numa sociedade rígida, que quer se organizar de maneira sistemática com intenção de que não haja abertura para surpresas, para o novo, não caminhando para a criação. A criação talvez seja a fluidez do ser humano, em sua vivência natural, em sua vivência mais selvagem.

Para que se crie, para que apareça o novo, precisa-se destruir, não aniquilar, daí começar uma reconstrução surpreendente de leis e costumes. Pierre inicia esse processo a partir de quando se mostra para sua mãe como um travesti, assumindo o papel de seu desejo para sua progenitora, ele também começa sua luta política para uma melhor aceitação social, onde agora impõe que Pierre é passado, a sua nova criação surpreendente é Stéphanie.

Sobre o que essa criação trouxe de novo, há várias questões que poderiam ser abordadas. Mas uma que me chega mais evidente e mais forte é o amor. A mãe de Stéphanie apenas se sente aliviada que seu marido não tenha visto seu filho se tornar um travesti. Mas isso me parece mais uma desculpa para lutar contra suas leis morais que a impelem a pensar que aquilo é errado. Contudo, prestes a morrer, ela escolhe o amor para com Stéphanie, mostrando seu lado selvagem em detrimento das leis introjetivas que provavelmente afastariam mãe e filho.

O amor se estende e Stéphanie é feliz com seus namorados Mikhail e Djamel. Cada um dos três tem uma personalidade irreverente e são estrangeiros, tanto no que se trata de vir de outro país, quanto à selvageria de não se reconhecerem nos parâmetros sociais que não são abertos à esse amor diversificado que os três vivem verdadeiramente.

Sustentar essa selvageria, sustentar ser estrangeiro é uma atitude pesada para as emoções, uma luta consigo mesmo contra os moralismos introjetados de sua sociedade, uma luta política para se ter espaço e que a própria comunidade abra caminhos para criação. A dor é bem representada nas primeiras cenas quando Stéphanie chora enquanto um personagem canta uma música sobre paixão e morte, sobre como é difícil sustentar o que se é. Na cena final, os estrangeiros representam bem também sua dor na saudade que uma viagem sempre deixa, e ao mesmo tempo, a paz que é ter o amor companheiro, que se entende, que se reconhece, estrangeiros de algum trem que parece nem ter passado...
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Erick Linhares é formado em Psicologia pela Faculdade Leão Sampaio, onde foi coordenador geral do Centro Acadêmico do curso. Atualmente é bolsista na Especialização em Gestalt Terapia.

Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 24, de setembro de 2015), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Janinha Brito & Banda Verde, Amarelo e Vinil em Juazeiro do Norte



Janinha Brito & Banda Verde, Amarelo e Vinil
Sábado, 26 de dezembro de 2015, 22h
No Raul Rock Bar & Café
Av. Virgílio Távora, 950 (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada: R$5,00
Mais informações: (88) 9.9692.4019.

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Bandas Relicário e Amélia apresentam tributo a Cássia Eller e Pitty



Tributo Cássia Eller & Pitty
Especial de Fim de Ano
Com: Banda Relicário e Banda Amélia
Pista Superior - Orange Is the New Black
DJ MontiErre, DJ Charlenne Campos, DJ Luanna Gonçalves, DJ Rebeca Freitas
Sábado, 26 de dezembro de 2015, 22h
No Casarão Boteco (Crato-CE) 
1º lote de ingressos: R$15,00 (valor antecipado)
Crato: Loja Trilha Sonora
Juazeiro do Norte: Avalon Locadora.

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Garimpo



por Amador Ribeiro Neto

Líria Porto (Araguari-MG, 1945), poeta, publicou Borboleta desfolhada (2009), De lua (2009), ambos em Portugal, e Asa de passarinho (2014), que comentamos nesta coluna há pouco mais de um ano. Garimpo (Belo Horizonte: Editora Lê, 2014) é seu mais recente livro e foi finalista do Jabuti 2014.

A lírica de Líria Porto tem lugar de destaque na nossa poesia contemporânea por aliar concisão, leveza, imagens inusitadas extraídas do mais reles cotidiano. E, acima de tudo, por conferir um tratamento especialíssimo ao trocadilho, que recebe os zelos de som, sentido e imagem em elaborado minério poético.

Ela consegue o que poucos atingiram quando propuseram-se a fazer lirismo com jogos de palavras. Seus trocadilhos têm a rara beleza de uma mistura de certo Bandeira com certo Leminski. Não sendo um nem outro. E estando milhas e milhas distante das gracinhas e facilidades que empesteiam nossa poesia hoje. Líria Porto, penso, ocupa um lugar único nesta serra tão almejada, quanto mal escalada. Sua dicção poética é rigorosamente construída com a emoção mais pensada. Um lirismo arquitetado por mãos e coração que conhecem bem o caminho ambíguo e oblíquo da poesia.

Líria Porto é sensibilidade sem resvalar para a pieguice. Sem querer fazer humorzinho. Sua poesia é pura emoção e festa da palavra. E de palavras.

Por isso mesmo, o título de sua mais recente publicação já traz em si o meticuloso empenho de garimpar, numa metalinguagem que se infiltra em cada poema. O resultado? Poemas puro ouro de mina. Poemas diamantes. Poesia precisa. Obra de rara ourivesaria.

A poesia de Líria Porto pede para ser lida com tempo e atenção. Ela veio para bussolar poetas e leitores. Ninguém sai o mesmo de suas páginas.

Vejamos o poema “Borrão”: “a caneta do poeta / fica assim aos borbotões / como se fora um acesso / de raiva tosse ou vômito / quando uma rima indiscreta / movida pelo complexo / ataca de jeito incômodo / e contrapõe-se”. O poema todo é vazado por rimas toantes. Aquelas que o Cabral usava com a desculpa de não serem minimamente sonoras. Pois aqui ela é o ruído que cava verso a verso. Ora em forma da vogal tônica “o”. Ora como a vogal tônica “e”. Vai perfurando o poema, encharcando-o, manchando seu corpo a golpes de sons secos. Soco na boca do estômago, o poema é um touro. Borrado no chão da arena. Mas permanecendo touro-poema.

Consideremos “Retorno”: “inspiração quando volta / é quase descobrimento / traz navio caravela canoa / e barcos de papel // (às enxurradas)”. A descoberta de que a inspiração é um ‘quase’, vem corroborada pela rarefação dos substantivos do paradigma ‘navegação’: navio > caravela > canoa > barcos de papel. E, ao final, a inspiração rola, isomórfica à iconicidade das águas, aqui representadas pelo uso dos parênteses. Poeta que é poeta sabe desconstruir para, em seguida, edificar. O leitor sai edificado da poesia de Líria Porto.

E o poema inicial, homônimo ao título do livro, diz: “esta procura tem um nome insanidade / passei da idade de tentar fazer sonetos / eu só consigo descrever cinzas e pretos / acho que o verso não alcança claridade // pelas gavetas prateleiras escondidos  / ainda agarro pelo rabo alguns cometas / quero as estrelas não encontro as suas tetas / sinto a fissura dos pequenos desvalidos // a minha escrita sempre foi penosa esgrima / desde menina que não tenho paradeiro / eu aço sapo com bodoque o dia inteiro / nesta esperança de catar melhores rimas // vasculho as glebas / os grotões e quem diria / bateio o sol chego a pensar / que a noite é dia”. Lavar o sol na bateia, tomando a noite pelo dia, tem a magistral força do verso maiakovskiano: “a tarde ardia com cem sóis”.

Líria Porto revolve os meandros da criação. E revigora a tão surrada metalinguagem. Em sua poesia, o fazer poesia é prática reveladora de um mundo que não há. E que passa a ter existência graças ao seu poder de criar mundos no mundo. O poeta é aquele que sabe “o saber e o sabor” da palavra lavrar. Líria Porto garimpa. Com um diferencial: tudo que toca vira ouro. Ela é, e sabe ser, Midas das minas e minerações da linguagem poética. Nós, leitores revolvidos por suas páginas, agradecemos.
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Publicado pelo jornal Contraponto, de João Pessoa-PB. Caderno B, coluna “Augusta Poesia”, dia 18 de dezembro de 2015, p. B-7.

Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Programação Orient Cinemas Cariri Shopping - de 24/12 a 30/12/2015

Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força
(Star Wars: Episode VII - The Force Awakens, 2015)
Direção: J.J. Abrams
Produção: J.J. Abrams, Bryan Burk, Kathleen Kennedy
Elenco: Harrison Ford, Carrie Fisher, Domhnall Gleeson, John Boyega, Mark Hamill, Adam Driver, Oscar Isaac, Andy Serkis, Peter Mayhew
País: EUA
Gênero: Ação, Aventura, Ficção-científica
Duração: 136 minutos
Distribuidor: Walt Disney Studios
Classificação etária: 12 anos
Sinopse: No sexto capítulo da franquia, Star Wars: Episódio VI - O Retorno de Jedi (1983), Luke Skywalker (Mark Hamill) consegue fazer com que Darth Vader encontre o seu lado bom e elimine o Imperador Palpatine na segunda Estrela da Morte. Trinta anos se passam e Luke volta a unir forças com Princesa Leia (Carrie Fisher), Han Solo (Harrison Ford), Chewbacca (Peter Mayhew) e os robôs C-3PO (Anthony Daniels) e R2-D2 (Kenny Baker) para uma nova aventura espacial na disputa pela Força. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado 3D: 13h (Sala 2)
Legendado 3D: 18h40* (Sala 2)
Dublado: 15h50 (Sala 2)
Legendado: 21h30* (Sala 2)
Dublado: 14h40, 17h30* (Sala 6)
Legendado: 20h20* (Sala 6)
* Exceto quinta e sexta
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No Coração do Mar
(Heart of the Sea, 2014)
Direção: Ron Howard
Elenco: Chris Hemsworth, Cillian Murphy, Ben Whishaw, Brendan Gleeson, Paul Anderson, Benjamin Walker, Tom Holland, Charlotte Riley, Joseph Mawle, Jamie Sives
Produção executiva: Sarah Bradshaw, Palak Patel
Produção: Brian Grazer, Marshall Herskovitz, Joe Roth, Paula Weinstein
País: EUA
Gênero: Ação, Aventura, Drama
Duração: 121 minutos
Distribuidor: Warner Bros.
Classificação indicativa: 14 anos
Sinopse: No inverno de 1820, o barco baleeiro da Nova Inglaterra Essex foi atacado por algo em que ninguém podia acreditar: uma baleia de imenso tamanho e determinação, e um sentido de vingança quase humano. O desastre marítimo que ocorreu na vida real inspiraria Melville a escrever Moby-Dick. Entretanto, o livro contou apenas metade da história. Heart of the Sea revela as terríveis consequências do encontro, à medida que a tripulação sobrevivente do barco é levada aos seus limites e forçada a fazer o impensável para permanecer viva. Enfrentando tempestades, fome, pânico e desespero, os homens serão levados a questionar suas crenças mais profundas, do valor de suas vidas à moralidade de sua atividade, enquanto seu capitão busca orientação no mar aberto e seu primeiro suboficial ainda tenta derrotar a grande baleia. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 13h10, 18h* (Sala 4)
* Exceto quinta e sexta
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Alvin e os Esquilos: Na Estrada
(Alvin and the Chipmunks: The Road Chip, 2015)
Direção: Walt Becker
Produção executiva: Caroline MacVicar
Produção: Ross Bagdasarian Jr., Janice Karman
Elenco: Kaley Cuoco (voz), Bella Thorne, Anna Faris (voz), Christina Applegate (voz), Matthew Gray Gubler (voz), Jason Lee, Tony Hale, Justin Long (voz), Jesse McCartney (voz)
País: EUA
Gênero: Animação, Aventura, Comédia
Duração: 86 minutos
Distribuidor: 20th Century Fox
Classificação indicativa: livre
Sinopse: Por uma série de mal-entendidos, Alvin, Simon e Theodore passam a acreditar que Dave vai pedir a mão de sua nova namorada em Nova York… e abandoná-los. Eles têm três dias para alcançá-lo e impedí-lo de fazer o pedido, salvando-os não só de perder Dave, mas possivelmente de ganhar um meio-irmão terrível. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 14h10, 16h20, 18h30*, 20h40* (Sala 1)
Dublado: 13h20, 15h30, 17h50*, 20h* (Sala 3)
* Exceto quinta e sexta
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Victor Frankenstein
(Victor Frankenstein, 2015)
Direção: Paul McGuigan
Produção executiva: Derek Dauchy, Brittany Morrissey
Produção: John Davis
Elenco: James McAvoy, Daniel Radcliffe, Jessica Brown Findlay, Andrew Scott, Mark Gatiss, Freddie Fox, Louise Brealey, Daniel Mays, Valene Kane, Bronson Webb
País: EUA
Gênero: Drama, Ficção-científica, Terror
Duração: 110 minutos
Distribuidor: 20th Century Fox
Classificação indicativa: 14 anos
Sinopse: O cientista Victor Frankenstein e seu brilhante assistente, Igor Strausman, dividem a nobre ideia de ajudar a humanidade com uma recente descoberta sobre imortalidade. Entretanto, o experimento de Victor passa dos limites e sua obsessão gera consequências horríveis. Apenas Igor conseguirá trazer seu amigo de volta a sanidade e salvá-lo de sua criação monstruosa. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Dublado: 15h40, 20h30* (Sala 4)
* Exceto quinta e sexta
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Bem Casados
(Bem Casados, 2015)
Direção: Aluizio Abranches
Produção: Aluizio Abranches, Ilda Santiago
Elenco: Alexandre Borges, Camila Morgado, Bianca Comparato, Fernando São Thiago, Luiza Mariani, Christine Fernandes, Rosi Campos, Letícia Lima
País: Brasil
Gênero: Comédia
Duração: 100 minutos
Distribuidor: Imagem Filmes
Classificação etária: 14 anos
Sinopse: Heitor (Alexandre Borges) é um solteirão convicto que ganha a vida filmando festas de casamento. Durante os preparativos para cobrir mais um casamento ele conhece Penélope (Camila Morgado), uma mulher sensual e independente que está determinada a acabar com a festa antes mesmo que ela comece. A missão de Heitor é garantir que o casamento saia exatamente como os noivos querem. Já para Penélope, a cerimônia é a oportunidade perfeita para executar o seu plano. Juntos, essa dupla surpreendente, e um tanto atrapalhada, dará aos noivos muito mais emoção do que eles jamais imaginaram. Afinal, bem casados só os doces. (para assistir ao trailer, clique aqui)

Filme nacional: 14h50, 16h50, 18h50*, 20h50* (Sala 5)
* Exceto quinta e sexta
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Ingresso:
Valores Inteiros (exceto Sala 3D Digital):
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$11,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$ 15,00

Valores Inteiros para a Sala 3D Digital:
Segunda, terça e quarta (exceto feriado e véspera de feriado): R$15,00 (o dia todo)
De quinta a domingo (e feriado): R$20,00.

Promoção:
De segunda a quarta-feira, todos os ingressos por R$ 5,50, exceto sessões 3D (R$7,50 + R$4,00 óculos)

No Cinema do Cariri Garden Shopping (Juazeiro do Norte-CE)
Site Orient Cinemas: http://www.orientcinemas.com.br/
Número de telefone do cinema: (88) 3571.8275.

Programação sujeita a alterações.

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‘A Night At The Opera’, álbum do Queen de 1975



Grifo nosso # 96

“Desde o primeiro álbum, em 1973, a proposta ambiciosa do Queen incluía referências clássicas bombásticas, falsetes estridentes e misticismo pagão. Mas foi no quarto disco que o grupo fundiu tudo isso na épica ‘Bohemian Rhapsody’. O single de seis minutos ficou em primeiro lugar nas paradas britânicas durante nove semanas e entrou para a lista dos 10 Mais nos Estados Unidos.

O baterista Roger Taylor se lembra do líder Freddie Mercury tocando ‘Bohemian Rhapsody’ para a banda no piano. ‘E aqui, queridos, é onde começa a parte de ópera’, disse ele, então. ‘Freddie tinha o esqueleto da música e até a harmonia escritos em tiras de papel’, contou Taylor. ‘Era muito difícil acompanhar o que estava acontecendo.’

De qualquer forma, com seus 180 overdubs e uma sessão de vocais que demorou 70 horas para ser gravada, ‘Bohemian Rhapsody’ definiu o Queen. As harmonias em múltiplas camadas (a distorção obtida com regravações infindáveis contribuiu para o efeito de saturação), a balada com alto nível de qualidade de composição (no mesmo piano em que McCartney tocou ‘Hey Jude’) e a guitarra metal afiada são costuradas pelo conceito delineado por Mercury, com uma pitada de Nietzsche e outra de paródia.

O resto do álbum é composto por faixas menos resplandecentes. ‘You’re My Best Friend’, do baixista John Deacon, levada no piano, é, talvez, a canção de amor mais tocante da banda. Há a mística ‘39’, ‘The Prophet’s Song’, com tintas árabes, o music hall inglês de ‘Lazing On a Sunday Afternoon’ e a balada ‘Love Of My Life’, uma das preferidas do público em shows, que mistura os vocais esfuziantes de Mercury com os floreios acústicos da guitarra de Brian May. ‘A Night At The Opera tinha todos os sons, da tuba a um pente’, afirmou Mercury. ‘Não havia limites.’” 
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John Lewis, no livro 1001 discos para ouvir antes de morrer (Editora Sextante, 2007).

Selo | EMI
Produção | Roy Thomas Baker, Queen
Projeto gráfico | David Costa
Nacionalidade | Inglaterra
Duração | 42:52

“Ninguém jamais ouviu falar em se juntar ópera com um tema de rock” (Freddie Mercury, 1977)

Lista de músicas - A Night At The Opera (1975):

1. Death on Two Legs (Dedicated To...) (Freddie Mercury)
2. Lazing on a Sunday Afternoon (Freddie Mercury)
3. I'm in Love with My Car (Roger Taylor)
4. You're My Best Friend (John Deacon)
5. '39 (Brian May)
6. Sweet Lady (Brian May)
7. Seaside Rendezvous (Freddie Mercury)
8. The Prophet's Song (Brian May)
9. Love of My Life (Freddie Mercury)
10. Good Company (Brian May)
11. Bohemian Rhapsody (Freddie Mercury)
12. God Save the Queen (Trad., arr. Brian May)

A Night At The Opera completou 40 anos de lançamento em novembro de 2015 (álbum lançado no dia 21 de novembro de 1975 na Europa e no dia 02 de dezembro de 1975 nas Américas).

“Love Of My Life” (Rock In Rio, 1985):

‘Irish Pub at the End of the Universe’, nova música da banda Glory Fate



‘Irish Pub at the End of the Universe’, da banda Glory Fate. Letra e música:
 

Glory Fate: Markim (vocal/guitar), Michel Macedo (guitar/tin whistle), Victor Araruna (bass), Kassio Soares (drums).
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Outras postagens relacionadas à banda Glory Fate no blog O Berro:
- 20 anos da banda Glory Fate: entrevista com o guitarrista Michel Macedo
- Entrevista com Michel Macedo, da banda Glory Fate, no site Whiplash
- 'Ride on the Roller Coaster': novo disco de estúdio da Glory Fate (2011)
- A História do Rock no Cariri (capítulo 'dos anos 80 a 2002'), por Michel Macedo.

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Lições de pedra, de amor e de poesia



por Elandia Duarte

Sala lotada, encerra-se a premiação do 8º festival de Cinema de Triunfo – PE, realizado do dia 03 ao dia 08 de agosto do corrente ano. Semana cheia de encontros, trocas e descobertas. Maratona diária de uma média de seis filmes, sendo um longa e o restante curtas, e ainda debates, oficinas, filmagens, cachaça, música, alegria, ufa! E ainda anunciam um longa que será exibido essa noite? Após a premiação? E toda essa rotina exaustiva, produtiva, enriquecedora, mas exaustiva?! Deus me ajude!

Bem vamos lá, pensei eu comigo mesma. Vou tentar ver. O diretor é aquele cara simpático e de ar leve com quem conversei ontem à noite sobre mudanças no cabelo por pura rebeldia, leveza e poesia como alento de vida. Não quero ser indelicada, além de tudo, ele fez a abertura da sessão com a leitura de “uma educação pela pedra” do João Cabral, vou tentar ficar. Fiquei. E que bom que fiquei!

O filme que se seguiu a essas minhas epifanias foi A história da eternidade, escrito e dirigido por Camilo Cavalcante. Deslumbrante, arrebatador do primeiro ao último plano. “Um filme que fala de amor e de desejo”, nas palavras do próprio Camilo. Para mim, mais que amor e desejo, o filme traz à tona de forma poética e imensamente lírica esses dois polos na perspectiva do feminino. Destaca a sexualidade, as ânsias do corpo e do sentir gozo tão negados a nós mulheres.

É de poesia que explode em imagens e nas lindas performances envoltas de músicas e de declamações de poemas feitas primorosamente pelo João, personagem do ator Irandhir Santos, que o filme preenche. A película transborda, despedaça e reluz na alma.

Um sertão seco nas paisagens, mas não na ternura dos personagens. Um sertão submerso de poesia, um sertão que vira mar no coração e pelos olhos cerrados de Alfonsina, vivida por Débora Ingrid, e que se estilhaça para quem, ao contrário da personagem, mantém os olhos bem abertos e atentos às imagens na tela. Tem-se ainda as não menos belíssimas atuações de Marcélia Cartaxo e de Zezita Matos, dando beleza e intensidade às personagens por elas interpretadas. O filme é ainda dedicado a Dominguinhos, que faleceu em 2013 e que junto com Zibgniew Preisner (autor das músicas dos filmes do Krzystof Kieslowski) compõe a trilha sonora original, elemento fundamental na construção da atmosfera delicadamente seca e poética do sertão apresentado pelo filme.

Saí da sessão em êxtase completo, flutuando mesmo, me sentindo sem pisar no chão. E afirmando para mim mesma e para quem perguntava sobre as minhas impressões sobre o filme: - Não quero desmerecer nenhum dos belíssimos filmes que vi aqui durante essa semana, me fizeram melhorar muito enquanto gente, enquanto pessoa. Crescer mesmo. Mas se tivesse feito essa mesma viagem e tivesse assistido apenas essa sessão de hoje, já teria valido a pena. Teria valido muito, muito a pena.

A história da eternidade é um afago no corpo, um hiato na dureza do cotidiano e um sopro poético na feiura do mundo.
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Elandia Duarte possui graduação em pedagogia pela Universidade Regional do Cariri (2008) e Especialização em Arte/Educação pela mesma Instituição. É professora, integrante do Grupo de estudos de Cinema Sétima e colaboradora na revista do grupo que carrega o mesmo nome. Compõe juntamente com mais quatro artistas o Coletivo Diadorins, e por fim, mas não menos importante é poeta e vez ou outra arrisca amadoramente no oficio de atriz.

Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 24, de setembro de 2015), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

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II Natal Viva Caldas com o Grupo Folia de Reis Mestre Joaquim Mulato



“O Grupo foi fundado no ano de 2012 por uma turma de artistas, amigos da cultura e da arte, com o intuito de saírem em visitas pelas Ruas e Sítios da cidade de Barbalha no ciclo natalino, período compreendido entre os dias 24 de dezembro e 06 de janeiro, levando o talento e a beleza em suas apresentações, quando entoam seus cânticos alegres em louvor ao nascimento do Menino Jesus e a Visita dos Três Reis Magos. Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal são comemorados por grupos que visitam as casas tocando músicas alegres em louvor aos Santos Reis e ao nascimento do Menino Jesus. O grupo se apresenta com doze pessoas, dez adultas e dois jovens, cantando e portando os instrumentos violões, atabaque, pandeirola e ganzá. Os cantos são: de 'chegada', onde o líder ou embaixador pede permissão ao dono da casa para entrar, 'saudação' ao presépio e 'despedida', quando a Folia agradece as doações e se despede.” (sinopse da divulgação do evento)
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II Natal Viva Caldas
Grupo Folia de Reis Mestre Joaquim Mulato (Barbalha-CE)
Terça-feira, 22 de dezembro de 2015, 19h
No Distrito do Caldas (Barbalha-CE).

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Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Corpo de Baile’ – Jiní



por Harlon Homem de Lacerda

Ainda no espírito de Simone “Então é natal”... tratemos de mais um texto do Corpo de Baile.

“A estória de Lélio e Lina” é um conto de fadas desses que a gente suspira, transpira, respira fundo e vai até o fim encantando-se com o sertão rosiano. Alguém pode querer tentar dizer que na literatura de Rosa só tem isso, que os personagens são mais do mesmo, desse sertão. Mas aí é que se enganam. A cada página vamos invadindo a vida dessas personagens, que não é bem uma vida, mas é algo muito parecido, e encontramos tipos totalmente novos. A fortuna crítica rosiana falou muito de Lélio, falou muito de Rosalina (até havendo quem dissesse que Rosalina era um alter ego feminino Guimarães Rosa), falou muito de Seu Senclér, falou muito de Jiní, mas não falou de Jiní como nós queremos falar dessa princesa fabulosa, que sai de uma condição de marginalidade total para, através de sua própria força, tornar-se princesa de um conto de fadas sertanejo. A atmosfera mágica desse conto, já dada pelo cachorro de Rosalina que Lélio “traz de volta” sem querer, sem saber que se tratava de uma “caçada”, é recontada por Jiní em sua trajetória. Tratemos de segui-la:

“Jiní: uma das mais maravilhas...” no tom de Canuto;

“Nem por seu irmão ser branco e a Jiní tão escura de pele. Mas porque a Jiní não dava certeza de ser honesta” no tom de Drelina;

“A Jiní estava na porta. A gente ia vendo, e levava um choque. Era nova, muito firme, uma mulata cor de violeta. A boca vivia um riso mordido, aqueles dentes que de brancos aumentavam. Aí os olhos, enormes, verdes, verdes que manchavam a gente de verde, que pediam o orvalho” no tom da vista de Lélio.

A descrição continua, chega aos proibidos de Jiní. Jiní que aguentava a cara feia de Tomé, que aguentava, aguentava aquela gente toda. Até que Jiní não aguentou mais e foi embora, com fazendeiro que lhe dera tudo. Ela usou o corpo. Usou os olhos verdes e toda a voluptuosidade que deixa os homens e mulheres cegos. Ela usou todas as armas de que dispunha para sair da marginalidade, da opressão, da condição desumana a qual o próprio narrador a colocava ao descrever suas relações com Lélio, que eram sem palavras, apenas desejo e carne – animalescas.

Muito parecido com o tom do narrador de São Marcos, o tom do narrador com Jiní estabelece uma condição de construção da personagem negra na ficção rosiana que demonstra um tom depreciativo para com ela. Nesse conto de fadas, nesses contos de ficção, a dureza da realidade ricocheteia, rechicoteia nas costas do negro que se vê representado por suas características físicas sendo o prenúncio do pecado e da perdição do branco. Não fujamos, portanto dessa discussão, que tem na princesa Jiní e em outros personagens da ficção rosiana uma página que desnuda o sertão rosiano e o sertão real como palco de atrocidades para com o povo negro. Que luta e muda, mas que precisa de muito luto ainda para deixar sua voz ser escutada.
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Harlon Homem de Lacerda é Mestre em Letras pela UFPB e Professor de Literatura Brasileira da Universidade Estadual do Piauí (UESPI - Oeiras). E-mail: harlon.lacerda@gmail.com.


Outros textos da coluna “Perspectivas do alheio” no blog O Berro:
- Dossiê João Guimarães Rosa – Cara-de-bronze: ‘Duas coisas’
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Corpo de Baile’ – Conta quem conta
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Corpo de Baile’ – O vaqueiro minino
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Corpo de Baile’ – A criança paradigma
- Dossiê João Guimarães Rosa – Seguindo a travessia
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Ruminando
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Corpo Fechado
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Toda crença tem seu santo
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Minha Gente
- Dossiê João Guimarães Rosa: ‘Sagarana’ – Marcha estradeira

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Tributo aos Beatles com a banda Rei Bulldog em Crato



Tributo aos Beatles
Com a banda Rei Bulldog
Sábado, 19 de dezembro de 2015, 22h
No João e Maria Boteco (Crato-CE)
Ingresso: R$10,00 (no local).

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‘Entrevista com o Vampiro’, filme de Neil Jordan, em exibição no Cine Café



Cine Café (com mediação e curadoria de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Entrevista com o Vampiro
Ficha técnica:
Título original: Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Anne Rice
Elenco: Tom Cruise, Brad Pitt, Christian Slater, Kirsten Dunst, Antonio Banderas, Stephen Rea, Domiziana Giordano, Thandie Newton, George Kelly
Duração: 123 minutos
Ano: 1994
País de origem: Estados Unidos

“Um vampiro do século XVIII conta sua vida desde que foi mordido pelo lendário Lestat.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 19 de dezembro de 2015, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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Recital Cariri em Juazeiro do Norte: poesia, música e artes plásticas



Recital Cariri
Poesia de Pedro Bandeira, Costa Senna, Sued Carvalho, Regiopídio, Raul Poeta, Tiago Nascimento; Exposição de Petrônio Alencar; Música com Teoria Singular; Participação especial do Coletivo Diadorins
Sábado, 19 de dezembro de 2015, 19h
No Auditório Pedro Bandeira
Rua da Conceição, 841, Centro, Juazeiro do Norte-CE
Realização: Núcleo de Arte e Cultura do PSTU.

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Teatro Infantil em Juazeiro: enceação do espetáculo ‘O Estábulo’



O Boi e o Burro, cansados de um dia de trabalho fala da agitação que foi o dia, murmuram as dificuldades de suas vidas. O espetáculo é um dueto, as personagens mergulham em suas lembranças e começam a compreender todo o clima que os cercam. Mistério e comicidade dão um tom de natividade ao espetáculo, ao descobrirem que a sua casa, um pobre estábulo, será um cenário para o nascimento do Rei Menino, eles se enchem de felicidade e tudo fica ainda mais engraçado.” (sinopse da divulgação do evento)
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Teatro Infantil
Espetáculo O Estábulo
Teatro Louco em Cena (Barbalha-CE)
Inspirado na obra O Boi e o Burro no caminho de Belém, de Maria Clara Machado
Sábado, 19 de dezembro de 2015, 16h
No Teatro do Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri
Juazeiro do Norte-CE
Entrada gratuita.

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Contação de Histórias em Juazeiro: ‘As Histórias de Livronete’



“Livronete é uma personagem que mora na cidade de Livronópolis. Cidade esta que tem a maior biblioteca do mundo. E adivinhem quem mora dentro da biblioteca? Acertou quem pensou em Livronete, porque de tanto ler virou a especialista em anedota, adivinhas e contos populares.” (sinopse da divulgação do evento)
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Contação de Histórias
As Histórias de Livronete
Simony Vieira (Crato-CE)
Sábado, 19 de dezembro de 2015, 14h
No Auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri
Juazeiro do Norte-CE
Entrada gratuita.

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Lux



por Amador Ribeiro Neto

Amanda Vital (Ipatinga-MG, 1995) cursa Letras na Universidade Federal da Paraíba e reside em João Pessoa desde 2014. É integrante do “Aedos de Declamação”, grupo que anima saraus e lançamentos de livros, além de fazer suas próprias apresentações. Lux (Penalux, 2015) é seu livro de estreia, que nos chega apresentado por 3 importantes poetas: Lau Siqueira, Marcelo Adifa e Sérgio de Castro Pinto. Este último, no posfácio, depois de tecer elogios, é o único a apontar algum senão na poesia de Amanda Vital. Com o que concordamos integralmente.

Certo sim que quem escreve orelhas, quarta capa, prefácio e posfácio, dificilmente tem como manifestar sua avaliação objetiva. Afinal, escreve-se, ali, para apresentar o livro e ganhar o leitor. E não para enxotá-lo. Desta forma, é louvável e admirável que o poeta de A flor do gol, depois de afirmar que os poemas de Amanda “estão longe de serem etiquetados, de serem meros pastiches de Cabral ou de qualquer outro poeta”, pondere com propriedade: “Amanda deve evitar um certo Leminski que confunde concentração com mera brevidade”.

É certo que Amanda Vital leva jeito pra poesia. É tão certo como afirmar que sua poesia é imatura, precipitada, irregular. Mas, ao lermos Lux, percebemos que há algo no livro que merece um retrabalho. Que necessita de um tempo de maturação. Sua poesia é de alguém que vê o mundo com olhos de adolescente maravilhada. E que não se detém no rigor da linguagem poética.

Amanda Vital busca a condensação lírica, como bem apontou o posfaciador. Seus poemas são curtos, mas não são concisos. Estão espraiados em grandes embustes verbais. Ela adora o trocadilho pelo trocadilho. Esse é um grande engano que acomete os que se propõem a fazer poesia. O trocadilho só tem funcionalidade quando faz coabitarem, no mesmo signo, som, imagem e sentido. E isto, como já nos disse Jakobson, é a confluência do eixo paradigmático sobre o sintagmático. Ou, mais: dizer o usual, mas revelando o conhecido como se fora captado pela primeira vez. Como nos ensina Chklóvski. Poesia tem de revelar este mundo. E, ao revelar, criar outro. Não pode estar colada na mesmice institucionalizada. Já disseram Octavio Paz e Jean Cohen.

Amanda Vital revela potencial para lidar com a palavra. Falta-lhe incorporar o sentimento de mundo ao mundo da linguagem.

Abrir um livro de poemas com “sonhar, acreditar, alcançar. / nessa exata sequência, / os sonhadores sonham dores / mas conquistam esperanças. // – e aqueles que não sonham? /  – da vida se desprendem, / se perdem, / não se transformam” é jogar um balde de água gelada na receptividade do leitor. Isto soa a diluição de Gonzaguinha com Raul Seixas. Ou seja: a poesia mora bem longe daqui.

Quanto aos trocadilhos pouco felizes temos: “fósforo apagado / não acende mais // é assim / uma longa amizade / quando se desfaz”. O clichê convertido em sabedoria de comentarista televisivo. Fica difícil encontrar poesia aí. Vejamos este: “óculos escuros / fazem pouco caso / do sol”. A obviedade é um dos maiores engodos para quem quer fazer poesia. O óbvio nega, por princípio, a ambiguidade. E esta, sabemos, é o norte da poesia.

Um poema bem leminskiano, e igualmente fruto da rarefação do poeta curitibano, é “sou de lua – / dependo do barulho / da minha rua”. Aí Amanda Vital quase acerta. Só erra porque clona a lição do mestre. Nestes casos, sempre o original é melhor.

A poetisa deveria seguir o que ela própria diz em “o relógio da vida / não tem alarme / nem faz alarde // mas na escrita / há o tempo / da eternidade”. Poesia pede dilatação do tempo. Tanto para ser lida como para ser produzida. O que se percebe é que Amanda Vital tem sensibilidade para o trabalho com a palavra. O que lhe faltou foi tempo para aperfeiçoar suas sacadas sobre a vida, o mundo, a literatura. Mas não há como negar que ela encerra bem o livro com “não dá pra notar / que ando sempre / virada ao avesso // sou sem costura, / sem etiqueta, / sem fim nem começo”. A inversão das expectativas, em versos que se espelham, em ritmo cadenciado, jogando com de 4 e 5 sílabas, projeta a imagem do reverso e do verso, numa construção feliz.

Talvez ela devesse ter começado o livro por este poema. E seguido nesta linha. Fica a sugestão. E a espera pela nova publicação.
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Publicado pelo jornal Contraponto, de João Pessoa-PB. Caderno B, coluna “Augusta Poesia”, dia 11 de dezembro de 2015, p. B-7.

Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.

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‘Vamos Nessa!’, filme de Doug Liman, em exibição em Barbalha



Cine Café Volante em Barbalha (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Vamos Nessa!
Ficha técnica:
Título original: Go
Direção: Doug Liman
Roteiro: John August
Elenco: William Fichtner, Desmond Askew, Scott Wolf, Jay Mohr, Sarah Polley, Timothy Olyphant, Katie Holmes, Nathan Bexton
Duração: 103 minutos
Ano: 1999
País de origem: Estados Unidos

“Na véspera do Natal, entre uma rave e outras viagens, jovens vão com tudo. Ótima pedida pra quem quer esquentar a noite de sexta-feira!” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na sexta-feira, 18 de dezembro de 2015, às 19h
No CEU Mestre Joaquim Mulato, Parque da Cidade de Barbalha-CE. Entrada gratuita.

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Show Outro Natal!: Luciano Brayner, Zabumbeiros Cariris e Ranier Oliveira



“Neste espetáculo, os artistas apresentam uma seleção de canções ligadas às tradições do ciclo natalino brasileiro. São cantos de Reisados e Folias de Reis, Lapinhas e Pastoris, adaptados e arranjados pelo grupo. Um repertório que nos traz um ambiente e uma sonoridade mais próximas das nossas origens, longe da neve e do pinheirinho, do Papai Noel, do shopping e do estereótipo europeu que consagramos embalados por belas e plangentes melodias alemãs, inglesas ou americanas. Mas ainda há outros soares. Outras trilhas, outro caminho, outra paisagem, outros sentidos e outra música.” (sinopse da divulgação do evento)
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Show Outro Natal!
Com Luciano Brayner, Zabumbeiros Cariris e Ranier Oliveira
Sexta-feira, 18 de dezembro de 2015, 19h30
No Teatro do Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri
Juazeiro do Norte-CE
Entrada gratuita.

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Cinema Nordeste Especial com Hermano Penna, em Juazeiro do Norte



“Na edição especial de dezembro, o Cinema Nordeste traz ao Cariri o cineasta cratense Hermano Penna. Na ocasião, Hermano Penna vai falar de sua produção audiovisual e exibir o seu filme mais recente, Aos Ventos Que Virão. O filme conta a história de um jovem cangaceiro que, como o fim do cangaço, decide mudar sua vida. Hermano Penna dirigiu documentários, nas décadas de 70 e 80, para o programa de televisão Globo Repórter, e é diretor do filme Sargento Getúlio, pelo qual foi premiado como melhor diretor no Festival de Locarno, Suíça, e melhor filme em Gramado.” (sinopse da divulgação do evento)
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Cinema Nordeste Especial
Com Hermano Penna
Sexta-feira, 18 de dezembro de 2015, 14h30
No Auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri
Juazeiro do Norte-CE
Entrada gratuita.

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