segunda-feira, 31 de março de 2014
Throne of Metal XVI com as bandas Blasfemador e Miasthenia, em Juazeiro
Throne of Metal XVI
Shows:
Blasfemador (Fortaleza-CE) e Miasthenia (Brasília-DF, lançando novo CD)
Sábado, 05 de abril de 2014, 22h
Na Iguatemi Shows (Juazeiro do Norte-CE)
Ingresso: R$35,00
Sorteio de CDs e camisetas; 2 (dois) stands de vendas de camisetas e CDs
Realização: Porão Rock
+ info.: (88) 3511.7527 / 3571.5100.
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Poesia que não emociona
por Amador Ribeiro Neto
E aquela velha história de que poesia tem de emocionar? Tem de mudar o mundo para que ele fique mais sustentável? Como fica? Haja pa
ciência para tantos modismos. E haja paciência para tanta emotividade à flor da pele, dos pelos, do coração arfante.
Sejamos claros. Diretos. E, quem sabe, persuasivos. Ôchiii... se a poesia não emociona, não muda o mundo, não cheira e nem fede, então pra que serve? Poesia é pra emocionar. Pra mudar o mundo. Pra desconstruir o status quo.
Mas vamos nos entender: emocionar é sentir, mudar, desconstruir. E isto deve ser feito pela “psiquêcoraçãopensamento”. Em uníssono. Diz Fernando Pessoa: “O que em mim sente está pensando”. É isto. Não é lero-lero de pagodeiros e sertanejos de plantão na porta da casa da poesia.
Poesia nada tem a ver com desejos reprimidos e viagens malucas de seus leitores. Quem quiser ler um poema e sentir falta de ar, leia-o de narinas vedadas.
Falo isto tudo porque dia destes cruzei com Um útero é do tamanho de um punho, de Angélica Freitas (São Paulo, editora Cosac Naify, 2012). Na orelha Carlito Azevedo é enfático na primeira frase: “Angélica consegue criar”. Admiro o poeta Carlito. Ele é dono de belos poemas. Mas tenho de confessar: li o livro de Angélica. Li e reli. E afirmo tão taxativamente quanto ele: “Angélica não consegue criar”.
Sua dita poesia é uma reciclagem da dita poesia marginal. Com os mesmos enganos: ela acha que faz graça. Acha que faz intertextualidade com finalidade poética. Acha que é dona de um estilo. Acha que faz poesia com os clichês do cotidiano. Não faz.
Seus poemas são quase todos macaqueação da prosa com fixação na anáfora. Como se este recurso, que consiste em repetir um termo no início, meio ou fim de dois ou mais versos, garantisse qualidade a um pretenso ritmo que ele sugere.
Até com a anáfora a Angélica barbariza. Repete-a tanto, e em versos tão absurdamente sem eira nem beira, que cansa. Cansa? Melhor dizer: satura.
Já adiantei aqui, em colunas anteriores, que o tema não entra em questão na qualidade estética da poesia. Confirmo. Mas o que Angélica faz é, no mínimo, ingênuo. Ela cismou que basta copiar frases do cotidiano mais trivial para fazer uma poesia sem solenidade. Levantou-se contra o que já era morto. Do Modernismo à Poesia Concreta, o solene foi quebrado pelo sublime. Angélica é desatualizada.
Se não apregoo solenidade em linguagem poética, também não endosso o “trivial simples” como garantia de qualidade.
Esta moça vem sendo louvada pela crítica de norte a sul. Pensei muito antes de escrever sobre seu livro. Tentei ver nela a “esplêndida tradição da poesia universal”, como afirma Carlito. Só vi “tonterías”. Sua poesia não emociona. Não cheira. Nem fede.
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Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.
Publicado pelo jornal Contraponto, de João Pessoa-PB. Caderno B, coluna “Augusta Poesia”, dia 21 de março de 2014, p. 9.
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'I Feira de troca de afetos e do desapego' na UFCA
"Traga seus bregueços que não usa mais e troque por novos usos: brincos, livros, bolsas, piranha de cabelo, anel, óculos, instrumentos musicais... qualquer coisa! Você pode trocar serviços também: Reiki, cristais, lemurianos, massagem, tarô, etc.
I Feira de troca de afetos e do desapego
Quinta-feira, dia 03 de abril de 2014, das 08h às 12h
No Pátio da UFCA (Juazeiro do Norte-CE)
Palestra de abertura: Eduardo Vivian - Pró-reitor de Extensão
L.A.T.A - Laboratório de Troca de Afetos.
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Em Juazeiro: Bazar da Dança em prol da VI Semana D da Dança Cariri
Bazar da Dança
Evento para arrecadar fundos em prol da VI Semana D da Dança Cariri
Sexta-feira, 04 de abril de 2014, das 18h às 22h
Sábado, 05 de abril de 2014, das 09h às 18h
Na Associação Dança Cariri
(Rua Conceição, 1391, Bairro São Miguel - Juazeiro do Norte-CE)
Você pode colaborar com a campanha doando um objeto até o dia 03/04/2014 ou comprando nas datas do evento.
Org.: Luciany Maria e João Batista: (88) 9616.7251 / 3512.3596.
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domingo, 30 de março de 2014
'A Família Addams', filme de Barry Sonnenfeld, no Cinematógrapho
Cinematógrapho (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme A Família Addams
Título original: The Addams Family
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Caroline Thompson, Larry Wilson
Elenco: Anjelica Huston, Raúl Juliá, Christopher Lloyd, Christina Ricci, Judith Malina, Jimmy Workman, Carel Struycken, Christopher Hart, John Franklin
Duração: 99 minutos
Ano: 1991
País de origem: Estados Unidos
"Caos e assassinato se misturam na mansão da excêntrica família Addams quando dois advogados trapaceiros tentam infiltrar um falso tio Chico (Christopher Lloyd) na família de Morticia (Anjelica Huston) e Gomez (Raul Julia). O filme oferece um elenco de qualidade e um delicioso humor macabro. (sinopse da divulgação do evento)
Exibição na quarta-feira, 02 de abril de 2014, às 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita.
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sexta-feira, 28 de março de 2014
Comemorações pelos 250 anos do Crato
No último dia 21 de março foi dada a “largada oficial” para as comemorações pelos 250 anos da cidade do Crato. Na ocasião foi revelada a marca vencedora do “Concurso Municipal Logomarca Crato 250 anos”. O trabalho vencedor, do artista Vitor Batista (que você pode conferir clicando aqui), ilustrará oficialmente os festejos programados pela Prefeitura do Crato neste ano comemorativo.
Mas como nem só de “comemorações oficiais” vive o povo de uma cidade, será um ano importante para que a efeméride inspire o sentido completo do significado de comemoração. O verbo “comemorar”, além da ideia de solenidade (festiva), tem o significado de “trazer à memória, recordar”.
Portanto, comemorar os 250 anos do Crato também significa revisitar sua história, fatos: com depoimentos e imagens, além de ressaltar as riquezas culturais, naturais, artísticas, religiosas... Será lembrar, principalmente, a história de um povo que construiu e continua a construir a cidade. Também mostrar e (re)conhecer a importância da marca histórica.
Pretendemos de alguma maneira participar desta comemoração (deste “fazer recordar”), lembrando alguns momentos da história do Crato, com seus espaços, sua gente, cultura, história, religiosidade, seus artistas, etc. Pensando, inclusive, que o passado deve ser muito mais do que um “baú de recordações”, servindo também para o aprendizado e o incentivo à constante (re)construção de um novo presente.
O Berro
Ilustração: Reginaldo Farias
Ilustração: Reginaldo Farias
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'Lola Montès', filme de Max Ophüls, em exibição no Cinemarana
Cinemarana do SESC Crato (com mediação de Elvis Pinheiro)
Mostra Max Ophüls
Exibição do filme Lola Montès
Título original: Lola Montès
Direção: Max Ophüls
Roteiro: Cécil Saint-Laurent
Elenco: Martine Carol, Peter Ustinov, Anton Walbrook, Oskar Werner, Henri Guisol, Lise Delamare, Paulette Dubost, Jean Galland, Will Quadflieg, Héléna Manson
Duração: 115 minutos
Ano: 1955
Países de origem: França, Alemanha, Luxemburgo
"Lola Montès (1821-1861), uma dançarina e cortesã do século XIX, que ficou célebre por romances escandalosos com o compositor Franz Liszt e com o Rei Ludwig I da Baviera. Dirigido genialmente por Ophüls, Lola Montès é um melodrama histórico de impressionante beleza visual. Assista e entenda porque o filme foi considerado uma obra-prima absoluta por críticos e cineastas de todo o mundo, como Jean Cocteau, Roberto Rossellini, Stanley Kubrick e François Truffaut." (sinopse da divulgação do evento)
Exibição na segunda-feira, 31 de março de 2014, às 19h
No SESC Crato-CE. Entrada gratuita.
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Cláudio Assis, do Pernambuco para o mundo...
por Samuel Macêdo
“eu comecei de antes, confeccionando fotogramas...”
O cineasta que iniciou sua carreira produzindo curtas-metragens, ganha fama internacional com seu primeiro longa, Amarelo Manga (2002). Nascido na cidade de Caruaru, agreste do Estado de Pernambuco, Cláudio Assis entra em contato com o audiovisual mediando cineclube e atuando como ator, ambos trabalhos na capital, Recife. As desigualdades sociais e os dramas das relações cotidianas são características marcantes da obra do diretor, premiado nos festivais de Berlim, Lisboa, Havana e em alguns Estados brasileiros.
A cultura pernambucana compõe a áurea da filmografia de Cláudio Assis. Baixio das Bestas (2006), seu segundo longa metragem, tem como temática a violência sexual e o machismo, realidade presente no país e bem marcada em Pernambuco. “É papel do cinema denunciar, sim”. Além de trazer conflitos não tão habituais para as telas do cinema brasileiro, o diretor acredita em um cinema engajado com os problemas sociais, por acreditar que através dessa postura pessoal e política, o espectador seja convidado a refletir sobre os atuais problemas da sociedade.
Febre do Rato (2011) é o primeiro longa em preto e branco do diretor. A própria expressão que popularmente significa inquietude, já mostra a intenção do filme e da direção. Cláudio Assis é considerado um dos grandes nomes do cinema autoral brasileiro, trazendo temas como sexo e violência e sendo sempre acompanhado de atores como Matheus Nachtergaele e Dira Paes, ambos com carreira consolidada na TV e no cinema. As cenas de sexo explícito e demais necessidades humanas ainda chocam o público romântico brasileiro.
Tendo sua produção caracterizada pelo baixo orçamento, recentemente o diretor enfrentou uma nova polêmica. Seu novo filme, intitulado Big Jato, baseia-se no livro homônimo do jornalista cearense Xico Sá e foi contemplado pelo edital de apoio a filmes de baixo orçamento do Ministério da Cultura, com o valor de até R$ 1,2 milhão por projeto. Segundo as regras, o cineasta só poderia somar mais R$300 mil ao montante. Através do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco, Claudio Assis irá receber outros R$ 467 mil, porém para utilizar os dois valores, R$ 167 mil seriam abatidos pelo Minc. Por considerar arbitrária a postura do Ministério, o filme que começaria a ser gravado nesse segundo semestre foi temporariamente cancelado por Cláudio Assis.
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Samuel Macêdo é formado em Comunicação Social (Jornalismo) pela UFCA; mestrando em Cultura e Sociedade pela UFBA. Constrói coletivamente alguns projetos de extensão, como o GEMI (Grupo de Estudos de Gênero e Mídia) e o Cine Arte Clube (projeto itinerante que exibe curtas e documentários). Curte assuntos ligados a cinema, cultura, história e gênero.
Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 08, de 30 de outubro de 2013), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.
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quarta-feira, 26 de março de 2014
Mostra de Bandas Armazém do Som 2014: entrega de material de bandas
Espetáculo 'Dançando no Fundo do Mar', com Ballare Centro de Dança
"Desenvolvido a partir da ideia de se criar uma maior consciência sobre a preservação do meio aquático e como seres humanos podemos cuidar e preservar os animais. O enredo do espetáculo trabalha de forma leve e engraçada, o que nos remete à importância dos seres aquáticos e, sobretudo a água do mar." (sinopse da divulgação do evento)
Espetáculo Dançando no Fundo do Mar
Ballare Centro de Dança (Juazeiro do Norte-CE)
Sábado, 29 de março de 2014, 15h
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte)
Entrada gratuita
Classificação: livre.
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'A Família Savage', filme de Tamara Jenkins, em exibição no Cine Café
Cine Café (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme A Família Savage
Título original: The Savages
Direção e roteiro: Tamara Jenkins
Elenco: Philip Seymour Hoffman, Laura Linney, Philip Bosco, Peter Friedman, Gbenga Akinnagbe, Debra Monk, Guy Boyd, Rosemary Murphy
Duração: 113 minutos
Ano: 2007
País de origem: Estados Unidos
"Os irmãos John Savage (Philip Seymour Hoffman) e Wendy Savage (Laura Linney) precisam se juntar para cuidar do pai doente (Philip Bosco). Separados afetivamente e geograficamente por muitos anos, os filhos de Lenny Savage pouco conhecem sobre o homem que tentam salvar." (sinopse da divulgação do evento)
Exibição no sábado, 29 de março de 2014, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.
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Em Juazeiro: 'Estados Alterados', com o Ballet Contemporâneo Rocha
"Acordamos... Perdidos... Passagem desde o inconsciente para uma consciência angustiante. Impossível voltar... Só avançar... Viver sem saber... Sem entender... E nesse caminho nos debatemos entre o equilíbrio e o caos. Estados alterados... Razão e emoção em crise... Crise existencial. Até o corpo parar... Parar de dançar... No seu debate final. Tão confuso... Tão confuso. Alguém poderá explicar... Algum dia?" (sinopse da divulgação do evento)
Espetáculo Estados Alterados
Ballet Contemporâneo Rocha (Juazeiro do Norte-CE)
Coreógrafo: Diego López
Bailarinos: Carolina Rocha, Júlia Rocha, Ianny Lima, João Batista, Andson Nascimento
Sexta-feira, 28 de março de 2014, 19h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte)
Entrada gratuita.
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terça-feira, 25 de março de 2014
Poesia da banalidade
por Amador Ribeiro Neto
Enfim, tudo é considerado poesia. Afinal, ela é a expressão da subjetividade. E nada há mais sagrado, intocável e inquestionável que a subjetividade. Cada um gosta de ser senhor de si. Principalmente quando se outorga o título de “poeta”.
Ora, a dita Poesia Marginal surge natimorta por isto mesmo. Ela creu que bastava colocar no papel o que o sujeito sentia para aquilo ser poesia. Sabemos hoje, como sabíamos já à época fatídica, que o que essa “poesia” produziu serve de documento para estudos culturais. Estudos sócio-histórico-políticos. E os cambau dos anos 70 e 80.
Não é isto é o que encontramos nos livros que buscam estudá-la? Até hoje não se escreveu neste país um único estudo, longo ou breve, que tome a “poesia marginal” como produto estético. Ela é sempre abordada como documento de uma época. Como retrato de uma geração. “Bella roba!”
Convenhamos: documento de época é jornal, é livro de história, etc.
A dificuldade mora aqui: se é poesia, tem de se constituir, antes de mais nada, como linguagem. É a especificidade da linguagem que nos revela se um texto é científico ou ficcional. Não há como negar. Ou então caímos no relativismo absoluto em que tudo pode ser tudo.
Bem, não quero me ater a discussões retóricas, na acepção pejorativa do termo. Apego-me a fatos. Tal como os biólogos se atêm às lâminas comparativas. Na poesia o que dizemos ganha significado pelo modo como é dito. E este modo é um certo cruzamento que se opera entre sons e sentidos. Roman Jakobson percebeu isto. Pra sorte da distinção entre linguagem poética e linguagem prosaica.
Não se nega que qualquer tema possa ser material poético. E nem mesmo que a mesmice possa ser poesia. Não se discute a qualidade do tema. Em poesia discute-se o tratamento que o tema recebe. O tema pode ser A ou B. Pouco importa. O que conta é que, sendo ele poesia, será revolucionário.
Oswald de Andrade e Manuel Bandeira são exemplos de que poesia pode ser feita com o mais trivial. Com o mais cotidiano. Com o mais banal. Sem deixar de ser poesia.
Nos dois poetas o sublime está no acerto com a palavra. Está no cuidado em tomar a palavra como matéria viva e vária. Está no saber rigoroso que é lírico, social e bem humorado. Bandeira compara seu amor a um porquinho-da-índia. Oswald fala que aprendeu a ver poesia com seu filho de dez anos. O que estes poetas estão nos dizendo e mostrando?
Aquilo que os “poetas marginais” não foram capazes de perceber: a poesia reside na construção verbo-sonoro-imagética da palavra. Na novidade do olhar que se surpreende com o que já conhece à beça.
Poesia é este desinstalar do leitor. Esse transmudar olhar para que veja de outro modo. Promover um insight que lhe dê prazer e a sensação de algo diferente.
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Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e de música popular. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Professor do curso de Letras da UFPB.
Publicado pelo jornal Contraponto, de João Pessoa-PB. Caderno B, coluna “Augusta Poesia”, dia 14 de março de 2014, p. 7.
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'Um Anjo em Minha Mesa', filme de Jane Campion, no Cine Arte Leão
Cine Arte Leão (em parceria com o SESC Juazeiro)
Exibição de Um Anjo em Minha Mesa
Título original: An Angel at My Table
Direção: Jane Campion
Roteiro: Janet Frame, Laura Jones
Elenco: Kerry Fox, Alexia Keogh, Karen Fergusson, Iris Churn, Jessie Mune, Kevin J. Wilson, Francesca Collins, Melina Bernecker, Mark Morrison, Katherine Murray-Cowper
Duração: 158 minutos
Ano: 1990
Países de origem: Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido
"Uma obra-prima! Baseado no relato autobiográfico de Janet Frame, o filme conta a historia de uma menina gorducha e tímida que é diagnosticada como esquizofrênica e passa oito anos em um sanatório. Para se tornar depois uma das mais importantes escritoras da Nova Zelândia. Um percurso desconcertante de uma mulher sensível que aceita a sua vida trágica tal como ela é. Uma história de esperança, sofrimento e triunfo. Premiadíssimo filme da mesma diretora de O Piano." (sinopse da divulgação do evento)
Exibição na quinta-feira, 27 de março de 2014, às 14h
Na Faculdade Leão Sampaio, Campus Saúde (Juazeiro do Norte-CE)
Aberto ao público.
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segunda-feira, 24 de março de 2014
Cordel 'Padre Cícero do Juazeiro e... Quem é ele?', de Maria Rosário Lustosa
Embalado pra viagem # 102
Cordel Padre Cícero do Juazeiro e... Quem é ele?
Autora: Maria Rosário Lustosa
1ª Edição: julho de 2002
Republicado pela Coleção Centenário - Cordéis Clássicos
Xilogravura da capa da reedição (Editora IMEPH, 2012): José Lourenço
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Que Deus do céu me inspire
E não me faça calar
Eu vou tentar responder
Essa pergunta no ar
Quem é o padrinho Cícero?
Eu vou aqui explicar.
Pergunta que não é fácil
De falar e responder
Sei que filho do Crato
Saiu de lá pra viver
Na vila de Juazeiro
Cidade que viu crescer.
Ele foi um sacerdote
Que Deus botou em seus planos
E que cuidou do Juazeiro
Como muitos soberanos
No ano de trinta e quatro
Morreu com noventa anos.
A sua vida de padre
Logo se modificou
Com o milagre da hóstia
Que o sangue derramou
Mudou todo o seu destino
E tudo se transformou.
Ele é mesmo um fenômeno
Difícil de explicar
Por mais que alguém estude
Não vai saber decifrar
Um pouco do que ele era
Eu vou agora falar.
Foi um grande patriarca
Conselheiro e confessor
É chamado de padrinho
Como terno protetor
Que a todos acolhia
Com seu carinho e amor.
Um homem inteligente
À frente de sua era
Recebeu o Juazeiro
Uma vila de tapera
E por sessenta e dois anos
Construiu uma quimera.
Juazeiro é um milagre
Que padre Cícero fundou
De pequenina cidade
Em grande se transformou
Continua recebendo
O romeiro que ele amou.
Ele fez do Juazeiro
Uma terra prometida
Amava muito esta terra
E por ela dava a vida
O romeiro que chegar
Tem por certeza a guarida.
Ele até disse uma vez:
— Filho do Crato eu sou
Mas Juazeiro é meu filho,
Assim ele se expressou
Mostrou sua sapiência
Quando se justificou.
Defender o oprimido
Foi sua maior missão
Amparou o desvalido
Com empenho de cristão
Compadeceu-se do pobre
Com amor no coração.
O Padre Cícero, a Igreja e a devoção popular (por Renata Marinho Paz)
Grifo nosso # 75
"Para o povo padre Cícero já é santo, a despeito da questão religiosa e do não reconhecimento da Igreja. Embora esta estabeleça uma série de princípios rígidos no que tange à devoção e à canonização, a religiosidade popular segue outros parâmetros. O padrinho é considerado pelo povo como sendo virtuoso, generoso, dedicado, e que, apesar de perseguido pelas autoridades diocesanas, manteve-se submisso e obediente, elementos que confirmam aos olhos do devoto sua santidade. A atitude da Igreja de promover a sua legitimação oficial tardia seria uma espécie reconhecimento de algo que o povo já teria efetivado há tempos.
Nas conversas e entrevistas que realizei com vários romeiros, entre os anos de 2001 e 2003, quando este assunto era ventilado, a reação das pessoas em todos os casos foi de considerar esse processo importante, ainda mais tendo como pano de fundo uma possível beatificação e posterior canonização do padre Cícero. Entretanto, essa legitimação oficial, embora seja relevante, acrescenta pouco à intensidade da devoção ao padrinho. Parece-me que a atitude das autoridades eclesiásticas aproxima-se muito mais de uma ratificação de algo há tempos cimentado nas crenças e práticas religiosas dos romeiros (...)."
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Renata Marinho Paz, no livro Para onde sopra o vento: a Igreja Católica e as romarias em Juazeiro do Norte. IMEPH, 2011. (Col. Centenário)
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'Filme de Amor', de Julio Bressane, em exibição no Cinematógrapho
Cinematógrapho (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Filme de Amor
Título original: Filme de Amor
Direção: Júlio Bressane
Roteiro: Júlio Bressane, Rosa Dias
Elenco: Bel Garcia, Josi Antello e Fernando Eiras
Duração: 91 minutos
Ano: 2003
País de origem: Brasil
"Em Filme de Amor, Júlio Bressane coloca em cena o mito da três graças – o Amor, A Beleza e o Prazer –, onde duas mulheres e um homem dão um intervalo em suas vidas de cotidiano medíocre para um hiato de alegria, paixão, libertação e transcedência. No mito original são três mulheres, Tália, Abgail e Eufrosina, mas Bressane optou por escalar um homem levando em conta esses 'novos tempos híbridos e heterogêneos'; e no filme eles encarnam os personagens Hilda, Matilda e Gaspar sob a lente Bressaniana. São três amigos que vivem no subúrbio e que decidem se encontrar em um pequeno apartamento num final de semana, com o objetivo de beber, conversar, sentir prazer e, principalmente, estarem juntos. Lá eles entram num estado de sonho, devido à embriaguez, que os leva a esquecer o que ocorre fora do apartamento." (sinopse da divulgação do evento)
Exibição na quarta-feira, 26 de março de 2014, às 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita.
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domingo, 23 de março de 2014
Em Juazeiro: oficina de Mosaicos 'Miçangas e Pedras', de Rogê Venâncio
"A oficina de mosaicos 'Miçangas e Pedras', do artista plástico Rogê Venâncio, propicia aos iniciantes nas artes a descoberta de um novo olhar sobre o cotidiano, sobre o mundo, utilizando a técnica artística do mosaico." (sinopse da divulgação do evento)
Projeto Oficina de Mosaicos
Miçangas e Pedras
Com Rogê Venâncio
Dias 26, 27 e 28 de março de 2014, das 14h às 17h
No SESC Juazeiro (inscrições gratuitas no Programa Cultura; vagas limitadas)
Contatos: (88) 9746.0786 / rogevenancio@hotmail.com
+ info.: (88) 3587.1065.
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Banda Cômodo Marfim na Terça Cultural
João Bosco: shows em Juazeiro e Crato
Estacionamento da Música apresenta:
João Bosco (voz e violão) em Juazeiro do Norte e Crato
Comerciário: 2kg de alimento; Usuário: R$10,00 + 2kg de alimento.
Quinta-feira, 27 de março de 2014, 20h, no SESC Juazeiro
+ info.: (88) 3587.1065.
Sexta-feira, 28 de março de 2014, 20h, no SESC Crato
+ info.: (88) 3523.4444.
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João Bosco (voz e violão) em Juazeiro do Norte e Crato
Comerciário: 2kg de alimento; Usuário: R$10,00 + 2kg de alimento.
Quinta-feira, 27 de março de 2014, 20h, no SESC Juazeiro
+ info.: (88) 3587.1065.
Sexta-feira, 28 de março de 2014, 20h, no SESC Crato
+ info.: (88) 3523.4444.
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'Desejos Proibidos', filme de Max Ophüls, em exibição no Cinemarana
Cinemarana do SESC Crato (com mediação de Elvis Pinheiro)
Mostra Max Ophüls
Exibição do filme Desejos Proibidos
Título original: Madame de...
Direção: Max Ophüls
Roteiro: Marcel Achard, Annette Wademant, Max Ophüls
Elenco: Charles Boyer, Danielle Darrieux, Vittorio De Sica, Jean Debucourt, Jean Galland, Mireille Perrey
Duração: 105 minutos
Ano: 1953
Países de origem: França, Itália
"Essa interessante história gira em redor de um par de brincos dados a uma mulher pelo seu marido e ela se vê obrigada a vender para pagar as suas dívidas. Por sua vez, o marido compra-os de novo e através da sua amante, os brincos vão parar na mão de um diplomata, por quem esta se apaixona. O destino final dos brincos fecha o círculo desta história passada em 1880, na qual a superficialidade e a instabilidade das paixões são brilhantemente descritas." (sinopse da divulgação do evento)
Exibição na segunda-feira, 24 de março de 2014, às 19h
No SESC Crato-CE. Entrada gratuita.
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sábado, 22 de março de 2014
16º Encontro de Músicos ONG Beatos
sexta-feira, 21 de março de 2014
Crato 250 Anos: escolhida a logomarca
Esta foi a logomarca escolhida para ilustrar oficialmente os festejos dos 250 anos da cidade do Crato.
A logomarca, de autoria do cratense Vitor Batista Filgueira, foi a vencedora de um concurso realizado pela prefeitura do município, que contou com um júri especial para a escolha do logotipo mais representativo.
A cidade se prepara para as comemorações dos 250 anos, que serão completados no dia 21 de junho deste ano.
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Semana SESC de Artes Cênicas 2014 - Unidade Crato
Semana SESC de Artes Cênicas 2014 - Unidade Crato
De 26 a 30 de Março de 2014
Crato-CE.
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Programação:
Quarta-feira, dia 26 de março de 2014:
10h: Esquete Beijo Beijante Beijado
Grupo Dois de Teatro
Local: Praça São Vicente
20h: Armazém do Som com a banda Dona Zefinha
Local: Estacionamento do Sesc Crato
Contação de Histórias com Bete Pacheco*
Quinta-feira, 27 de março de 2014:
18h: Espetáculo Saudade, Amada Saudade
Grupo Raios de Sol
Local: Teatro do SESC Crato
Entrada: 1kg de alimento
Esquete Quem conta um conto aumenta um ponto (Trupe dos Pensantes)*
Contação de Histórias com Bete Pacheco*
Esquete A Diferença Que Há em Mim (Grupo Cícera de Experimentos Cênicos)*
Sexta-feira, 28 de março de 2014:
17h: Espetáculo Besteiras: As aventuras de um Giullare Moderno
Cia. Circo Godot
Local: RFFSA
19h: Intervenção/Performance O nascimento do homem
Grupo de Pesquisa Penumbra
Local: Estacionamento do Sesc Crato
Sábado, 29 de março de 2014:
10h: Espetáculo Pelejas de um coração
Grupo Cícera de Experimentos Cênicos
Local: Praça Siqueira Campos
20h: Espetáculo Besteiras: As aventuras de um Giullare Moderno
Cia. Circo Godot
Local: Sesc Crato
21h: Espetáculo Bicéfalo
Grupo Poros: Pesquisa e Produção em Arte
Local: Teatro do Sesc Crato
Entrada: 1kg de alimento
Domingo, 30 de março de 2014:
19h30: Esquete Perséfone____
Rafael Barbosa
Local: Sala de Ginástica do Sesc Crato
21h: Espetáculo Joelma
Grupo Território Sirius
Local: Teatro do Sesc Crato
Entrada: 2kg de alimento.
* Escolas já previamente agendadas.
Programação sujeita a alteração.
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Um breve painel sobre o atual cinema pernambucano
por Wendell Borges
Apontado por muitos críticos como marco inicial da retomada do cinema pernambucano, a obra Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, lançada em 1996, já ditava muitas das características e da força do que viria a ser produzido nos anos subsequentes em Recife. Após essa parceria, o paraibano Paulo Caldas e o pernambucano Lírio Ferreira seguiram carreira solo, realizando produções divergentes.
Paulo Caldas dirigiu o documentário O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas, lançado em 2000, já Lírio Ferreira dirigiu e roteirizou o longa Árido Movie em 2006, quase dez anos após o lançamento de Baile Perfumado. Apesar de divergirem na temática e nos assuntos abordados, ambas as produções foram realizadas no Recife. Os cineastas realizaram mais dois longas, cada um: Caldas dirigiu Deserto Feliz (2007) e O País do Desejo (2011), o primeiro uma coprodução Brasil/Alemanha filmada no Recife e o segundo uma coprodução Brasil/Portugal encenada no Recife e em Olinda. Ferreira dirigiu um documentário sobre o compositor Cartola, lançado em 2007, e um outro documentário, O Homem Que Engarrafava Nuvens, sobre o compositor e político Humberto Teixeira, conhecido como “O Doutor do Baião”.
No âmbito do documentário atualmente também merece destaque o diretor Gabriel Mascaro, autor de filmes como Um Lugar Ao Sol (2009), Avenida Brasília Formosa (2010) e o mais recente Doméstica (2013). Ainda na ficção também merece destaque Marcelo Gomes com as obras Cinema, Aspiras e Urubus (2005) e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2009), ambas dotadas de grande força poética. Vale ressaltar que este último, inclusive, é codirigido pelo diretor cearense Karim Ainouz.
Em 2002 surgia em longas de ficção, após filmar alguns curtas, o cineasta Cláudio Assis, que recentemente finalizou sua Trilogia iniciada com Amarelo Manga (2002), seguida de Baixio das Bestas (2006) e concretizada com Febre do Rato, em 2011. Nela o diretor trabalha de forma crua e visceral algumas das mazelas da sociedade brasileira, adotando um estilo próprio que já se tornou sua marca estética.
Após o lançamento em 2013 de O Som Ao Redor, do jornalista e crítico de cinema Kleber Mendonça Filho, o cinema de Recife ganhou de vez a voz e a atenção não só do Brasil, mas de prestigiados jornais e críticos de cinema norte-americanos. Kleber Mendonça já havia lançado alguns curtas-metragens bastante aclamados como Vinil Verde (2004), Eletrodoméstica (2005) e Recife Frio (2009), além do documentário Crítico, lançado em 2008. Mas foi com seu primeiro longa que o jornalista (fundador do blog CinemaScópio) ganhou o mundo de forma mais intensa. Seu próximo longa já está com lançamento previsto para 2014 e será realizado em parceria com o produtor Juliano Dornelles.
Apesar de diferentes em suas temáticas, adotando estéticas particulares, o cinema produzido em Recife, encabeçado atualmente pelos cineastas acima relatados, já deram sua contribuição para trazer o Brasil e o Recife aos olhos do mundo. Agora só nos resta acompanhar, ver e torcer para que esta força e ousadia autoral possam ter continuidade, ajudando a crescer a motivação e reflexão para um pensamento audiovisual e cultural mais amplo em território brasileiro.
Sites consultados:
http://www.cinemapernambucano.com.br/home.php
http://www.filmeb.com.br
http://revistaogrito.ne10.uol.com.br/page/blog/2013/05/12/um-conversa-sobre-cinema-pernambucano-hoje/
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Wendell Borges é professor de Artes e Língua Inglesa e editor do blog arquivoxdecinema desde 2008.
Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 08, de 30 de outubro de 2013), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.
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VI Seminário Médico Espírita do Cariri, em Barbalha
VI Seminário Médico Espírita do Cariri
A Influência do Pensamento no Processo Saúde-Doença
Palestrantes:
Dr. Carlos Roberto - AME - Campina Grande-PB
Dr. Roberto Lucio - AME - MG
Dr. Décio Iandoli - AME - MT
Dra. Kátia Marabuko - AME - PI
Dr. Silvio Romero - AME - PE
Dr. Alexandre Staudinger - AME - Cariri
Dr. Fernando Souza - AME - Cariri
Arthur Fernandes - ACD - AME - Cariri
Amanda Oliveira - ACD - AME - Campina Grande-PB
Dias 04, 05 e 06 de abril de 2014
Local: UFCA - Faculdade de Medicina de Barbalha
Rua Divino Salvador, 284 - Centro - Barbalha-CE
Contato: (88) 3511.3682.
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quinta-feira, 20 de março de 2014
'História da guerra de Juazeiro em 1914', cordel de João de Cristo Rei
Embalado pra viagem # 101
Cordel História da guerra de Juazeiro em 1914
Autor: João de Cristo Rei
Cordel (re)publicado pela Coleção Centenário - Cordéis Clássicos
Xilogravura da capa da reedição (Editora IMEPH, 2012): José Lourenço
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Vou descrever a batalha
Da guerra de Juazeiro,
Para se vê entre a luta
De metralha e Fuzileiro
O poder de meu Padrinho
A vitória do romeiro.
Antes de travarem a luta
Meu Padrinho disse assim:
— O governo do Estado
Se revoltou contra mim,
Para tomar Juazeiro
Prender tudo e me dar fim
Mas ele está enganado
Aqui não entra ninguém
Juazeiro é todo meu
E da mãe de Deus também
Parte aqui na minha terra
O cão, não teve e nem tem.
Não tenho medo de homem
Por mais que seja graúdo,
Acima de mim só Deus
Homem rico e casacudo
Querendo me dominar
Se derrota e perde tudo.
E disse ao Doutor Floro
Vamos cavar os valados
Que Franco Rabelo vem
Com seus batalhões armados
E nós não temos trincheiras
Para enfrentar os malvados.
Então Doutor Floro urgente
Juntou o povo romeiro
E começou trabalhando
No cerco de Juazeiro
Tanto no terreno baixo
Como no despenhadeiro.
Homem, mulher e menino
Com seu ferrinho na mão
Para cavar os valados
Chegavam de prontidão
Antes que a tropa inimiga
Encostasse o batalhão.
Enquanto o povo no campo
Lutava sem ter apelo
Organizando as trincheiras
Esperando o desmantelo
No Crato já se encontrava
O batalhão do Rabelo.
Quando o Doutor Floro souber
Que a tropa tinha chegado,
Disse a meu Padrinho Cícero
Nosso reforço é tomado
A tropa já está no Crato
E nós não temos valados.
Lhe responde meu Padrinho
Não temos a quem temer,
Nossa senhora os prendeu,
E só vão aparecer
Quando eu fizer os valados
Eles veem para morrer.
Enquanto a tropa no Crato
Se encontrava em reboliço
Os romeiros nas trincheiras,
Cavavam barro maciço
Com sete dias entregaram,
A meu Padrinho o serviço.
Então meu Padrinho disse:
— Entrem nas trincheiras agora
Que os nossos inimigos
Vão chegar sem ter demora
Porém só atirem neles
Quando eu mandar sair fora.
Previnam seus armamentos
E vão tomar posição
Aguardando as minhas ordens
Esperando o batalhão
Quando for tempo eu aviso
Do combate a invasão.
Com esta ordem os romeiros
Para os valados Marcharam
Esperando os batalhões
Que sem demora chegaram
Ruflando tambor de guerra
Pras trincheiras avançaram.
Quando bradaram as cornetas
E marcharam em direção
Do povo de meu Padrinho
Ele disse a guarnição:
— Saiam foram das trincheiras
Atirem no batalhão.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Crato: show de Dudé Casado no sábado
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