domingo, 10 de junho de 2012

Índio digitalmente moderno

por Hudson Jorge

Li o artigo Índio não quer apito e sim respeito publicado no blog do Luís Nassif.

Dei de cara com algumas colocações a respeito do índio do século XXI, que caíram como uma luva em alguns questionamentos que venho me fazendo, já há algum tempo, sobre as incursões indígenas no mundo globalizado.

Um verdadeiro índio pode querer vestir calças, assistir TV ou ter um e-mail? Lugar de índio é dentro da oca fumando cachimbo da paz e se curando através de rituais de pajelança? Será que ele perde a sua identidade cultural por querer fazer parte de um mundo globalizado e moderno? Índio pode ter um namoro virtual? Uma índia brasileira pode conhecer um aborígene australiano através do Facebook, namorá-lo e com ele se casar, sem com isso, deixar de ser quem é?

Imagine aí uma grande conferência via Twitcam entre povos aborígenes de todo o mundo, cujo principal debate seria a respeito de seus direitos sobre o território onde sempre viveram e viveram seus antepassados?

Deixariam de ser índios por causa disso? Por quererem usufruir do que é moderno?

Diante disso também me cabe mais uma reflexão: os seres humanos considerados civilizadamente urbanos, estão perdendo sua condição humana e sua inclinação para o que é correto diante do progresso tecnológico? Talvez sim...

Um comentário:

  1. Boa postagem! Eu produzo um blog chamado Manifesto Pi (manifestopi.blogspot.com) e acho que temos algumas figurinhas para trocar. Faço também música, e minha música é voltada para este contexto da modernização da colonização indígena, com isso ganhei até um prêmio nacional, o projeto Pixinguinha, e pude gravar um disco inteiro direcionado a essa temática, chama-se Pau-Brasil. Baixa em www.vitorpi.com.br
    Saudações tupiniquins.

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