A lenta e sangrenta decadência de um lutador de boxe cuja alma é torturada pelo ciúme e pela brutalidade
"Martin Scorsese não vivia seus melhores dias quando resolveu fazer Touro Indomável. Seu filme anterior (New York, New York, de 1977) havia sido um fracasso de público e crítica, ele vinha sofrendo com o vício em cocaína e ainda passava por problemas no casamento com Isabella Rossellini — culpa, dizem, do temperamento explosivo e inconstante dele. Quem lhe ofereceu a ideia de filmar a história real do boxeador Jake LaMotta foi o amigo e parceiro Robert De Niro, que via no ex-campeão muito da personalidade de Scorsese. A princípio o cineasta recusou o projeto, mas acabou cedendo, com a ideia de que este seria seu último trabalho no cinema. Mais tarde, o diretor disse que De Niro salvara sua vida ao lhe tirar das drogas.
A história foi adaptada da autobiografia de LaMotta (De Niro), que narra a saga do campeão invicto dos pesos-médios na década de 1940 e sua decadência duas décadas depois, provocada por seu temperamento arrogannte, paranoico e raivoso. Em poucos segundos, o lutador poderia ir da calmaria à tempestade e socar quem estivesse pela frente. Fosse sua esposa (Cathy Moriarty), por quem nutria ciúmes doentios, fosse seu próprio irmão (Joe Pesci). LaMotta termina sozinho, gordo, mas com paz de espírito, fazendo apresentações artísticas.
Scorsese escolheu fotografar o filme em um esplendoroso preto-e-branco. Fora sua competência habitual (notável nos ângulos pouco usuais, pelo uso de câmera lenta e pela opção de filmar as lutas de dentro do ringue), vale destacar a edição de cortes rápidos da sua montadora inseparável, Thelma Schoonmaker, que ganhou um Oscar pelo trabalho. Robert De Niro também foi premiado, e esta talvez tenha sido mesmo a sua principal atuação, maior até do que Taxi Driver, principalmente por duas cenas: LaMotta batendo a cabeça na parede da prisão e chorando, e a homenagem, numa fala, a Marlon Brando em Sindicato de Ladrões (1954). Além do desempenho, o ator engordou quase 30 quilos para interpretar os anos de decadência do personagem e teve aulas por 14 meses com o verdadeiro pugilista. O título ainda recebeu oito outras indicações ao Oscar.
Na seleção de maiores de todos os tempos publicada pela prestigiada revista inglesa Sight & Sound, Touro Indomável foi eleito o melhor da década de 1980."
Revista Bravo! Especial: 100 Filmes Essenciais da História do Cinema (3ª edição, 2009).
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O filme Touro Indomável será exibido neste sábado (27-10-2012), no Cine Café do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte-CE).
Para mais informações do evento, clique aqui.
NATÁLIA CAMPOS, NASCE UMA ESTRELA...
ResponderExcluirNatália Misael Campos, 12 anos, moradora do Bairro Santa Luíza, é um talento nato. Com muita garra e simplicidade, a primogênita do casal Aline Souza Misael e Ivan da Silva Campos Jr., interpreta com louvor as canções de sua artista favorita: Aline Barros.
Esta pequena estrela começou a cantar nos cultos realizados na 5º I.P.I de Machado. Seus pais ficaram surpresos ao presenciar sua melodia encantar a todos.
Natália era aluna do C.A.I.C, e por indicação de uma amiga, foi convidada pela diretora Jomara Caproni para representar a escola num evento natalino, realizado na Praça Central, em 2010.
Acompanhada ao violão pelo professor de Educação Física, Natália foi muito aplaudida.
Em meados deste ano ela marcou presença na TV Amaral (canal online) da capital de São Paulo, e na “Pré-Marcha Para Jesus”, em Machado.
Seu maior sonho é gravar um CD com músicas próprias, e amadurecer cada vez mais a sua voz. Por isso seus pais estão em busca de alguém que possa patrocinar (investir em) seu talento musical.
“O caminho é longo e cheio de espinhos, mas com fé em Deus, vencerei”, disse.
Vídeo “Ressuscita-me” (interpretado por Natália)
http://www.youtube.com/watch?v=FVdkaMVm6Rc