quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Show com a banda AR51 em Juazeiro



Com três anos de formação, a banda AR51 começou como uma forma de diversão e, depois de algumas formações, a brincadeira virou coisa séria, com músicas mais elaboradas e grandes performances. Atualmente mais maduros e conscientes, apresentam um show vigoroso e cheio de nunances, com guitarras distorcidas, um baixo bem trabalhado no hardcore e um vocal que é todo voltado para Hard Rock/Heavy. (sinopse da divulgação do evento)

Show com a banda AR51
Quarta-feira, 31 de outubro de 2012, 19h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada gratuita
+ info: (88) 3512.2855.

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20 anos da banda Glory Fate: entrevista com o guitarrista Michel Macedo



por Luís André Bezerra

Neste ano de 2012 a banda Glory Fate, do Cariri cearense, completa 20 anos de estrada. Em 1992 surgiu como StormBringer e tem no currículo três discos lançados (todos já estampando o nome Glory Fate nas capas). Durante a trajetória foram inúmeras formações, e o time atual é composto por Makim (vocal e guitarra), Michel Macedo (guitarra), Eduardo Tavares (baixo) e Kassius Kley (bateria).

Na próxima sesta (feriado de 02-11-2012) a banda participará de mais um show em Juazeiro do Norte (para saber mais sobre o evento, clique aqui) e batemos um papo com Michel Macedo, o único membro da formação original da banda, o "dinossauro" que leva adiante o som da Glory Fate há duas décadas.


O BERRO - Reproduzimos no blog um texto que você havia publicado em 2002 na Revista Geral, contando um pouco da história do rock caririense desde os anos 80 (para ler o texto, clique aqui). E tua vivência pessoal? Como começou a se interessar por rock e resolveu aprender a tocar guitarra?
MICHEL MACEDO - Desde criança em casa eu ouvia Beatles, inclusive meu pai dizia que "tinha pago uns caras pra fazerem uma música pra mim". Aos 10, 11 anos eu já sabia que um primo (a ovelha negra da família) em Fortaleza tinha banda, e meu tio de Natal me apresentou ao Pink Floyd. Aí pronto...  Mas, na verdade, quase toda a minha família é muito musical, e para o lado do rock. Resolvi tocar guitarra quando ouvi Deep Purple. Agradeço ao [Ritchie] Blackmore pela inspiração.

Lembrando ainda a fase da sua adolescência, cita uns discos fundamentais para que o rock te fisgasse na época. E com o passar do tempo, continua achando esses discos tão bons quanto antigamente?
Eu tinha, na oitava série (aos 12 anos), uma fita k7 com RPM — Rádio Pirata Ao Vivo, uma Basf Cromo 60 minutos — e eu ouvia todos os dias. Depois ganhei um LP do Ultraje a Rigor (Sexo), que eu gostava muito das guitarras, aí comecei a gostar de Raul Seixas também, e meu tio Aldo (pai de Artur Menezes [guitarrista e bluesman]) que fazia muito tempo que não o via devido à distância, me deu, aos 13 anos um LP coletânea do Pink Floyd (Works). Esse LP caiu e quebrou, então fiquei puto e resolvi comprar todos do Pink Floyd. Graças a isso o estilo que mais me agradava na época era o rock progressivo, eu passava o ano passando fome no colégio, juntando dinheiro para nas férias viajar para Fortaleza ou Natal e comprar LPs. Clássicos dessa época pra mim eram Moving Waves (Focus), In the Court of the Crimson King (King Crimson), Trilogy (ELP), Fragile (Yes), Machine Head (Deep Purple), Aqualung (Jethro Tull), entre outros. Sim... RPM, Ultraje a Rigor e Raul Seixas nem escuto mais.

E voltando à história do Rock caririense, quais as principais mudanças do período do início da banda Glory Fate (surgida em 1992, com o nome de StormBringer) para os dias atuais? O que melhorou e o que piorou para o rock local?
Rapaz, foram inúmeras mudanças de formação — Adriano (ex-baterista) perdeu a paciência de refazer a história contando mais de 20, pelo menos. Acho que as mudanças em 99% deram uma melhorada na banda, um amadurecimento. Creio que no início a tribo era mais unida, tinha prazer em sair de casa para ouvir música e conversar. As novas gerações são meio "autistas", passam a maior parte da vida sozinhas no Facebook, achando que estão interagindo com o mundo, isso é muito esquisito.

As bandas do Cariri estão aproveitando bem o que há de novidade para a divulgação de trabalhos através da internet? Dá pra perceber uma melhor organização e planejamento de trabalho?
Creio que estão, mas hoje em dia é uma avalanche tão grande de informações que muita coisa boa se perde. Às vezes fica difícil de separar o joio do trigo.

No que a existência de espaços como SESC (Unidades Crato e Juazeiro) e Centro Cultural Banco do Nordeste têm ajudado às bandas e à formação de público na região do Cariri?
É ótimo [ter esses espaços], e ao mesmo tempo é triste perceber que perdemos os espaços públicos. Antigamente tocávamos em todas as festas populares da região, havia espaço e público sempre houve. Mas hoje em dia, não só o rock como a boa música em geral, está meio confinada a espaços fechados, longe do povão. Mas é muito bom tocar em um espaço bonito, com som bom e profissionais preparados.

O fato de as letras da Glory Fate serem cantadas em inglês já fechou algumas portas? Caso a resposta seja positiva, isso chateia de alguma forma ou sempre estiveram preparados pra isso?
Às vezes ainda nos sentimos na época da inquisição por aqui. Dizem que, cantando em inglês, fazemos propaganda do imperialismo americano (sendo que o heavy metal é [originariamente] inglês), dizem que temos que (e parece que só) valorizar as coisas da terra — sendo que dois grandes escritores brasileiros que posso citar, Machado de Assis e Ariano Suassuna, tiveram forte influência de Shakespeare. Enfim, é muita "desnocionalização". Dizem também que o rock é do demônio, e o rock, na verdade, é a única música que já tentou melhorar o mundo. Mas é isso, um povo que não lê termina acreditando em tudo. Nós cantamos em inglês porque heavy metal é pra ser cantado em inglês, assim como bossa nova só fica bom em português. Bandas de heavy metal italianas, francesas, alemãs e até de outros planetas cantam em inglês. Patriotismo é outra coisa completamente diferente.


A Glory Fate teve diversas formações e os intervalos das gravações entre os discos Tears of Freedom (2000), Bad Moon Rising (2006) e Ride on the Roller Coaster (2011) foram sempre na faixa de 5 a 6 anos. O que explica mais as mudanças de sonoridade de um disco pra outro: a contribuição e o estilo de cada novo integrante ou uma ideia de que a banda não deve ter um único estilo?
Na verdade nós estamos chegando ao estilo que queríamos desde o início (falo por mim, mas acho que o restante da banda concorda). Nós começamos tocando punk rock porque não sabíamos tocar bem — eu não gosto de punk rock. No primeiro disco [Tears of Freedom] havia em todo o país uma forte influência do Angra, que era a banda do momento, por isso tantos teclados e tal, mas eu nem gosto tanto de heavy melódico, prefiro o “tradicional anos 80”, que é o nosso estilo atual. Depois que [o guitarrista e vocalista] Markim entrou na banda, juntou a panela e a tampa, a gente se diverte muito. A demora em gravar discos é porque, em primeiro lugar, é uma chatice gravar, bom é tocar ao vivo com o povo enlouquecendo. Junta isso com o fato de também ser caro e o tempo livre que dispomos não é grande, visto que todos temos empregos, fica difícil até ensaiar muitas vezes. Acho que a melhor definição atualmente para o som da Glory Fate é dizer que parece o Running Wild — já compramos até os chapéus de pirata.

O último CD que vocês gravaram, Ride on the Roller Coaster, tem essa sonoridade do metal tradicional, mais “oitentista”. O público mais jovem da banda se interessa por esse som ou ainda se identifica mais com as composições de quando a banda flertava com um estilo mais voltado pro "heavy metal melódico"?
Esse novo CD tem tido boas resenhas, muitos elogios, mas claro que ainda tem gente que diz que prefere o primeiro. O segundo [Bad Moon Rising] eu acho que já estava chegando onde a gente queria (que é o que há nesse novo), só não gostei do som das guitarras, no Ride On The Roller Coaster está bem melhor. Nos shows a empolgação tem sido ótima! Como as músicas têm refrões pegajosos, todo mundo já aprende a cantar na primeira audição e isso é muito bom.

Quais os próximos projetos da Glory Fate? Depois de 20 anos de "teimosia" em espaços alternativos ainda há muito o que sonhar ou a motivação é apenas ter a certeza de estar fazendo o que gosta?
Tocar, se divertir, gravar, viajar, fazer novas amizades, fazer raiva a quem merece também e depois tudo isso de novo. Eu sempre costumo dizer para bandas que estão começando para não se levarem tão a sério, até porque o mercado brasileiro morreu, não existem perspectivas. Fizeram tudo errado, como sempre: abriram espaço para apenas umas duas bandas grandes e fecharam a porta para as outras, quando essas bandas grandes ruíram, acabou-se tudo. Tem também o velho problema ainda dos tempos de colônia, em que brasileiro só valoriza o que vem de fora, além do problema da mídia fazer de tudo para que pensem que rock não existe no Brasil, que só existe música que não acrescenta nada (ou que, pior ainda, aliena). Então a fórmula é seguir sem destino, aproveitando a viagem, já que não se vai pra lugar nenhum mesmo.
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Para ler uma resenha e baixar o disco Ride On The Roller Coaster, clique aqui.

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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Feriado com show de bandas de Metal em Juazeiro do Norte



Show com a banda paraibana Warcursed
Abertura com as bandas Vanity e Glory Fate
Sexta-feira, 02 de novembro de 2012, 19h
No Black Dog Rock Bar (Av. Virgílio Távora, 950 - Juazeiro do Norte-CE)
Ingresso: R$10,00.

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Exibição de 'Os Anos JK: Uma Trajetória Política' no Cinematógrapho



Cinematógrapho (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição de Os Anos JK: Uma Trajetória Política
Título original: Os Anos JK: Uma Trajetória Política
Direção: Silvio Tendler
Roteiro: Claudio Bojunga, Antonio Paulo Ferraz, Silvio Tendler
Elenco: Othon Bastos, Renato Archer, Henrique Teixeira Lott, Tancredo Neves, Magalhães Pinto, Tancredo Neves, Fidel Castro
Duração: 110 minutos
Ano: 1980
País de origem: Brasil

"O filme aborda a história do Brasil: a eleição do presidente Juscelino Kubitschek, o nascimento de Brasília, a renúncia do sucessor Jânio Quadros, a crise política, o golpe militar e a cassação dos direitos políticos de JK. O foco é a trajetória política do “Presidente Bossa Nova”, popular entre os artistas, que propunha a aceleração no desenvolvimento do país rumo à modernidade e à ocupação de um lugar entre as potências mundiais. Referência para estudantes e pesquisadores, o filme já foi visto por 800 mil pessoas e ganhou vários prêmios." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na quarta-feira, 31 de outubro de 2012, às 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita. 

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'Acossado', de Godard, na Bravo! Especial 100 Filmes Essenciais

Do papel # 18



Hoje lançamos mão de um texto sobre o filme Acossado, de Jean-Luc Godard, que será exibido na Série Nouvelle Vague, no Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (para mais detalhes sobre o evento, clique aqui). O texto foi publicado na Revista Bravo! Especial - 100 Filmes Essenciais da História do Cinema (3ª edição, de 2009). Clique na imagem abaixo para ampliar a página da revista.
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Acossado - Jean-Luc Godard
Revista Bravo! Especial 100 Filmes Essenciais da História do Cinema (3ª edição, 2009)

Com improvisação e referências que misturam o pop e o erudito, cineasta injetou oxigênio no modo de filmar

Na metadeda década de 1950, um grupo de atrevidos cinéfilos franceses, apaixonados por Hollywood e cheios de ideias na cabeça, desenvolveu a chamada "teoria do autor". Nas páginas da revista Cahiers du Cinéma, os então críticos Jean-Luc Godard, François Truffaut, Jacques Rivette, Claude Chabrol e Eric Rohmer endeusavam diretores hollywoodianos e europeus, nas obras dos quais identificavam uma assinatura e formatos narrativos que traziam modernidade à linguagem do cinema. Um dos modelos era o neorrealismo de Roberto Rossellini, que filmava nas ruas com parcos recursos de produção e sem seguir um roteiro à risca. Por meio desse exercício de admiração e de capacidade analítica, nasceu um dos movimentos mais cultuados e influentes da Europa, a Nouvelle Vague (Nova Onda), um exemplo de renovação na linguagem cinematográfica.

Desse conjunto de grandes nomes, o de Godard tornou-se o mais emblemático. Acossado é seu primeiro longa-metragem, após uma série de curtas. Ao lado de Hiroshima, Meu Amor (1959), de Alain Resnais, e de Os Incompreendidos (1959), de François Truffaut, é considerado o marco inicial da Nouvelle Vague. Trata-se de um filme acessível, ainda sem o conteúdo politicamente engajado e os quebra-cabeças narrativos que fariam o diretor se tornar, para muitas pessoas, sinônimo de chatice e pedantismo. A história parte de um argumento do amigo Truffaut: Michel (Jean-Paul Belmondo), um ladrão que rouba um carro para ir até Paris e, no caminho, mata um policial. Na capital francesa, conhece uma estudante americana, Patrícia (Jean Seberg), por quem se apaixona e que o ajuda a se esconder da polícia.

O enredo é simples, justamente para que o cineasta possa promover a ruptura com os métodos tradicionais de direção, montagem e narração. O roteiro era elaborado nos dias de filmagem, e muitos dos diálogos eram improvisados pelos atores em situações repletas de referências à cultura pop e ao universo erudito. A edição fragmentada alterna cortes velozes com sequências longas, como na conversa entre o casal no apartamento. E Godard dirige de forma anárquica, abusando da profundidade de campo, perseguindo os atores com a câmera na mão e utilizando-se quase sempre de luz natural e de locações reais. Com essa renovação, Acossado conserva o status de obra-prima que não perde o frescor.
Bravo! Especial - 2009

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domingo, 28 de outubro de 2012

'Acossado', filme de Jean-Luc Godard, em exibição na Série Nouvelle Vague



Série Nouvelle Vague: cenas de uma revolução cinematográfica
Curadoria: Pedro Martins / Mediação: Ythallo Rodrigues

Exibição do filme Acossado
Título original: À Bout de Souffle
Direção: Jean-Luc Godard
Roteiro: François Truffaut e Jean-Luc Godard
Elenco: Jean Seberg, Jean-Paul Belmondo, Daniel Boulanger, Jean-Pierre Melville
Duração: 90 minutos
Ano: 1959
País de origem: França

"Com roteiro de Truffaut e direção do cineasta mais radical do movimento, Acossado é considerado um filme emblemático da Nouvelle Vague e uma das obras fundamentais de Godard. O filme foi rodado em menos de quatro semanas e os atores só recebiam os diálogos momentos antes das gravações." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na terça-feira, 30 de outubro de 2012, às 18h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte-CE). Entrada gratuita.


 

Stevie Wonder: 40 anos do lançamento do álbum 'Talking Book'

Grifo nosso # 53



"A foto simbólica de Stevie Wonder, feita por Robert Margouleff — o cantor está usando uma túnica africana, sentado na terra e mergulhado em pensamentos — transmite a visão solitária do mundo oferecida pela trilogia de obras-primas lançadas por ele no início dos anos 70. Mas a capa (que mostra Wonder sem os tradicionais óculos escuros) também sugere que Talking Book é um álbum confessional sobre o amor e a perda, como convinha a um artista que tinha acabado de se separar (da cantora Syreeta Wright, que escreveu as letras de duas faixas lentas deste disco).

A música que abre o disco, 'You Are The Sunshine Of My Life', porém, é bem para cima, um hino ao poder redentor do amor, escrito antes da interrupção do contrato de Wonder com a Motown (nesse intervalo, ele compôs os clássicos autorais do soul que formam boa parte do disco). Mas o funk paranoico e pantanoso de 'Maybe Your Baby' (toda tocada por Stevie, com a exceção do solo do guitarrista Ray Parker Jr.) dá o tom verdadeiro e incerto do LP. 'You And I' questiona a fragilidade do amor, embalada pela sonoridade arrebatadora de seu piano mágico e do trabalho intenso de Margouleff e Malcolm Cecil nos sintetizadores. E 'Superstition', com os riffs de clavinet inspirados em Jeff Beck, mostra um olhar cínico e magoado sobre o amor livre, em cima do funk mais selvagem composto por Wonder.

O álbum fecha com uma nota de esperança, ausente do disco que lançou dois anos depois, Fulfillingness' First Finale. Em" 'I Believe', o coração de Stevie está machucado, mas sua fé no amor permanece intacta. Mais tarde, ele escreveu canções de amor que chegaram ao topo das paradas, mas nunca mais seria tão pessoal e tão cheio de mágoa e sabedoria como em Talking Book. O título se refere a um livro que fala — este livro era o coração de Stevie Wonder e falava com toda a sinceridade."

Selo | Motown
Produção | Stevie Wonder
Projeto gráfico | RobertMargouleff
Nacionalidade | EUA
Duração | 43:26
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Mark Bennett, no livro 1001 discos para ouvir antes de morrer (Editora Sextante, 2007).

Talking Book foi lançado há 40 anos: no dia 28 de outubro de 1972.

"Superstition" (Stevie Wonder):

'Rastros de Ódio': um clássico do faroeste de John Ford

Grifo nosso # 52



Rastros de ódio (The Searchers, 1956)

"Rastros de ódio começa com o plano de uma paisagem de deserto vista de dentro de uma casa. Alguém se aproxima montado em um cavalo. É Ethan Edwards (John Wayne), voltando da Guerra Civil para a fazenda do irmão no Texas. Através de uma série de olhares e gestos, percebemos que Ethan está apaixonado pela mulher do irmão, Martha (Dorothy Jordan). No dia seguinte, ele parte com um grupo de Texas Rangers em busca de índios que haviam roubado algumas cabeças de gado. Enquanto está afastado, comanches atacam a fazenda, matando o irmão e a cunhada de Ethan e raptando suas duas filhas. Por todo o resto do filme, em atos que se passam em período de cinco anos, Ethan e Martin (Jeffrey Hunter), seu companheiro de sangue indígena, cruzam o Oeste em busca das garotas.

Como John Ford transformou esse enredo simples em um dos maiores faroestes de todos os tempos? Em primeiro lugar, há o cenário. Ford rodou muitos faroestes no Monument Valley, uma região desolada na fronteira entre Utah e Arizona. As rochas de arenito erodidas são um espetáculo extraordinário, e o olho clínico de Ford para composições as investe de uma aura especial. O próprio tamanho da paisagem faz as figuras humanas parecerem especialmente vulneráveis e a vida dos colonos texanos, precária. Como é possível  tirar sustento de um lugar tão inculto e árido?

No coração da história, entretanto, está a figura de Ethan Edwards. Na intepretação de Wayne, Ethan é um colosso, devastador e indomável. Contudo, ele tem um defeito trágico. Ethan é devorado por seu ódio aos índios e fica claro que sua busca é impusldionada por um racismo implacável. Sua intenção, conforme percebe Martin, não é resgatar Debbie (Natalie Wood), sua sobrinha sobrevivente, mas assassiná-la. Na visão de Ethan, ela se contaminou de forma ireemediável pelo contato com seus raptores comanches. Aos poucos, percebemos que Scar (Henry Bradon), o chefe comanche, funciona como uma espécie de espelho de Ethan. Ao estuprar Martha antes de matá-la, Scar executou um terrível simulacro do ato que Ethan, em segredo, sonhava cometer. Assim, a ânsia deste último em matar Scar e Debbie nasce da sua necessidade de destruir seus próprios desejos ilegítimos.

A verdadeira genialidade de Rastros de ódio está no fato de ele conseguir manter a simpatia dos espectadores por Ethan, apesar de ele ser um racista homicida. Ao fazê-lo, a fita gera uma reação muito mais complexa e produtiva do que a maioria dos filmes liberais desse filão, como Flechas de fogo (1950). Em vez de pregar uma mensagem, Ford nos conduz para as complexidades da experiência americana com a diferença racial.

Há vários outros prazeres pelo caminho, entre eles uma trilha sonora maravilhosa de Max Steiner e muito humor a cargo de membros da Sociedade Anônima John Ford, como Harey Carey Jr., Ken Curtis, Hank Worden e Ward Bond. Vera Miles está excelente como Laurie, a namorada de Marty, cuja mãe é interpretada por Olive Carey, viúva do primeiro astro do faroeste de Ford, Harry Carey.

Em 1992, Rastros de ódio foi votado como o quinto melhor filme de todos os tempos em uma enquete com críticos de cinema de vários países promovida pela revista Sight & Sound. É uma honra e tanto, mas o filme de Ford faz jus a ela."

Estados Unidos (Whitney, Warner Bros.) 120 minutos. Technicolor; idioma: inglês; direção: John Ford; produção: Merian C. Cooper, Patrick Ford, C. V. Whitney; roteiro: Frank S. Nugent, baseado no livro de Alan Le May; fotografia: Winton C. Hoch; música: Stan Jones, Max Steiner; elenco: Jonh Wayne, Jeffrey Hunter, Vera Miles, Ward Bond, Natalie Wood, John Qualen, Olive Carey, Henry Brandon, Ken Curtins, Harry Carey Jr., Antonio Moreno, Hank Worden, Beulah Archuletta, Walter Coy, Dorothy Jordan.

Edward Buscombe, no livro 1001 filmes para ver antes de morrer (Editora Sextante, 2008).
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Rastros de ódio será exibido nesta segunda-feira (29-10-2012), na Mostra John Ford, no Cinemarana do SESC Crato-CE.

Para mais informações do evento, clique aqui.

sábado, 27 de outubro de 2012

'Rastros de Ódio', filme de John Ford, em exibição no Cinemarana



Cinemarana (com mediação de Elvis Pinheiro)
Mostra John Ford: Uma Lenda do Cinema

Exibição do filme Rastros de Ódio
Título original: The Searchers
Direção: John Ford
Roteiro: Frank S. Nugent, baseado no romance de Alan Le May
Elenco: John Wayne, Jeffrey Hunter, Vera Miles, Ward Bond, Natalie Wood
Duração: 119 minutos
Ano: 1956
País de origem: Estados Unidos

"Ethan Edwards (John Wayne) é um homem que parte em busca de vingança contra os índios que exterminaram sua família, ao mesmo tempo que tenta resgatar, com vida, sua sobrinha. Baseado em uma obra de Alan Le May, é um dos westerns mais clássicos." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na segunda-feira, 29 de outubro de 2012, às 19h
No SESC Crato-CE. Entrada gratuita.

Para saber mais sobre a Mostra e o diretor, leia o artigo John Ford: o cineasta que me ensinou a ver cinema. E para ler um texto sobre Rastros de Ódio, clique aqui.
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Halloween com muito rock em Juazeiro



Halloween do Black Dog Rock Bar
Show com as bandas Cimeries e Blood Storm
Sábado, 27 de outubro de 2012, 22h
No Black Dog Rock Bar - caminho do Aeroporto (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada: R$5,00 (a caráter); R$10,00 (todo de preto); R$15,00 (jeans); R$20,00 (colorido).

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Sex Pistols: 35 anos de lançamento do álbum de estreia

Grifo nosso # 51



"(...) Quando assinaram com a Virgin, após serem enxotados pela EMI e pela A&M, os Pistols já eram o centro das atenções na Inglaterra e cada passo que davam era seguido com sentimentos de (pouca) admiração e (muito) ódio. Letras sarcásticas, som alto, camisetas ultrajantes e rios de cuspes — valia tudo para expressar a raiva e a frustração de viver num país em crise aguda, com lixo se acumulando nas ruas, programas entediantes na TV, mas que insistia em manter a pompa aristocrática. (...)

Obrigado, tabloides!
'Para mim, o punk tinha ligação com movimentos artísticos anteriores, como o surrealismo, o dadaísmo e o situacionismo, que possuíam características subversivas', afirmou Reid [Jamie Reid, designer da capa do disco Never Mind The Bollocks — Here's The Sex Pistols], que dispensou a força de figuras (anti)carismáticas como Johnny Rotten e Sid Vicious para estampar na capa. 'Não era necessário colocar os rostos dos músicos', declarou. 'Eles eram muito feios de qualquer maneira'. A arte gráfica do álbum lembrava as cartas anônimas de terroristas e também se baseava nas manchetes escandalosas e exageradas dos tabloides ingleses, verdadeira instituição do país que ajudou a promover o grupo de rock como nunca antes.

'O lixo e a fúria', a antológica capa do Daily Mirror pós aparição desbocada dos Sex Pistols na TV, deu fama nacional a um grupo de jovens oriundos das classes menos privilegiadas. Ainda que soubessem criar frases de efeito (como a emblemática 'não estamos interessados em música, mas em caos'), sem as manchetes de letras garrafais os Pistols ficariam restritos aos frequentadores do circuito alternativo de música. Por sinal, a única aventura no cinema (The Great Rock'n'Roll Swindle, o Yellow Submarine do punk) não teve a mesma repercussão dos tabloides, não somente pelo fato dos Pistols estarem agonizando na época mas também porque decadência, cinismo e ultraje funcionavam melhor nas mãos da imprensa escrita britânica.

A sintonia entre atitude, moda, discurso e arte visual foi fundamental para que o estrondo dos Sex Pistols no mundo pop tivesse proporção planetária. Como ironizou [Malcolm] McLaren, 'se as pessoas comprassem os discos pela música, o rock já teria acabado há muito tempo'. O principal feito do grupo (mostrar que era possível para qualquer tapado montar a própria banda) também foi refletido por Reid na área das artes gráficas. A técnica de colagem simples, barata, chocante e inteligente de Never Mind The Bollocks — Here's The Sex Pistols era acessível para quem tivesse tesoura, cola e um jornal de ontem."

Sex Pistols | Never Mind The Bollocks — Here's The Sex Pistols
Ano | 1977
Gravadora | Virgin
Design da capa | Jamie Reid
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Revista Bizz Especial: 100 Maiores Capas de Discos de Todos os Tempos (maio de 2005).

Never Mind The Bollocks — Here's The Sex Pistols foi lançado na Inglaterra há exatos 35 anos, no dia 27 de outubro de 1977.

"Anarchy in the U.K." (Steve Jones / Glen Matlock / Johnny Rotten):

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

'Touro Indomável': direção de Scorsese e brilhante atuação de Robert De Niro

Grifo nosso # 50



Touro Indomável (Raging Bull)
A lenta e sangrenta decadência de um lutador de boxe cuja alma é torturada pelo ciúme e pela brutalidade

"Martin Scorsese não vivia seus melhores dias quando resolveu fazer Touro Indomável. Seu filme anterior (New York, New York, de 1977) havia sido um fracasso de público e crítica, ele vinha sofrendo com o vício em cocaína e ainda passava por problemas no casamento com Isabella Rossellini — culpa, dizem, do temperamento explosivo e inconstante dele. Quem lhe ofereceu a ideia de filmar a história real do boxeador Jake LaMotta foi o amigo e parceiro Robert De Niro, que via no ex-campeão muito da personalidade de Scorsese. A princípio o cineasta recusou o projeto, mas acabou cedendo, com a ideia de que este seria seu último trabalho no cinema. Mais tarde, o diretor disse que De Niro salvara sua vida ao lhe tirar das drogas.

A história foi adaptada da autobiografia de LaMotta (De Niro), que narra a saga do campeão invicto dos pesos-médios na década de 1940 e sua decadência duas décadas depois, provocada por seu temperamento arrogannte, paranoico e raivoso. Em poucos segundos, o lutador poderia ir da calmaria à tempestade e socar quem estivesse pela frente. Fosse sua esposa (Cathy Moriarty), por quem nutria ciúmes doentios, fosse seu próprio irmão (Joe Pesci). LaMotta termina sozinho, gordo, mas com paz de espírito, fazendo apresentações artísticas.

Scorsese escolheu fotografar o filme em um esplendoroso preto-e-branco. Fora sua competência habitual (notável nos ângulos pouco usuais, pelo uso de câmera lenta e pela opção de filmar as lutas de dentro do ringue), vale destacar a edição de cortes rápidos da sua montadora inseparável, Thelma Schoonmaker, que ganhou um Oscar pelo trabalho. Robert De Niro também foi premiado, e esta talvez tenha sido mesmo a sua principal atuação, maior até do que Taxi Driver, principalmente por duas cenas: LaMotta batendo a cabeça na parede da prisão e chorando, e a homenagem, numa fala, a Marlon Brando em Sindicato de Ladrões (1954). Além do desempenho, o ator engordou quase 30 quilos para interpretar os anos de decadência do personagem e teve aulas por 14 meses com o verdadeiro pugilista. O título ainda recebeu oito outras indicações ao Oscar.

Na seleção de maiores de todos os tempos publicada pela prestigiada revista inglesa Sight & Sound, Touro Indomável foi eleito o melhor da década de 1980."

Revista Bravo! Especial: 100 Filmes Essenciais da História do Cinema (3ª edição, 2009).

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O filme Touro Indomável será exibido neste sábado (27-10-2012), no Cine Café do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte-CE).

Para mais informações do evento, clique aqui.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

'Touro Indomável', filme de Martin Scorsese, em exibição no Cine Café



Cine Café (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Touro Indomável
Título original: Raging Bull
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Joseph Carter, Peter Savage, Paul Schrader, Mardik Martin, baseados na autobiografia de Jake LaMotta
Elenco: Robert De Niro, Cathy Moriarty, Joe Pesci, Frank Vincent, Nicholas Colasanto
Duração: 129 minutos
Ano: 1980
País de origem: Estados Unidos

"Robert De Niro encarna o famoso boxeador, campeão na categoria meio-pesados, Jake LaMotta, no filme que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator. A história do homem controvertido, violento e apaixonado pela vida é contada de uma maneira até então desconhecida para o cinema norte-americano." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 27 de outubro de 2012, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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'Não Pise no Step' em cartaz no Crato



Não Pise no Step
Espetáculo baseado na obra Retrato
Sexta-feira, 26, e sábado, 27 de outubro de 2012, 20h
No Teatro Adalberto Vamozi - SESC Crato-CE
Ingresso: R$8,00 (inteira) e R$4,00 (meia)
+ info: (88) 3586.9171.

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Sarau de encerramento da Semana do Livro e da Biblioteca no Crato



Sarau com Abidoral Jamacaru
Recital com os cordelistas: Luciano Carneiro, Josenir Lacerda, Ulisses Germano, Anilda Figueiredo, Bastinha Job e Ermano Morais
Encerramento da Semana do Livro e da Biblioteca do SESC Crato
Sexta-feira, 26 de outubro de 2012, 19h
No Estacionamento do SESC Crato-CE
Entrada gratuita.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Grande Encontro Solidário para arrecadar alimentos em Juazeiro



Na próxima sexta-feira (26-10-2012), o Sesc realiza, através do Programa Mesa Brasil, o Grande Encontro da Solidariedade, em Juazeiro do Norte. A programação acontece a partir das 19h, com a participação voluntária dos músicos Waldonys, Fábio Carneirinho, Luiz Fidelis e Leonardo D’Luna, conhecido como "O Poeta Iluminado".

No palco, os artistas resgatam o verdadeiro forró e aliam a tradição à ação solidária. A entrada é 2kg de alimentos não perecíveis, que serão destinados à campanha "Nossos irmãos não podem mais esperar', criada com o objetivo de auxiliar as vítimas de estiagem em 178 municípios cearenses. (sinopse da divulgação do evento)

Grande Encontro Solidário
Sexta-feira, 26 de outubro de 2012, 19h
No Ginásio Poliesportivo (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada: 2kg de alimento não perecível.

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'O Peixe', poema de Patativa do Assaré musicado por Abidoral Jamacaru

Embalado pra viagem # 80

O Peixe

Tendo por berço o lago cristalino,
Folga o peixe, a nadar todo inocente,
Medo ou receio do porvir não sente,
Pois vive incauto do fatal destino.

Se na ponta de um fio longo e fino
A isca avista, ferra-a inconsciente,
Ficando o pobre peixe, de repente,
Preso ao anzol do pescador ladino.

O camponês também do nosso Estado
Ante a campanha eleitoral, coitado!
Daquele peixe tem a mesma sorte.

Antes do pleito, festa, riso e gosto,
Depois do pleito, imposto e mais imposto.
Pobre matuto do sertão do norte!
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Patativa do Assaré

"O Peixe" musicado por Abidoral Jamacaru. Faixa do disco O Peixe, de 1997:

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Banda Nightlife realiza show de lançamento do primeiro CD autoral



Show de lançamento do CD da banda Nightlife
Abertura com a banda Tiro Certeiro (Tributo a Chico Science)
Sábado, 27 de outubro de 2012, 21h
No Pink Floyd Bar (Sítio Romualdo, Crato - Arajara)
Ingresso: R$15,00 (com direito a um CD da Nightlife)
Ingressos antecipados: Equilibrium e Fox Informática (Crato);
Porão Rock e Avalon Vídeo Locadora (Juazeiro do Norte).

"The Passion":
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

'Os Incompreendidos': filme de estreia do diretor François Truffaut

Grifo nosso # 49



Os incompreendidos (Les quatre cents coups)

"O longa-metragem de estreia de François Truffaut, Os incompreendidos, lhe rendeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes em 1959. Da noite para o dia, o jovem realizador estava no mapa da cultura cinematográfica mundial — e preparando o caminho para companheiros de nouvelle vague, como Jean-Luc Godard e Eric Rohmer, que já estavam envolvidos em seus próprios projetos de vanguarda.

Como outros cineastas da nouvelle vague, Truffaut cultivava suas principais ideias escrevendo artigos para a Cahiers du Cinéma, a sofisticada revista de cinema editada por André Bazin — que muitas vezes incentivava os críticos da publicação a perseguirem suas convicções para além das questões estéticas e filosóficas que lhe interessavam pessoalmente. Truffaut era o colaborador mais agressivo do grupo, criticando ferozmente a 'tradição da qualidade' do cinema francês enquanto formulava a politique des auteurs que encarava diretores extremamente criativos como os principais autores de seus filmes.

Os incompreendidos está repleto desse espírito do cinema personalista que Truffaut louvava como crítico. O herói, Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud), é uma versão ligeiramente ficcionalizada do próprio auteur, e Truffaut revelou posteriormente ter alimentado a intensidade da interpretação do ator de 15 anos de idade ao se unir a ele em uma conspiração pessoal contra o restante do elenco e da equipe. O mestre da fotografia Henri Dacaë filmou em locação em Paris, e Truffaut jamais hesitou em se asfastar do enredo original para transmitir detalhes emocionais de forma pungente. Uma dessas sequências se dá quando Antoine ainda em um brinquedo de parque de diversões contorcendo o corpo de uma maneira que expressa seu impulso um tanto débil de se rebelar contra as normas castradoras da sociedade. Outro exemplo disso surge no final do filme, quando a câmera de Truffaut escapa de um reformatório com Antoine, acompanhando-o ininterruptamente enquanto ele corre esbaforido para lugar nenhum e então fechando um zoom no seu rosto para capturar uma imagem de angústia existencial que é, indiscutivelmente, o momento mais pungente de toda a nouvelle vague.

Truffaut e Léaud deram prosseguimento às aventuras de Antoine em mais quatro filmes, concluindo a série com O amor em fuga, em 1979, quatro anos antes da morte prematura do diretor. Embora essas continuações tenham seu charme, Os incompreendidos continua incomparável como destilação dos mais exuberantes instintos criativos da nouvelle vague."

França (Carrosse, Sédif) 94 minutos. P&B; idioma: francês; direção, produção e roteiro: François Truffaut; fotografia: Henri Decaë; elenco: Jean-Pierre Léaud, Claude Maurier, Albert Rémy, Guy Decomble, Georges Flamant, Patrick Auufray, Daniel Couturier, François Nocher, Richard Kanayan, Renaud Fontanarosa, Michael Girard, Henry Moati, Bernard Abbou, Jean-François Bergouignan, Michel Lesignor; indicação ao Oscar: FrançoisTruffaut, Marcel Moussy (roteiro); Festival de Cannes: François Truffaut (diretor), (Prêmio OCIC).

David Sterritt, no livro 1001 filmes para ver antes de morrer (Editora Sextante, 2008).
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O filme Os incompreendidos será exibido nesta terça-feira (23-10-2012), na Série Nouvelle Vague, no Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte-CE).

Para mais informações do evento, clique aqui.

domingo, 21 de outubro de 2012

Documentário 'Onde a Terra Acaba' em exibição no Cinematógrapho



Cinematógrapho (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição de Onde a Terra Acaba
Título original: Onde a Terra Acaba
Direção e roteiro: Sérgio Machado
Elenco: Olga Breno, Carlos Diegues, Matheus Nachtergaele (narração), Nelson Pereira dos Santos, Walter Salles, Rui Solberg
Duração: 75 minutos
Ano: 2001
País de origem: Brasil

"Onde a Terra Acaba é uma homenagem ao filme que Mario Peixoto realizaria e nunca chegou a ser concluído. O roteiro foi estruturado a partir de uma montagem de trechos de diários, entrevistas e cartas do próprio Mário Peixoto, dando ao documentário um estilo autobiográfico. Além de centenas de fotos, entrevistas exclusivas de Mário Peixoto e trechos de Limite, o filme apresenta preciosidades como um making of realizado pela própria equipe de Limite, fragmentos inéditos do único rolo de filme do inacabado Onde a Terra Acaba, depoimentos de cineastas e amigos que conviveram com Mário e momentos emocionantes como a visita da atriz Olga Breno ao set de filmagem de Limite." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na quarta-feira, 24 de outubro de 2012, às 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita. 

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sábado, 20 de outubro de 2012

Lançamento de coleção de livros sobre o Padre Cícero e 'fatos do Joaseiro'

 

Lançamento de livros
Coleção Padre Cícero Romão Batista e os fatos do Joaseiro
Organização: Renato Casimiro e Luitgarde Barros
Quinta-feira, 25 de outubro de 2012, 19h30
Na Fundação Memorial Padre Cícero
Bairro Socorro, Juazeiro do Norte-CE.

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'Os Incompreendidos', filme de Truffaut, em exibição na Série Nouvelle Vague



Série Nouvelle Vague: cenas de uma revolução cinematográfica
Curadoria: Pedro Martins / Mediação: Ythallo Rodrigues

Exibição do filme Os Incompreendidos
Título original: Les Quatre Cents Coups
Direção: François Truffaut
Roteiro: François Truffaut e Marcel Moussy
Elenco: Jean-Pierre Léaud, Claire Maurier, Albert Rémy, Patrick Auffay
Duração: 99 minutos
Ano: 1959
País de origem: França

"Este filme revelou o talento do mais jovem e celebrado nome do cinema francês, o crítico François Truffaut, como diretor, aos 27 anos. Conquistou o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na terça-feira, 23 de outubro de 2012, às 18h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte-CE). Entrada gratuita.


 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Grupo Vocal Retalhos e Fuxicos faz apresentação em Crato



Retalhos e Fuxicos: grupo vocal formado por estudantes do Curso de Música da UFC (Campus Cariri) e bolsistas do PET/SESU (Programa de Educação Tutorial - Conexões de Saberes).

Numa Sala de Reboco (Músicas de Luiz Gonzaga)
Com o Grupo Vocal Retalhos e Fuxicos
Sábado, 20 de outubro de 2012, 20h
No Teatro Adalberto Vamozi (SESC Crato-CE)
Entrada: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia).
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Bandas Glory Fate e Dead Roses se apresentam em Juazeiro



Show com as bandas Glory Fate e Dead Roses
Sábado, 20 de outubro de 2012, 22h
No Black Dog Rock Bar (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada: R$5,00.
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'Intriga Internacional', filme de Hitchcock, em exibição no Cine Café



Cine Café (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Intriga Internacional
Título original: North by Northwest
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Ernest Lehman
Elenco: Cary Grant, Eva Marie Saint, James Mason, Jessie Royce Landis
Duração: 131 minutos
Ano: 1959
País de origem: Estados Unidos

"Executivo é confundido com um agente do governo por uma gangue de espiões. A partir deste mote kafkiano, ele se envolve em todo tipo de aventura e perseguição. Mais um grande clássico do mestre do suspense." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 20 de outubro de 2012, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Projeto Cantoria Mensal nesta quinta-feira em Juazeiro do Norte



Projeto Cantoria Mensal - 15ª edição
Com os poetas Francinaldo Oliveira e Jonas Andrade
Quinta-feira, 18 de outubro de 2012, 20h
No Teatro SESC Patativa do Assaré (SESC Juazeiro do Norte-CE)
Entrada: 1kg de alimento não perecível
+ info: (88) 9696.3545 / (88) 3085.1566.

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Apresentações do cantor e guitarrista Oscar em Crato e Juazeiro



Oscar apresenta o show "Revolução"

O guitarrista, cantor e compositor Oscar Arruda nasceu para a música e dela tira o alimento preciso para as descobertas da vida. No espetáculo "Revolução", o artista faz um giro em torno de si mesmo, apresentando músicas que falam de vivências pessoais, do amor, da liberdade e seus conflitos. Aqui, o rock mais do que um estilo é uma necessidade, e a guitarra é mais do que um instrumento, é uma arma. (sinopse da divulgação do evento)

Sexta-feira, 19 de outubro de 2012, 20h
No SESC Crato-CE. Entrada gratuita.

Sábado, 20 de outubro de 2012, 19h30
No CCBNB Cariri (Juazeiro do Norte-CE). Entrada gratuita.
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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Monteiro Lobato e suas múltiplas facetas no Clube do Leitor de outubro

 

Conheça Monteiro Lobato: fazendeiro, escritor, editor, agitador cultural, industrial preocupado com o futuro do Brasil, focado na saúde e educação do povo. Mais popular pelo conjunto educativo, bem como divertido, de seus livros infantis. (sinopse da divulgação do evento)

Clube do Leitor do CCBNB
Monteiro Lobato e suas múltiplas facetas

Facilitadora: Ana Beatriz Brandão
Produção/Mediação: Paula Izabela
Coordenação: Maria Isabel Leal
Sexta-feira, 19 de outubro de 2012, 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte-CE)
Entrada gratuita.

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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Oficina de gaita em Juazeiro do Norte



Oficina de gaita com Michael Arce
Sexta-feira, 19 de outubro de 2012, 14h
No Teatro SESC Patativa do Assaré (Juazeiro do Norte-CE)
Inscrições gratuitas
+ info.: (88) 3587.1065.

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Documentário 'Vlado: 30 anos depois' em exibição no Cinematógrapho



Cinematógrapho (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição de Vlado: 30 Anos Depois
Título original: Vlado: Trinta Anos Depois
Direção e roteiro: João Batista de Andrade
Elenco: Dom Paulo Evaristo Arns, Aldir Blanc, João Bosco, Mino Carta, Paulo Markun, Dilea Frate, Alberto Dines
Duração: 84 minutos
Ano: 2005
País de origem: Brasil

"No dia 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se despede da mulher, Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão política do regime militar, para prestar depoimento. Clarice questiona se ele deve se apresentar: vários amigos estão presos e sabe-se que são torturados. Mas Vlado se recusa a fugir; pondera que é um homem transparente, alheio à clandestinidade. No fim da tarde do mesmo dia, sua família e amigos recebem a terrível notícia: o jornalista está morto e, segundo fonte oficial, suicidou-se na prisão. O filme revela a trajetória de Herzog, desde a infância na Iugoslávia até sua posse como diretor de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo. A reação de Clarice, dos amigos e da sociedade, recusando a farsa montada para justificar a morte do jornalista, tornou o fato um marco na luta pela redemocratização do país." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na quarta-feira, 17 de outubro de 2012, às 19h
No SESC Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita. 

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Disco 'Can't Buy a Thrill', do Steely Dan, na Discoteca Básica da Revista Bizz

Do papel # 17

Neste mês de outubro de 2012, o primeiro disco do Steely Dan, Can't Buy a Thrill, completa 40 anos (fontes não muito precisas datam seu lançamento no dia 15 de outubro de 1972). De qualquer forma, 40 anos depois (15 de outubro de 2012) compartilhamos um texto da Discoteca Básica, da Revista Bizz 111 (outubro de 1994), assinado por Fernando Naporano, falando sobre esse disco que é um clássico da música pop.


Discoteca Básica
Can't Buy a Thrill (Steely Dan)


Eles detestam os palcos, as entrevistas e os fotógrafos. Amam jazz, literatura beat, perfeccionismo e sexo.

O nome foi afanado dos dildos de borracha que povoavam o livro The Naked Lunch (Almoço Nu aqui no Brasil), de William Burroughs. E a ideia inicial era fazer um pop simples, que se tornaria sofisticado com o passar dos anos.

Dito e feito: quando em meados de 72 iniciaram as gravações de Can’t Buy a Thrill, já possuíam um grau de sofisticação pouco comum aos grupos de caráter pop da época — como The Grass Roots e Three Dog Night, além de já terem tocado em várias bandas e composto para muita gente.

O Steely Dan — que voltou após um hiato de treze anos — é uma verdadeira instituição musical. Os donos do império são Donald Fagen (teclados/baixo) e Walter Becker (guitarra/baixo/vocais ocasionais), dois caras excêntricos que recrutaram caros e respeitados músicos de estúdio para o grupo.

Numa discografia composta somente por quinze singles e sete álbuns, eles conseguiram vender mais de 50 milhões de discos e Can’t Buy a Thrill não foi apenas o pontapé inicial deste sucesso, como também a obra que veio a definir a concepção musical do duo.

Ou seja, a subversão de incorporar harmonias jazzísticas a tessituras pop, adicionando pitadas de som latino, ecos de soul music e sombras de Traffic e de The Band. Assim, geraram uma técnica muito específica de tornar viável o que poderia ser insólito.

A arte da transfiguração comandada por Becker e Fagen contou com a ajuda preciosa das guitarras de Jeff Baxter (ex-The Fugs, ex-Ultimate Spinach) e de Denny Dias (que mesclava Santana com bepop), mais a precisão rítmica da bateria de Jim Hodder (ex-The Bead Game) — que emprestou seus vocais a uma das canções, "Midnite Cruiser", um tributo ao jazzista Thelonious Monk.

Neste álbum apareciam alguns dos maiores hits do Steely Dan: canções como "Do It Again", "Reelin' In The Years" e "Dirty Work" (onde os vocais principais ficaram com o tecladista David Palmer, pois Fagen morria de medo de ser um cantor.

Quanto às letras deles, eram imagéticas e bizarras — Becker explicou, na época, que “elas evocavam sensações esquecidas”. Que tal então despertar arrepios dos anos 70 ao reouvir Can’t Buy a Thrill — e também todos os eus geniais sucessores que foram lançados pelo Steely Dan?
Fernando Naporano

Performance:
Ano de lançamento: 1972
Produção: Gary Katz
Faixas: "Do It Again", "Dirty Work", "Kings", "Midnite Cruiser", "Only a Fool Would Say That", "Reelin' In The Years", "Fire In The Hole", "Brooklyn (Owes The Charmer Under Me)", "Change Of The Guard", "Turn That Heartbeat Over Again"
Notas: O título do álbum foi extraído de um verso de Bob Dylan — "Well, I ride on a mail train, baby/Can’t buy a thrill" ("Bem, eu viajo em um trem postal, baby/Não posso comprar uma emoção";
O disco foi gravado no histórico Village Recorder, em Los Angeles;
O single “Do It Again” vendeu cerca de um milhão e meio de cópias;
As notas de apresentação na edição original do álbum foram assinadas por um tal de Tristan Fabriani, que na verdade era um pseudônimo do duo
Formatos: Disponível nos EUA, na Europa e no Japão, em sua versão original e também na caixa Citizen Steely Dan: 1872-1980 (MCA), que reúne os sete álbuns e uma faixa inédita. No Brasil, em vinil estava fora de catálogo, mas saiu em CD recentemente, lançado pela MCA/BMG-Ariola.
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"Do It Again" (Walter Becker/Donald Fagen), ao vivo:

domingo, 14 de outubro de 2012

Sonora Brasil destaca a sanfona de oito baixos em shows no Crato e Juazeiro



Sonora Brasil - Circuito 2011/2012 - Sotaques de Fole
Truvinca e Grupo (PE)
Entrada gratuita.

Quinta-feira, 18 de outubro de 2012, 19h, no SESC Crato-CE
+ info: (88) 3523.4444

Sexta-feira, 19 de outubro de 2012, 19h, no SESC Juazeiro-CE
+ info.: (88) 3587.1065.

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David Bowie: 35 anos do lançamento do álbum "Heroes"

Grifo nosso # 48

"Em "Heroes" — a segunda parte da 'trilogia de Berlim' —, seguindo  a trilha descoberta em Low, David Bowie continuou sua gradual reintegração à humanidade. Renovado por um período libertador como tecladista na turnê Idiot, de Iggy Pop, Bowie tinha ido morar com ele em Berlim Ocidental. Livre, pelo menos em parte, das drogas, a dupla fez uma imersão na degradada vida noturna da cidade, evitando, de forma milagrosa, voltar aos velhos hábitos.

"Heroes" confere à trilogia um esplendor decadente, com sua capa dramática e artística em preto e branco e com seus títulos de músicas sombrios, claramente inspirados no novo lar. Se Low mapeava a paisagem interna da psique caótica de Bowie, "Heroes", como The Idiot (1977), de Iggy, é todo sobre Berlim, dos frequentadores dos clubes de 'Blackout' ao deprimente bairro dos imigrantes turcos de 'Neuköln'.

O álbum conta com vários músicos que tocaram em Low (o produtor Tony Visconti, o colaborador Brian Eno, o guitarrista Carlos Alomar e seção rítmica de George David e Dennis Davis) e foi gravado no verão de 1977 nos estúdios Hansa, um antigo salão de bailes da Gestapo perto do Muro de Berlim. Eno, Visconti e Bowie depuraram a poderosa atmosfera do local enquanto olhavam a Guarda Vermelha no Checkpoint Charlie.

Como Low, "Heroes" mistura canções pop vanguardistas com música ambiente instrumental. A influência de Eno se faz presente na faixa-título, uma canção de ritmo pesado, no estilo do Velvet, suavizada pela guitarra leve e inspirada de Fripp. 'Heroes' ganhou novo contexto ao ser apresentada no Live Aid, em 1985, e seu atual status de preferida das grandes multidões não corresponde à complexidade do álbum ao qual deu nome."

Selo | RCA
Produção | David Bowie, Tony Visconti
Projeto gráfico | Sukita
Nacionalidade | Inglaterra
Duração | 40:21
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Mark Bennett, no livro 1001 discos para ouvir antes de morrer (Editora Sextante, 2007).

"Heroes" foi lançado há exatos 35 anos: no dia 14 de outubro de 1977.

"Beauty and the Beast" (David Bowie):

sábado, 13 de outubro de 2012

'Os Amantes', filme de Louis Malle, em exibição na Série Nouvelle Vague



Série Nouvelle Vague: cenas de uma revolução cinematográfica
Curadoria: Pedro Martins / Mediação: Ythallo Rodrigues

Exibição do filme Os Amantes
Título original: Les amants
Direção e roteiro: Louis Malle
Elenco: Jeanne Moreau, Jean-Marc Bory, Alain Cuny, Judith Magre
Duração: 88 minutos
Ano: 1958
País de origem: França

"Entediada com o marido e com o amante, uma mulher de meia-idade se vê tentada a fugir com um jovem que lhe dá uma carona quando seu carro quebra na estrada."

Exibição na terça-feira, 16 de outubro de 2012, às 19h
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte-CE). Entrada gratuita.

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"Quando lançado, o filme causou muita polêmica entre setores conservadores da sociedade e a fúria da Igreja Católica em todo mundo. A obra de Malle teve problemas para ser exibido em vários países, dentre os quais a França, os Estados Unidos e o Brasil. Jeanne Moreau, que estrelara Ascensor para o Cadafalso, do mesmo diretor, novamente foi a musa desta ousada obra. A atuação da estrela do cinema francês escandalizou seu país." (fonte: Wikipedia)

 

Grupo vocal Retalhos e Fuxicos se apresenta em Juazeiro



Retalhos e Fuxicos: grupo vocal formado por estudantes do Curso de Música da UFC (Campus Cariri) e bolsistas do PET/SESU (Programa de Educação Tutorial - Conexões de Saberes).

Numa Sala de Reboco
Com o Grupo Vocal Retalhos e Fuxicos
Terça-feira, 16 de outubro de 2012, 20h
No Teatro SESC Patativa do Assaré (SESC Juazeiro do Norte-CE)
Entrada: 1Kg de alimento não perecível
+ info.: (88) 3587.1065.
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Retalhos e Fuxicos - "Asa Branca":
 

Retalhos e Fuxicos - "Numa Sala de Reboco":

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

'Sangue por Glória', filme de John Ford, em exibição no Cinemarana



Cinemarana (com mediação de Elvis Pinheiro)
Mostra John Ford: Uma Lenda do Cinema

Exibição do filme Sangue por Glória
Título original: What Price Glory?
Direção: John Ford
Roteiro: Phoebe Ephron e Henry Ephron, baseados em peça de Maxwell Anderson e Laurence Stallings
Elenco: James Cagney, Corinne Calvet, Dan Dailey, William Demarest
Duração: 111 minutos
Ano: 1952
País de origem: Estados Unidos

"Durante a I Guerra Mundial, o capitão Flagg e o sargento Quirt, rivais de longa data, são designados para lutar na mesma unidade. A rivalidade aumenta quando passam a disputar a atenção de Charmaine, a filha do dono de uma estalagem local." (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na segunda-feira, 15 de outubro de 2012, às 19h
No SESC Crato-CE. Entrada gratuita.

Para saber mais sobre a Mostra e o diretor, leia o artigo John Ford: o cineasta que me ensinou a ver cinema.
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ouça 'Doom and Gloom', música inédita dos Rolling Stones

Embalado pra viagem # 79

No player abaixo você escuta a música "Doom and Gloom", gravação inédita dos Rolling Stones, gravada especialmente para integrar e divulgar a coletânea GRRR!.

Com mais de 50 anos de carreira, a banda mostra vitalidade num som de primeira!! Confira:

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Grifo nosso # 47

"Billboard - Fazer turnê com uma megaprodução dessas [turnê The Wall Live], por mais artístico que seja, representa as circunstâncias que o inspiraram. É claro que a ironia disso não passou batida...

Roger Waters - Não, mas sinto que consegui transcender os problemas do muro entre mim e o público, por isso esse trabalho é teatro rock'n'roll em suas mais elevada forma e expressa a existência de todos os outros muros do qual falei: os muros da mídia, os muros do governo, os muros da religião, os muros de todos os tipos de extremismo e todos esses muros que existem entre os seres humanos. Essa mensagem é transmitida de maneira muito poderosa. A música 'Us and Them', de Dark Side Of The Moon, para a qual Rick [Wright] compôs lindas partes e eu fiz a música em cima, é muito simples, mas expressiva sobre como me sinto a respeito da desconexão entre 'us and them' de forma muito eloquente. Meu ponto de vista é que não existe 'nós e eles'. A diferença entre 'nós e eles' é acidental, uma questão geográfica. Então, não importa se somos radicais muçulmanos ou extremistas cristãos malucos de direita em algum lugar do Meio-Oeste americano, isso depende totalmente de onde nascemos e do que nossos pais nos ensinaram. Isso se partirmos do princípio de que há um grande plano, coisa que não acredito. Se existe um plano, do meu ponto de vista, se Deus tiver planejado tudo e feito isso, ele não criaria extremistas muçulmanos na Arábia Saudita e extremistas cristãos no Kansas. Isso não seria evidência de seu trabalho. É a diferença entre todas essas posições extremas que me leva a crer que não há uma mão que nos guie."
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Roger Waters, em entrevista publicada pela Revista Billboard (Brasil), edição 34, setembro de 2012.

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