terça-feira, 27 de março de 2018

‘Identidade’, de Daniel Francoy



por Amador Ribeiro Neto

Daniel Francoy (Ribeirão Preto, 1979) é graduado em direito e trabalha no Poder Judiciário do Estado de S. Paulo. O terceiro lugar no Jabuti 2017 é seu com Identidade (Bragança Paulista: Urutau, 2016). Até então só fora publicado em Portugal. É autor de Calendário (Lisboa: Artefacto, 2015) e Em cidade estranha / Retratos de mulheres (Lisboa: Artefacto, 2010).

A poesia brasileira contemporânea, em parte, vai muito bem. Nomes (de poetas vivos) como Adélia Prado, Ademir Assunção, Adriano Espínola, Alberto Lins Caldas, Alexandre Guarnieri, Alice Ruiz, Antonio Vicente Seraphim Pietroforte, Arnaldo Antunes, Carlos Ávila, Cazé Lontra Marques, Delmo Montenegro, Flávio Castro, Frederico Barbosa, Glauco Mattoso, Lau Siqueira, Líria Porto, Márcia Maia, Marco Lucchesi, Marcos Siscar, Maria Lúcia dal Farra, Paulo Henriques Britto, Rodrigo Garcia Lopes, Ronald Polito, Rosana Piccolo, Ruy Proença, Sérgio de Castro Pinto, Simone Andrade Neves, Susanna Busato, Virna Teixeira, Zuca Sardan, dentre outros, comprovam sua aprumada materialidade. E, sem dúvida alguma, o maior de todos: Augusto de Campos.

Presentemente novo nome vem juntar-se a estes já grandes: Daniel Francoy. Sua poesia é potente: seduz o leitor ao primeiro contato. É arquitetada na mais elaborada linguagem. E, coisa rara, desenha rico universo de reflexão sobre o mundo e os sentimentos.

Esta poesia opera uma operação algébrica: sublime materialidade da palavra + densa argamassa das ideias + exata musicalidade.

Ao lê-la, o leitor sente o impacto que a grande arte provoca: o que é lido ergue-se em inusitadas configurações. Ainda que cotidianas. Ainda que vistas e entrevistas pelas janelas de todos os dias.

Eis onde reside um dos méritos de sua obra: no vértice da mais refinada poesia entretecida por um rol de ideias, preenchido de significados, significações e significantes. Quer seja: a palavra em sua dimensão absoluta: o vocábulo em si, seu uso figurado e imagético (no caso, imagem marcadamente musical).

Esta poesia segue na contramão da pauperização da linguagem. Insubordina-se contra a debilitação das reflexões. Tem gana, força e coragem de guiar-se contra a mesmice cristalizada (e aplaudida) por grande parte da produção poética brasileira contemporânea.

A poesia de Daniel Francoy é rigor associado à leveza. Encanta. Arrebata. Ela desconstrói imagens, pensamentos e ritmos descoloridos pela voracidade da comunicação rápida e barata. Insurge-se, com ousadia, contra as expectativas do mercado editorial e as dos leitores acomodados. E ainda mais: à afronta da ironia, da irrisão, do cinismo, no niilismo, da antipatia contrapõe a ternura. A ternura de uma visada ao mesmo tempo branda e dura.

Branda, na amorosidade com que revela o mundo e os sentimentos. Dura, na honestidade de tomar a vida sem os torneios dos enfeites. Sem os contornos das dissimulações. Tal procedimento instiga o leitor empenhadamente sério, o leitor-contra (ao gosto de Cabral e Augusto), o leitor-sensível (ao gosto de Adélia e Bandeira).

A poesia de Daniel Francoy sabe erguer-se na fronteira do necessário e do honesto. Cavouca fundo sem temer que tipo de verdade que possa encontrar. E, ao encontrá-la, não a revela com a fúria das bombas. Antes: inesperados maravilhamentos cotidianos desabrocham. Lição de poesia para todo aluno-leitor receptivo à outra alfabetização. Aquela que prioriza a sensibilidade do sujeito dentro (e ante) o mundo.

Sim, a força desta poesia impõe-se como novo e necessário aprendizado. Depois de lê-la, uma missão impossível se apresenta: esquecê-la. Como a descoberta de um novo amor, ou a morte súbita de outro, sua experiência perfura e perpassa o corpo, a memória, a cabeça, o coração. Aquilo que se sabe de arte e de poesia é posto em suspensão. E adentra-se a galáxia de epifanias: aclaramento cru do mundo e da história. Descoberta de si através das luzinhas da estrela-poesia (dentro da noite escura da vida).

Há na poesia de Daniel Francoy laivos de T. S. Eliot e de Fernando Pessoa. Naquilo que ambos têm de feliz associação entre filosofia e linguagem. Com o adendo: Daniel Francoy dialoga com estes dois grandes mestres, porém a voz que canta – poderosa e de timbre único – é a de novo poeta. Novo na idade. Novo na experiência das publicações. Novo no patamar que passa a ocupar na cena de nossa poesia. Novo na força de uma nova poesia que nasce no Brasil.

O leitor terá percebido que vivo o fascínio causado pela poesia de Daniel Francoy. Por isso compartilho esta descoberta de imensos prazeres e singular identidade.

Transcrevo poemas do livro Identidade.

ABRIL

De todos os meses, abril
é o que melhor me ludibria:
não há segunda vida — as pradarias
ainda são terra queimada
e o orvalho que virá, noite alta,
será mais cruel para as raízes
do que o gelo misturado ao barro.

Ainda cansado. Ainda com os olhos
batidos pelo calor mais antigo
e pelas sombras mais viscosas: espectral
voz marítima em cidade distante do mar.

A voz do luar — impuro delírio.
A voz do que naufragou e foi levado
pelos torvelinhos: cabelos com gosto de sal,
o coração tocando melodias alucinadas,
as frutas ácidas que perderam o sabor,
um preço muito alto ou muito ínfimo pelo amor.

Assim entro em abril. Assim o azul sem nuvens
se abre como uma terra sem máculas, uma terra
lavrada para o que nunca nasceu.
Assim os dias retornam à repetição:
as nuvens surgem à tarde, ora ventos exíguos,
ora redemoinhos de terra escarlate;
ora o que está distante parece próximo,
ora o que está presente mal se sente.
Assim as noites se desprendem
de um esbrasear fugidio: as estrelas são chama branca
e branca névoa sopra por entre as ruas quietas.
Todos sentem sono. Todos se enrodilham
a uma mágoa que parece suave,
a uma tristeza de voz débil,
a um doce tédio que mal volve os olhos
para as mortas raízes entre a terra revolvida.

CLARIDADE

Se ao menos não houvesse dúvidas:
é aquela hora de bruma e de medo
e a relva, amanhecendo úmida,
tem como raízes vísceras misturadas.
Se ao menos soubéssemos: sob o luar
Joana D’Arc é queimada e ascende
ainda mais translúcida do que a brisa
desfeita pela fuligem — é aquela hora
de árvores inertes e muros ensanguentados.
Se ao menos contemplássemos: arde
a cidade e somos nós os saqueadores,
nós os negros, nós os gregos, nós as troianas
deixadas ao estupro, aterrorizadas
por uma suspeita que jamais se confirma.
O que será esse rumor? Ratos
correndo no forro dos telhados ou torvelinhos
de vento uivando durante a madrugada?
Se ao menos uma palavra nomeasse
a pedra escura queimando o peito —
mas não: é meio-dia, faz sol
e a praça central se afoga em claridade.


DEZEMBRO

Tão baixo, possível, familiar,
o luar é apenas sujeira no céu.
Ainda mais abaixo, há grilos, mosquitos,
morcegos, a água barrenta
de um riacho, a doçura
dos frutos rachados pelos vermes
e também a aspereza
em rostos que o tempo tratou
como pedra que nunca foi movida.
Não fui uma ave migradora
e há rios que deixam de fluir
sem encontrar algo maior.


NA FRONTEIRA ÚLTIMA DA CIDADE

Acordo e o que existe de opaco, no sono,
perdura no primeiro instante:
o eco da chuva vinda na madrugada,
o bafio seco, o ar exaurido, a fria luz
do começo do sol. A fria luz e o alvorecer
semelhante à neve suja.

Acordo e o que existe de torpor
permanece nos primeiros movimentos:
levantar-me,apartar-me
do corpo que ao lado dorme, lavar-me,
promover o encontro da pele ferida
com o vento tornado áspero,
com o branco céu que recrudesce.

A cidade é um galpão de tetos baixos e luzes mortiças.
O fumo dos cigarros. O fumo dos motores.
Voltar a dormir durante a viagem de ônibus
e contemplar a paisagem entre lapsos
de consciência:
o rio é mais lama do que água
e no entanto o rio
é para onde fogem os animais mutilados

A cidade é um galpão de paredes de vidro
e o calor fere os olhos ao atravessá-la
e rebrilha quando o céu deixa de ser branco.
Nunca passei por esta estrada
e não vi ao menos uma árvore coroada de flores
em exaltado esplendor.
Como se um deus estivesse ferido
no coração pela ponta de uma lança
e não mais deixasse de sangrar.
Ainda quando o dia é estio, ainda
quando o céu é limite incendiado,
a perpétua agonia de um deus que não morre
é o que explica a coroação alcançar fevereiro,
quando o calor já calcinou todas as raízes.
Na fronteira última da cidade e mais além
estão os ipês e me pergunto
se o amor, com a sua natureza bravia,
terá a mesma permanência.


AUTORRETRATO

Diante de mim, na parede
em que aparecem os primeiros sinais
do tempo infiltrado, há uma prateleira
ainda por arrumar.
Virá alguém um dia e dirá
é uma casa com a beleza
das ruínas e então
serei como qualquer pessoa que morreu
quando eu ainda não era nascido.

Em tempo – Notícia boa: o poeta tem novo livro no prelo. Aguardemos.
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Amador Ribeiro Neto é poeta, crítico literário e professor titular do curso de Letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Publicou, entre outros livros, Lirismo com siso: notas sobre poesia brasileira contemporânea (crítica), Ahô-ô-ô-oxe (poesia), Muitos: outras leituras de Caetano Veloso (crítica) e Barrocidade (poesia). Mora em João Pessoa (PB).

Textos recentes de Amador Ribeiro Neto no blog O Berro:
- A arquitetura das constelações
- for mar
- Poema das quatro palavras
- Hinos Matemáticos
- Dois olhos sobre a louça branca
- Alarido
- Tudo (e mais um pouco)
- Cadela prateada
- A nova antologia da Adriana Calcanhotto
- Em pauta, Pedro Osmar

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sábado, 17 de março de 2018

‘A Costela de Adão’, filme de George Cukor, em exibição no Cine Café



Cine Café do CCBNB Cariri (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme A Costela de Adão
Ficha técnica:
Título original: Adam's Rib
Direção: George Cukor
Roteiro: Ruth Gordon, Garson Kanin
Elenco: Spencer Tracy, Katharine Hepburn, Judy Holliday, Tom Ewell, David Wayne, Jean Hagen, Hope Emerson, Eve March, Clarence Kolb, Emerson Treacy, Polly Moran, Will Wright
Duração: 101 minutos
Ano: 1949
País de origem: Estados Unidos

“Adam Bonner e Amanda Bonner formam um casal de advogados que terão que se enfrentar nos tribunais em lados opostos. Com Spencer Tracy e Katharine Hepburn em atuações magistrais.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 17 de março de 2018, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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sexta-feira, 16 de março de 2018

Samira Makhmalbaf



por Jade Luiza

Sou declaradamente apaixonada pelo cinema iraniano, desde quando descobri Onde fica a casa do meu amigo? (Dir.: Abbas Kiarostami, 1987). Apesar de isso parecer assim tão “cult”, olha, não foi fácil lidar com uma linguagem cinematográfica tão diferente dos filmes ocidentais com os quais estava, talvez, mal acostumada; tanto que tive que ser desafiada a conhecer as produções de Samira Makhmalbaf. Seus filmes estavam numa lista de uma campanha da internet chamada #52FilmsByWomen; a proposta é simples: assistir, toda semana, durante um ano, um filme dirigido por uma mulher.  O primeiro filme da minha lista foi A Maçã, dirigido e roteirizado por Samira quando ela tinha apenas 18 anos e que lhe rendeu diversas premiações, além de ter sido a mais jovem cineasta a concorrer no Festival de Cannes.

É verdade que desde a infância Samira, assim como seus irmãos, teve contato direto com o cinema através do pai, o renomado cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf, co-roteirista de A Maçã, cujo o roteiro foi feito depois do início das filmagens. O filme foi idealizado a partir de um caso verídico que virou manchete em alguns jornais iranianos no final dos anos 90: duas garotas gêmeas de 13 anos permaneceram trancadas em casa pelos pais durante 11 anos de suas vidas. Seguindo um formato corriqueiro no cinema persa de unir ficção ao documentário, as personagens não são protagonizadas por atores, mas sim pelas próprias pessoas que vivenciaram aquela história, e Samira optou por não definir detalhadamente os diálogos no roteiro. O filme também retrata o processo de ressocialização das gêmeas e faz uma metáfora sobre a condição das mulheres iranianas.

Às Cinco da Tarde é outro filme roteirizado e dirigido por Samira e foi o primeiro filme rodado em Kabul depois da queda do Talibã no início deste século. A relação entre o Afeganistão e o Irã tem um histórico de muitos conflitos, isto pode ter sido mais um desafio para a cineasta persa que decidiu escrever e dirigir um filme sobre a situação da mulher afegã. O filme acompanha a trajetória de Noqreh (Agheleh Rezaie), uma jovem que diante das proibições do pai passa a ir à escola escondida, e é lá, durante um debate sobre o futuro afegão, que ela passa a sonhar com a ideia de ser presidente de seu país. Ressalto: este não é um filme fácil; os cenários estão em ruínas e as personagens, os refugiados, são vistas constantemente em situação de miséria. Mas é preciso atinar para as sutis resistências da protagonista: tirar a burca, calçar saltos, posar para fotos e até mesmo se permitir conhecer os poemas de Federico Garcia Lorca, um destes que inspirou o nome do filme.

Mesmo com todos os prêmios e o privilégio de Samira em compor uma família de cineastas, mulheres fazendo filmes - não só no Irã, mas em todo o mundo, eu diria – encontram uma série de dificuldades em todas as etapas, desde sua produção à apreciação do público. O protagonismo de Samira no cinema se expressa tanto na autoafirmação enquanto roteirista e diretora num território majoritariamente masculino, quanto na insistência em falar sobre a experiência de ser mulher em seus filmes. Nestes, eu, mulher, nesta ponta de cá do mundo, me sinto também contemplada.

Algumas referências:
https://womeninfilm.org/52-films/
http://tvbrasil.ebc.com.br/ciclos-de-cinema/episodio/a-maca
http://50anosdefilmes.com.br/2011/as-cinco-da-tarde-panj-e-asr/
http://www.c7nema.net/entrevista/item/31160-entrevista-a-samira-makhmalbaf-um-rosto-da-resistencia-iraniana.html

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Jade Luiza é estudante de História, escritora e fotógrafa. É membro do grupo Sétima de Cinema desde janeiro de 2017.

Texto originalmente publicado na SÉTIMA: Revista de Cinema (edição 41, de dezembro de 2017), que é distribuída gratuitamente na Região do Cariri cearense. A Revista Sétima é uma publicação do Grupo de Estudos Sétima de Cinema, que se reúne semanalmente no SESC de Juazeiro do Norte-CE.

Textos recentes da Revista Sétima postados no Blog O Berro:
- Conhecendo Carrière
- De repente soube, é cinema!
- Diante do meu amor pelo cinema
- O absurdo nosso de cada dia: as mulheres na Mostra 21 de 2017
- Meu romance com o cinema ou não era cilada, era amor
- Uma história: aniversário dos cinco anos do Grupo de Estudos Sétima de Cinema
- Longe deste insensato mundo
- Relato de viagem durante a IX Janela Internacional de Cinema do Recife

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quarta-feira, 14 de março de 2018

‘Hipócrates’, filme de Thomas Lilti, em exibição no Cine Sesc Juazeiro



Cine Sesc Juazeiro
Exibição do filme Hipócrates
Ficha técnica:
Título original: Hippocrate
Direção: Thomas Lilti
Roteiro: Thomas Lilti, Baya Kasmi, Julien Lilti, Pierre Chosson
Elenco: Vincent Lacoste, Reda Kateb, Jacques Gamblin, Marianne Denicourt, Félix Moati, Carole Franck, Philippe Rebbot, Julie Brochen, Jeanne Cellard
Duração: 102 minutos
Ano: 2014
País de origem: França

“Benjamin inicia sua residência no mesmo hospital onde seu pai trabalha, e logo descobre que a realidade do dia a dia está distante da teoria. Para completar, ele tem que acompanhar um novo residente, mais velho e mais experiente.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na quarta-feira, 14 de março de 2018, às 19h
No Sesc Juazeiro do Norte-CE. Entrada gratuita.

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domingo, 11 de março de 2018

‘Aquarius’, filme de Kleber Mendonça Filho, no Cine Sesc Crato



Cine Sesc Crato
Exibição do filme Aquarius
Ficha técnica:
Título original: Aquarius
Direção e roteiro: Kleber Mendonça Filho
Elenco: Sônia Braga, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Irandhir Santos, Carla Ribas, Allan Souza Lima, Bárbara Colen, Julia Bernat, Germano Melo, Pedro Queiroz
Duração: 145 minutos
Ano: 2016
Países de origem: Brasil, França

“Clara (Sonia Braga) tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na segunda-feira, 12 de março de 2018, às 19h
No Sesc Crato-CE. Entrada gratuita.

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sexta-feira, 9 de março de 2018

‘Vestígios do Dia’, filme de James Ivory, em exibição no Cine Café



Cine Café do CCBNB Cariri (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Vestígios do Dia
Ficha técnica:
Título original: The Remains of the Day
Direção: James Ivory
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala (roteiro baseado em obra de Kazuo Ishiguro)
Elenco: Anthony Hopkins, Emma Thompson, Christopher Reeve, James Fox, John Haycraft, Caroline Hunt, Peter Vaughan, Paula Jacobs, Ben Chaplin
Duração: 134 minutos
Ano: 1993
Países de origem: Estados Unidos, Reino Unido

“Em 1958, James Stevens, mordomo de Darlington Hall (local onde sempre trabalhou) recebe uma carta da srta. Kenton, que foi governanta da casa há vinte anos atrás. Ele pede permissão e parte para encontrá-la. Durante esta viagem, ele relembra vários casos de quando trabalhava no local, que oscilam entre maravilhas e pesadelos. Baseado na obra de Kazuo Ishiguro, foi indicado a 8 Oscar: Filme, Diretor, Melhor Diretor, Ator (Anthony Hopkins), Atriz (Emma Thompson), Roteiro Adaptado, Direção de Arte, Figurino e Trilha Sonora.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 10 de março de 2018, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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Vozes femininas na Sociedade dos Cordelistas Mauditos: tema do Clube do Leitor de março



“Este mês, o Clube do Leitor destaca o debate acerca da construção social do gênero feminino a partir da produção da Sociedade dos Cordelistas “Mauditos”, um grupo-movimento composto por jovens poetas de Juazeiro do Norte-CE, que, a partir do ano 2000, lançou inúmeros folhetos pelo Projeto SESCordel/Novos Talentos, trazendo uma postura crítica não só sobre o discurso do “descobrimento” do Brasil, mas também em relação à forma como o folheto tradicional representava as mulheres, os negros e os gays. Nesse movimento, muitas vozes femininas se destacaram como Salete Maria, Fanka Santos, Edianne Nobre, Camila Alenquer na poesia e Jô Andrade na xilogravura. Folhetos como Habeas bocas companheiras, Mulheres fazem, O que é ser mulher? Mulher-consciência – nem violência nem opressão, Mulher-Cariri Cariri-mulher, Embalando meninas em tempos de violência, A beata beat Cult, dentre outros, são importantes instrumentos tanto de forte expressão literária como de (des)construção de subjetividades femininas.” (sinopse da divulgação do evento)
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Clube do Leitor do CCBNB Cariri
Marias e Franciscas no Raio da Silibrina:
Vozes femininas na Sociedade dos Cordelistas Mauditos
Facilitadora: Profa. Claudia Rejanne
Produtor: Alex Baoli
Sexta-feira, dia 09 de março de 2018, 19h
Na Biblioteca do Centro Cultural Banco do Nordeste - CCBNB Cariri
Juazeiro do Norte-CE
Entrada gratuita.

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quinta-feira, 8 de março de 2018

Feira Cariri Criativo de março de 2018



Feira Cariri Criativo
De 08 a 10 de março de 2018, das 18h às 22h
Na Praça da Sé (Crato-CE)
Gratuito.

Programação:

08/03 (quinta-feira):
18h: Roda Sociológica - Dia da Mulher
18h às 22h: Discotecagem Vinil - Andréa Furtado & André Alcman
20h: Lançamento da Estampa Cariri Criativo Convida - Fernanda Oliveira
*Poema na Feira - Meninas do Coletivo Camaradas

09/03 (sexta-feira):
18h às 20h: Oficina de Dança do Ventre - Carla Cavalcante
20h: Coco das Minas - Débora Paiva
21h: Show - Fatinha Gomes e Carla Ribeiro
*Poema na Feira - Xanas recitam xanas

10/03 (sábado):
18h às 20h: Performance: Escuto histórias de amor - Carla Cavalcante
18h às 20h: Oficina de Turbante - Maria Renata
18h30: Cine Arte Clube - Mulheres de Palha / Plantadas na Fé
19h: Lançamento: Revista em Quadrinhos MariaZ
19h30: Dança e música árabe - Dakini Alencar e Renê Dalton / Tribal Fusion Bellydance - Carla Cavalcante
20h30: Show - Gatas Extraordinárias
*Poema na Feira - Girassóis Brilhantes.

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segunda-feira, 5 de março de 2018

‘Paulina’, filme de Santiago Mitre, em exibição no Cine Sesc Crato



Cine Sesc Crato
Exibição do filme Paulina
Ficha técnica:
Título original: La patota
Direção: Santiago Mitre
Roteiro: Mariano Llinás, Santiago Mitre
Elenco: Dolores Fonzi, Esteban Lamothe, Oscar Martínez, Cristian Salguero, Laura López Moyano, Ezequiel Díaz, Verónica Llinás, Marcos Machuca, Walter Casco
Duração: 103 minutos
Ano: 2015
Países de origem: Argentina, Brasil, França

“Paulina (Dolores Fonzi) largou uma promissora carreira na advocacia para ser professora em uma região problemática da Argentina. Sacrificando o namoro e a confiança do pai, um poderoso juiz (Oscar Martinez), ela sustenta as suas convicções de ensino e política. Entretanto, sua crença é colocada à prova após ser agredida por seus alunos.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição na segunda-feira, 05 de março de 2018, às 19h
No Sesc Crato-CE. Entrada gratuita.

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sexta-feira, 2 de março de 2018

‘Todos os Homens do Presidente’, filme de Alan J. Pakula, no Cine Café



Cine Café do CCBNB Cariri (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Todos os Homens do Presidente
Ficha técnica:
Título original: All the President's Men
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: William Goldman (baseado em livro de Carl Bernstein e Bob Woodward)
Elenco: Robert Redford, Dustin Hoffman, Jack Warden, Martin Balsam, Hal Holbrook, Jason Robards, Jane Alexander, Meredith Baxter, Ned Beatty, Stephen Collins
Duração: 138 minutos
Ano: 1976
País de origem: Estados Unidos

“Carl Bernstein (Dustin Hoffman) e Bob Woodward (Robert Redford), jornalistas do Washington Post, investigam a invasão da sede do Partido Democrata, ocorrida durante a campanha presidencial dos EUA, em 1972. O trabalho acabou sendo um dos principais motivos da renúncia do presidente Richard Nixon, do Partido Republicano, em 1974. Foi o famoso escândalo de Watergate.” (sinopse da divulgação do evento)

Exibição no sábado, 03 de março de 2018, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada gratuita.

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