Grifo nosso # 23
"(...) Sempre à parte, socialmente, das bandas da época (com exceção, por estranho que pareça, do The Who), o grupo [Pink Floyd] procurava, agora, expressar seu distanciamento do público. O resultado: um álbum conceitual sobre um astro pop desiludido que surta e acha que é um líder fascista. Nada que Tommy ou Ziggy já não tivessem feito. E a metáfora central — tijolos — não era exatamente excitante.
Então, a emoção está nos detalhes — uma produção elaborada até mesmo para os padrões grandiosos do Floyd, vocais no estilo Beach Boys falando sobre a escória e canções concisas, em especial o protesto de 'Another brick in the wall Pt. II' e a favorita dos fãs, 'Comfortably numb'.
O álbum foi um megassucesso de vendas, na linha de Dark side of the moon. Ficou seis meses entre os cinco mais vendidos da Billboard e liderou a parada durante 15 semanas. Duas décadas depois — de acordo com Roger Waters, principal compositor da banda — o disco ainda 'vende algo como quatro milhões de cópias por ano' (...)."
____
Bruno MacDonald, no livro 1001 discos para ouvir antes de morrer (Sextante, 2007).
Na nossa menção aos 32 anos de lançamento do disco The wall, lançado no dia 30 de novembro de 1979.
"Goodbye blue sky":
"Nobody home":
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
De Repente Blues no Armazém do Som
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Dicas de filmes por Wendell Borges # 08
Filme: O amigo americano
Título original: Der amerikanische freund
Direção: Wim Wenders
Roteiro: Wim Wenders, baseado em livro de Patricia Highsmith
Origem: Alemanha
Ano de lançamento: 1977
Duração: 127 min.
Comentário: Filme com ritmo lento e por vezes aborrecedor, mas a boa atuação de Bruno Ganz, a bela fotografia e a atmosfera de tensão compensam o tempo gasto — cerca de duas horas sem contar com os letreiros finais.
A trama gira em torno de Jonathan Zimmermann (Bruno Ganz), um pacato moldurista alemão, que é apresentado a Tom Ripley (Dennis Hopper) em um leilão. Ripley passa a encomendar molduras a Jonathan e, após o primeiro encontro rude entre os dois, acabam por iniciar uma breve amizade.
Jonathan está sofrendo de leucemia e com os dias contados, ele então recebe uma proposta de um gangster francês (papel do ator Gerard Blain) para que ele mate um bandido rival, recebendo em troca uma grande quantia que irá tranquilizar sua mulher e o filho pequeno após sua morte.
Filme: A onda
Título original: Die welle
Direção: Dennis Gansel
Roteiro: Dennis Gansel e Peter Thorwarth, baseados no romance do norte-americano Todd Strasser (1950)
Origem: Alemanha
Ano de lançamento: 2008
Duração: 107 min.
Comentário: Um professor começa a dar aulas de autocracia e, exercendo tal poder junto aos alunos, começa a espalhar ideias socialistas, o que gera um conflito ideológico-político de proporções até então inimagináveis.
Um filme que nos leva a pensar no poder que um professor tem nas mãos e em como ele é capaz de influenciar e provocar seus alunos, desde, é claro, que ele não se proponha apenas em repassar o modelo ideológico vigente. Quando um dia os educadores perceberem o poder que têm nas mãos, o mundo sofrerá uma transformação e estes profissionais poderão ser verdadeiramente reconhecidos e valorizados.
Trailer:
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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .
Título original: Der amerikanische freund
Direção: Wim Wenders
Roteiro: Wim Wenders, baseado em livro de Patricia Highsmith
Origem: Alemanha
Ano de lançamento: 1977
Duração: 127 min.
Comentário: Filme com ritmo lento e por vezes aborrecedor, mas a boa atuação de Bruno Ganz, a bela fotografia e a atmosfera de tensão compensam o tempo gasto — cerca de duas horas sem contar com os letreiros finais.
A trama gira em torno de Jonathan Zimmermann (Bruno Ganz), um pacato moldurista alemão, que é apresentado a Tom Ripley (Dennis Hopper) em um leilão. Ripley passa a encomendar molduras a Jonathan e, após o primeiro encontro rude entre os dois, acabam por iniciar uma breve amizade.
Jonathan está sofrendo de leucemia e com os dias contados, ele então recebe uma proposta de um gangster francês (papel do ator Gerard Blain) para que ele mate um bandido rival, recebendo em troca uma grande quantia que irá tranquilizar sua mulher e o filho pequeno após sua morte.
Filme: A onda
Título original: Die welle
Direção: Dennis Gansel
Roteiro: Dennis Gansel e Peter Thorwarth, baseados no romance do norte-americano Todd Strasser (1950)
Origem: Alemanha
Ano de lançamento: 2008
Duração: 107 min.
Comentário: Um professor começa a dar aulas de autocracia e, exercendo tal poder junto aos alunos, começa a espalhar ideias socialistas, o que gera um conflito ideológico-político de proporções até então inimagináveis.
Um filme que nos leva a pensar no poder que um professor tem nas mãos e em como ele é capaz de influenciar e provocar seus alunos, desde, é claro, que ele não se proponha apenas em repassar o modelo ideológico vigente. Quando um dia os educadores perceberem o poder que têm nas mãos, o mundo sofrerá uma transformação e estes profissionais poderão ser verdadeiramente reconhecidos e valorizados.
Trailer:
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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .
10 anos sem George Harrison
Grifo nosso # 22
"'George não é misterioso', disse John Lennon em 1968. 'Mas o mistério em George é imenso. Observá-lo revelar aos poucos esse mistério é que é interessante.'
Quando os Beatles começaram a ganhar fama, George Harrison era o personagem menos conhecido dessa força repentina e inexorável que passava a mudar a cultura e a história — mais tarde, porém, ele parecia ser o mais radical e surpreendente tesouro escondido da banda. Quando os Beatles acabaram, foi Harrison quem, dos quatro, inicialmente emplacou os maiores sucessos na carreira solo. Seu primeiro trabalho pós-Beatles foi épico e adorável e, na sequência, esteve à frente do mais singular concerto da história do rock. Era um homem sincero e de boa vontade. Mas desde meados dos anos 1970 George evitou aparições públicas e se afastou dos holofotes da música pop, recolhendo-se à sua enigmática mansão, onde permaneceu isolado, em meio a suspostos temores e mantendo distância deliberada da moda pop contemporânea. Era um recuo ou seria, ao contrário, um meio de alcançar outra forma de realização? Será que Harrison não tinha mais necessidade do mundo que o amara com tanta intensidade, ou teria ele sofrido um desapontamento tão irreparável que fizera com que se tornasse um compositor — por vezes tão comovente — apenas esporádico?
'Ser um Beatle foi um pesadelo, uma história de horror', disse Harrison certa vez. 'Não gosto nem de pensar nisso.' Os Beatles receberam extraordinário carinho em sua carreira — e cada um deles cantou ao mundo que o amor era a chave da fé e do desejo que poderiam nos salvar e fazer nossas vidas valerem a pena. Como explicar, então, que tal dádiva pudesse se transformar em pesadelo a quem a ofertava? Por mais que isso tenha me intrigado, não encontrei a resposta. A única pessoa que poderia elucidar a questão morreu em 29 de novembro de 2001, depois de uma corajosa e dignificante batalha não apenas com a morte, mas com a vida."
____
Mikail Gilmore, em "O mistério em George Harrison", no livro Ponto final: crônicas sobre os anos 1960 e suas desilusões (Companhia das Letras, 2010).
No nosso registro pelos 10 anos da morte de George Harrison, completados hoje, dia 29 de novembro de 2011.
"While my guitar gently weeps", do Álbum branco (1968) dos Beatles:
"My sweet lord", do álbum solo All things must pass (1970).
"'George não é misterioso', disse John Lennon em 1968. 'Mas o mistério em George é imenso. Observá-lo revelar aos poucos esse mistério é que é interessante.'
Quando os Beatles começaram a ganhar fama, George Harrison era o personagem menos conhecido dessa força repentina e inexorável que passava a mudar a cultura e a história — mais tarde, porém, ele parecia ser o mais radical e surpreendente tesouro escondido da banda. Quando os Beatles acabaram, foi Harrison quem, dos quatro, inicialmente emplacou os maiores sucessos na carreira solo. Seu primeiro trabalho pós-Beatles foi épico e adorável e, na sequência, esteve à frente do mais singular concerto da história do rock. Era um homem sincero e de boa vontade. Mas desde meados dos anos 1970 George evitou aparições públicas e se afastou dos holofotes da música pop, recolhendo-se à sua enigmática mansão, onde permaneceu isolado, em meio a suspostos temores e mantendo distância deliberada da moda pop contemporânea. Era um recuo ou seria, ao contrário, um meio de alcançar outra forma de realização? Será que Harrison não tinha mais necessidade do mundo que o amara com tanta intensidade, ou teria ele sofrido um desapontamento tão irreparável que fizera com que se tornasse um compositor — por vezes tão comovente — apenas esporádico?
'Ser um Beatle foi um pesadelo, uma história de horror', disse Harrison certa vez. 'Não gosto nem de pensar nisso.' Os Beatles receberam extraordinário carinho em sua carreira — e cada um deles cantou ao mundo que o amor era a chave da fé e do desejo que poderiam nos salvar e fazer nossas vidas valerem a pena. Como explicar, então, que tal dádiva pudesse se transformar em pesadelo a quem a ofertava? Por mais que isso tenha me intrigado, não encontrei a resposta. A única pessoa que poderia elucidar a questão morreu em 29 de novembro de 2001, depois de uma corajosa e dignificante batalha não apenas com a morte, mas com a vida."
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Mikail Gilmore, em "O mistério em George Harrison", no livro Ponto final: crônicas sobre os anos 1960 e suas desilusões (Companhia das Letras, 2010).
No nosso registro pelos 10 anos da morte de George Harrison, completados hoje, dia 29 de novembro de 2011.
"While my guitar gently weeps", do Álbum branco (1968) dos Beatles:
"My sweet lord", do álbum solo All things must pass (1970).
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Exibição de 'Dirigindo no Escuro' no Cine Café do CCBNB Cariri
Cine Café do CCBNB (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Dirigindo no escuro
Título original: Hollywood ending
Direção: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, George Hamilton, Téa Leoni, Debra Messing
Duração: 112 min.
Ano: 2002
País de origem: EUA
Val Waxman (Woody Allen) é um diretor de cinema que, nos anos 70 e 80, esteve bastante badalado em Hollywood, sendo que hoje Waxman apenas consegue dirigir comerciais de TV. Até que a chance que esperava para retornar ao estrelato surge através de um produtor (Treat Williams) de um grande estúdio, que está atualmente namorando sua ex-esposa (Téa Leoni) e lhe oferece a direção de um grande projeto. Waxman imediatamente aceita a proposta mas, pouco antes do início das filmagens, passa a sofrer de cegueira temporária. Decidido a trabalhar assim mesmo, ele passa então a contar com a ajuda de alguns amigos para que possa dirigir o filme sem que os produtores e executivos do estúdio percebam seu atual estado.
Exibição no sábado, 26 de novembro de 2011, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada franca.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
20 anos sem Freddie Mercury
Grifo nosso # 21
"Um dos personagens mais marcantes da história do rock mundial foi a invenção de um jovem tímido de Zanzibar (na costa da Tanzânia) que sonhava em se tornar uma 'lenda' e que usava a afetação no palco como escudo para sua insegurança.
A descrição de Freddie Mercury, líder do Queen morto em 1991, é feita por Mark Blake, autor de Is This Real Life? The Untold Story of Queen (É Esta a Vida Real? A história não contada do Queen, Da Capo Press, 432 págs.), a recém-lançada biografia do grupo britânico que vendeu mais de 300 milhões de discos.
Segundo Blake, Freddie não era autêntico, mas o resultado da ambição de Farrokh Bulsara, nome verdadeiro do cantor. A atenção dada a seu personagem, diz Blake, fez com que Brian May e Roger Taylor, guitarrista e baterista da banda, ficassem ofuscados e não recebessem o devido crédito por sua contribuição no Queen."
Daniel Silveira, em "A invenção da rainha", na Revista Cult 160 (agosto de 2011), Editora Bregantini.
____
Na nossa homenagem pela lembrança dos 20 anos sem Freddie Mercury, falecido no dia 24 de novembro de 1991. O personagem cumpriu tanto a ambição de Farrokh Bulsara que nem pensamos ser "apenas o nome" de um personagem que fez/faz um sucesso estrondoso e tem o respeito e admiração das turmas das mais variadas vertentes do pop e do rock.
Abaixo um vídeo pra lembrar as atuações de Mercury no palco, onde ele chamava pra si todas as atenções, liderando a banda Queen; e o clipe de "The Show Must Go On".
"Under Pressure":
"The Show Must Go On":
"Um dos personagens mais marcantes da história do rock mundial foi a invenção de um jovem tímido de Zanzibar (na costa da Tanzânia) que sonhava em se tornar uma 'lenda' e que usava a afetação no palco como escudo para sua insegurança.
A descrição de Freddie Mercury, líder do Queen morto em 1991, é feita por Mark Blake, autor de Is This Real Life? The Untold Story of Queen (É Esta a Vida Real? A história não contada do Queen, Da Capo Press, 432 págs.), a recém-lançada biografia do grupo britânico que vendeu mais de 300 milhões de discos.
Segundo Blake, Freddie não era autêntico, mas o resultado da ambição de Farrokh Bulsara, nome verdadeiro do cantor. A atenção dada a seu personagem, diz Blake, fez com que Brian May e Roger Taylor, guitarrista e baterista da banda, ficassem ofuscados e não recebessem o devido crédito por sua contribuição no Queen."
Daniel Silveira, em "A invenção da rainha", na Revista Cult 160 (agosto de 2011), Editora Bregantini.
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Na nossa homenagem pela lembrança dos 20 anos sem Freddie Mercury, falecido no dia 24 de novembro de 1991. O personagem cumpriu tanto a ambição de Farrokh Bulsara que nem pensamos ser "apenas o nome" de um personagem que fez/faz um sucesso estrondoso e tem o respeito e admiração das turmas das mais variadas vertentes do pop e do rock.
Abaixo um vídeo pra lembrar as atuações de Mercury no palco, onde ele chamava pra si todas as atenções, liderando a banda Queen; e o clipe de "The Show Must Go On".
"Under Pressure":
"The Show Must Go On":
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
'Ride on the Roller Coaster': novo disco de estúdio da Glory Fate
A banda Glory Fate começou a divulgar nesta semana as músicas e a venda do seu novo disco, Ride on the Roller Coaster, o terceiro álbum de estúdio da banda. As faixas em MP3 já foram disponibilizadas pelos próprios integrantes da banda no link abaixo:
http://www.4shared.com/file/
(clique para baixar Ride on the Roller Coaster)
Mas é importante destacar que, além da possibilidade de baixar o disco — uma simpática e eficiente atitude da banda, que se preocupou em anexar até as letras das músicas no arquivo para download — o disco estará à venda a partir de amanhã (dia 24 de novembro), na Porão Rock, em Juazeiro do Norte.
A capa contou com o trabalho gráfico de Marcus Lorenzet (e arte-final de Pedro Grangeiro); já no som da banda — formada no estúdio Markim (vocal e guitarra), Michel Macedo (guitarra), Victor (baixo) e Remy (bateria) — tem para os fãs do heavy metal e do hard rock clássicos um repertório que justifica o título do disco: sem deixar a peteca cair durante os quase 40 minutos do disco, o ouvinte embarca numa montanha russa (sem freio e sem descanso). Quem espera ouvir baladas, não embarque desta vez.
Todas as faixas foram compostas em parceria por Markim e Michel, exceto curiosamente pela faixa que dá título ao disco ("Ride on the Roller Coaster"), de autoria do baixista Victor Marcel, que também substitui Markim nos vocais da faixa.
Atualmente a banda conta nos palcos com uma nova formação, mantendo a dupla de compositores (Markim e Michel), mas agora acompanhada por Eduardo Tavares no baixo e Leandro Teles na bateria. E muitas das faixas do novo disco já fazem parte do repertório do show da banda, que pode mudar de formação sucessivas vezes, mas que nunca para!
(Em outra postagem deste blog já mencionamos a importância da Porão Rock e da Glory Fate na história do rock caririense - e mais especificamente, na matéria, em Juazeiro do Norte. Para (re)ler a postagem clique aqui)
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Rodapé # 27
# Rodapé das antas (15 anos de O Berro)
"Professor, você tem aí o corpo humano do cavalo pra mostrar?"
"Professor, você tem aí o corpo humano do cavalo pra mostrar?"
43 anos do lançamento do 'Álbum branco' dos Beatles
# Grifo nosso 20
"(...) O álbum começa com um rugido e o barulho de um avião decolando — é o rock de 'Back in the URSS', uma paródia da fórmula dos Beach Boys. O disco mistura baladas acústicas incomparáveis como 'Dear Prudence' e 'Mother Nature's Son' e peças cômicas como 'Ob-La-Di, Ob-La-Da' e 'Rocky Raccoon'. Lennon e McCartney — uma dupla de compositores mais nos créditos do que na prática — produziram alguns de seus trabalhos mais duradouros com 'Blackbird' e 'Revolution 1', enquanto a surrealista 'Happiness Is A Warm Gun', de Lennon, é uma minissuíte. No entando, a música que mais se destaca é 'While My Guitar Gently Weeps', de Harrison.
Era um disco confuso, portanto, mas vendeu dois milhões de cópias na primeira semana apenas nos Estados Unidos."
____
Jim Harrington, no livro 1001 discos para ouvir antes de morrer (Sextante, 2007)...
...no nosso registro pelos 43 anos de lançamento do famoso álbum The Beatles (White album), do quarteto de Liverpool (não mais tão coeso na época, embora ainda genial). Disco lançado no dia 22 de novembro de 1968.
White Album sessions:
"Yer Blues" (White Album)
"(...) O álbum começa com um rugido e o barulho de um avião decolando — é o rock de 'Back in the URSS', uma paródia da fórmula dos Beach Boys. O disco mistura baladas acústicas incomparáveis como 'Dear Prudence' e 'Mother Nature's Son' e peças cômicas como 'Ob-La-Di, Ob-La-Da' e 'Rocky Raccoon'. Lennon e McCartney — uma dupla de compositores mais nos créditos do que na prática — produziram alguns de seus trabalhos mais duradouros com 'Blackbird' e 'Revolution 1', enquanto a surrealista 'Happiness Is A Warm Gun', de Lennon, é uma minissuíte. No entando, a música que mais se destaca é 'While My Guitar Gently Weeps', de Harrison.
Era um disco confuso, portanto, mas vendeu dois milhões de cópias na primeira semana apenas nos Estados Unidos."
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Jim Harrington, no livro 1001 discos para ouvir antes de morrer (Sextante, 2007)...
...no nosso registro pelos 43 anos de lançamento do famoso álbum The Beatles (White album), do quarteto de Liverpool (não mais tão coeso na época, embora ainda genial). Disco lançado no dia 22 de novembro de 1968.
White Album sessions:
"Yer Blues" (White Album)
sábado, 19 de novembro de 2011
Dicas de filmes por Wendell Borges # 07
Filme: A serpente
Título original: The Reptile
Direção: John Gilling
Origem: Reino Unido
Ano de lançamento: 1966
Duração: 90 min.
Filme visto dia 15/11/2011
Comentário: A Serpente foi um das muitas obras produzidas pela companhia inglesa Hammer, especializada em filmes de Horror e que teve o seu auge produtivo entre os anos de 1955 e 1979. Com direção do inglês John Gilling e um bom elenco de atores, o filme conta ainda com uma boa montagem que sustenta o interesse do espectador até o fim. A maquiagem do australiano Roy Ashton (1909-1995) também merece elogios, a aparição da criatura que dá título ao filme é assustadora.
O filme tem início após a morte de Charles Spalding por uma misteriosa criatura que só é revelada ao final do filme. Charles deixa uma casa de herança para seu irmão Harry Spalding, interpretado pelo ator Ray Barret (1927-2009), que chega até o vilarejo onde o irmão morava e traz consigo a esposa Valerie Spalding, interpretada pela bela atriz gaulesa Jennifer Daniel (1939). Ao chegar no vilarejo os dois são mal recebidos e Harry começa a investigar o que realmente causou a morte de seu irmão.
Uma das características da Hammer era realizar filmes de qualidade com baixo orçamento, aproveitando bem os cenários para criar grandes atmosferas de suspense e terror. Vale ressaltar ainda as atuações de Noel Willman (interpretando o Dr. Franklyn) e a belíssima atriz Jacqueline Pearce (1943) no papel de sua filha Ana Franklyn.
Filme: Detenção
Título original: The experiment
Direção: Paul Scheuring
Origem: EUA
Ano de lançamento: 2010
Duração: 96 min.
Filme visto dia 15/11/2011
Comentário: Versão americana do filme alemão A experiência, realizado em 2001. O roteiro escrito pelo também diretor Paul Scheuring (criador da série de TV Prison Break) foi baseado na novela Black Box, de Mario Giordano.
Scheuring conduz a trama com os atores Adrien Brody e Forest Whitaker encabeçando o elenco principal. A trama narra o drama vivido por 20 voluntários que ingressam em uma experiência — na qual precisam ficar isolados em um confinamento de duas semanas, recebendo ordens — para assim poderem receber certa quantia em dinheiro. Esta versão americana é bastante inferior ao original alemão por diversos fatores: além das motivações pessoais criadas para cada personagem, o elenco não demonstra a mesma força expressiva dos atores alemães, e os cenários escolhidos não ajudam a dar a credibilidade que a obra necessita.
Trailer:
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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .
Título original: The Reptile
Direção: John Gilling
Origem: Reino Unido
Ano de lançamento: 1966
Duração: 90 min.
Filme visto dia 15/11/2011
Comentário: A Serpente foi um das muitas obras produzidas pela companhia inglesa Hammer, especializada em filmes de Horror e que teve o seu auge produtivo entre os anos de 1955 e 1979. Com direção do inglês John Gilling e um bom elenco de atores, o filme conta ainda com uma boa montagem que sustenta o interesse do espectador até o fim. A maquiagem do australiano Roy Ashton (1909-1995) também merece elogios, a aparição da criatura que dá título ao filme é assustadora.
O filme tem início após a morte de Charles Spalding por uma misteriosa criatura que só é revelada ao final do filme. Charles deixa uma casa de herança para seu irmão Harry Spalding, interpretado pelo ator Ray Barret (1927-2009), que chega até o vilarejo onde o irmão morava e traz consigo a esposa Valerie Spalding, interpretada pela bela atriz gaulesa Jennifer Daniel (1939). Ao chegar no vilarejo os dois são mal recebidos e Harry começa a investigar o que realmente causou a morte de seu irmão.
Uma das características da Hammer era realizar filmes de qualidade com baixo orçamento, aproveitando bem os cenários para criar grandes atmosferas de suspense e terror. Vale ressaltar ainda as atuações de Noel Willman (interpretando o Dr. Franklyn) e a belíssima atriz Jacqueline Pearce (1943) no papel de sua filha Ana Franklyn.
Filme: Detenção
Título original: The experiment
Direção: Paul Scheuring
Origem: EUA
Ano de lançamento: 2010
Duração: 96 min.
Filme visto dia 15/11/2011
Comentário: Versão americana do filme alemão A experiência, realizado em 2001. O roteiro escrito pelo também diretor Paul Scheuring (criador da série de TV Prison Break) foi baseado na novela Black Box, de Mario Giordano.
Scheuring conduz a trama com os atores Adrien Brody e Forest Whitaker encabeçando o elenco principal. A trama narra o drama vivido por 20 voluntários que ingressam em uma experiência — na qual precisam ficar isolados em um confinamento de duas semanas, recebendo ordens — para assim poderem receber certa quantia em dinheiro. Esta versão americana é bastante inferior ao original alemão por diversos fatores: além das motivações pessoais criadas para cada personagem, o elenco não demonstra a mesma força expressiva dos atores alemães, e os cenários escolhidos não ajudam a dar a credibilidade que a obra necessita.
Trailer:
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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Embalado pra viagem # 38
A história de um menino bom
(o primeiro conto de John, para meus ex-colegas do Curso de Direito)
John Lady Bavava era um menino bom. Pedia a bênção ao pai antes de ir dormir. Acreditava em Deus. Deus é que não acreditava nele. John Lady Bavava sempre foi um menino normal. Só tinha um pequeno defeito: era muito feio e abestado. Mas isso nunca atrapalhara sua vida até então.
Ele mamou até os dezoito anos de idade, até que sua mãe morreu de leitosperose. E John Lady Bavava se apaixonou por uma lata de leite Ninho. O pai sempre o tratou bem. A não ser quando estava lhe batendo, o que acontecia todos os dias.
Aos trinta e dois anos de idade, John Lady Bavava teve uma grande desilusão da vida. Resolveu que estava na hora de ser gente. E fugiu de casa. Andou três quarteirões e voltou porque estava com sede. Seu pai, então, lhe deu uma garrafa térmica. John Lady Bavava então fugiu novamente. Daquela vez andou cinco quarteirões e se perdeu.
Sem ter como voltar para casa, John Lady Bavava só tinha uma solução. Foi o que fez: chorou bastante, até ser preso por desordem. Passou uma semana preso, e adorou. Tinha comida e roupa lavada. Só não gostava quando o sabonete caía na hora do banho. Ele sempre apanhava, o que lhe dava uma terrível dor na bunda.
Ao sair da cadeia, John Lady Bavava foi atrás de emprego. Não conseguiu. Foi pedir esmolas, e ninguém dava. Pensou em se matar, mas tinha medo de morrer. Foi então que descobriu a sua verdadeira vocação, e arranjou emprego no depósito de lixo. A partir daí sua vida mudou: começou a feder mais.
Até que um dia, vasculhando o lixo em busca de comida, John Lady Bavava achou um gabarito do vestibular da URCA. Fez sua inscrição. E passou para Direito.
Doze anos depois, terminou o curso. Hoje, é uma pessoa normal. Graças ao seu diploma, conseguiu emprego no Esplanada. Casou-se. E vai ser feliz para sempre.
____
Michel Macedo, no livro Fragmentos de insônia (2000).
(o primeiro conto de John, para meus ex-colegas do Curso de Direito)
John Lady Bavava era um menino bom. Pedia a bênção ao pai antes de ir dormir. Acreditava em Deus. Deus é que não acreditava nele. John Lady Bavava sempre foi um menino normal. Só tinha um pequeno defeito: era muito feio e abestado. Mas isso nunca atrapalhara sua vida até então.
Ele mamou até os dezoito anos de idade, até que sua mãe morreu de leitosperose. E John Lady Bavava se apaixonou por uma lata de leite Ninho. O pai sempre o tratou bem. A não ser quando estava lhe batendo, o que acontecia todos os dias.
Aos trinta e dois anos de idade, John Lady Bavava teve uma grande desilusão da vida. Resolveu que estava na hora de ser gente. E fugiu de casa. Andou três quarteirões e voltou porque estava com sede. Seu pai, então, lhe deu uma garrafa térmica. John Lady Bavava então fugiu novamente. Daquela vez andou cinco quarteirões e se perdeu.
Sem ter como voltar para casa, John Lady Bavava só tinha uma solução. Foi o que fez: chorou bastante, até ser preso por desordem. Passou uma semana preso, e adorou. Tinha comida e roupa lavada. Só não gostava quando o sabonete caía na hora do banho. Ele sempre apanhava, o que lhe dava uma terrível dor na bunda.
Ao sair da cadeia, John Lady Bavava foi atrás de emprego. Não conseguiu. Foi pedir esmolas, e ninguém dava. Pensou em se matar, mas tinha medo de morrer. Foi então que descobriu a sua verdadeira vocação, e arranjou emprego no depósito de lixo. A partir daí sua vida mudou: começou a feder mais.
Até que um dia, vasculhando o lixo em busca de comida, John Lady Bavava achou um gabarito do vestibular da URCA. Fez sua inscrição. E passou para Direito.
Doze anos depois, terminou o curso. Hoje, é uma pessoa normal. Graças ao seu diploma, conseguiu emprego no Esplanada. Casou-se. E vai ser feliz para sempre.
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Michel Macedo, no livro Fragmentos de insônia (2000).
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Programação Overdoze 2011
Dicas de filmes por Wendell Borges # 06
Filme: Rumo ao sul
Título original: Vers le sud
Direção: Laurent Cantet
Roteiro: Robin Campillo, Laurent Cantet
Fotografia: Pierre Milon
Origem: França/Canadá
Ano de lançamento: 2005
Duração: 105 min.
Comentário: Um filme hipnótico, com momentos que vão do riso contido à angustiante reflexão sobre a frieza das relações humanas. O diretor alemão radicado na França, Laurent Cantet (1961), soube aproveitar ao máximo o talentoso elenco do filme: a atriz inglesa Charlotte Rampling (1946), por exemplo, esbanja charme e frieza para compor sua personagem.
A trama se passa na Haiti dos anos 70, onde um grupo de estrangeiros se hospeda num pequeno hotel paradisíaco à beira-mar. Entre eles, as norte-americanas Brenda (interpretada por Karen Young) e Ellen (interpretada por Charlotte Rampling). Elas disputam a afeição de Legba, um jovem gigolô haitiano de apenas 18 anos. Além de Ellen e Karen acompanhamos também a personagem Sue, interpretada pela atriz canadense Louise Portal (1950).
O roteiro escrito por Robins Campillo e Laurent Cantet é uma adaptação de três romances de Dany Laferrière, autor haitiano exilado durante a ditadura de Jean-Claude Duvalier. Destaque para a exuberante e belíssima fotografia de Pierre Millon.
Trailer:
Filme: Trotsky: A Revolução começa na Escola
Título original: The Trostky
Direção: Jacob Tierney
Origem: Canadá
Ano de lançamento: 2009
Duração: 120 min.
Filme visto dia 01/11/2011
Comentário: Filme indie realizado no Canadá com boa atuação do jovem ator Jay Baruchel, que interpreta um jovem burguês que acredita ser a reencarnação do líder marxista russo Leon Trotsky (1879-1940). A direção e o roteiro é do também canadense Jacob Tierney.
Muitas das piadas do filme podem ser melhor apreciadas por quem conhece um pouco sobre a vida de Leon Trotsky, intelectual marxista e revolucionário bolchevique, fundador do Exército Vermelho e rival de Stalin na tomada do Partido Comunista. Os cinéfilos também irão reparar em um pesadelo recorrente do personagem principal, que sonha sendo o bebê que desce no carrinho pela escadaria de Odessa no famoso filme russo de Sergei Eisenstein, O Encouraçado Potemkin, realizado em 1925.
Trailer:
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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .
Título original: Vers le sud
Direção: Laurent Cantet
Roteiro: Robin Campillo, Laurent Cantet
Fotografia: Pierre Milon
Origem: França/Canadá
Ano de lançamento: 2005
Duração: 105 min.
Comentário: Um filme hipnótico, com momentos que vão do riso contido à angustiante reflexão sobre a frieza das relações humanas. O diretor alemão radicado na França, Laurent Cantet (1961), soube aproveitar ao máximo o talentoso elenco do filme: a atriz inglesa Charlotte Rampling (1946), por exemplo, esbanja charme e frieza para compor sua personagem.
A trama se passa na Haiti dos anos 70, onde um grupo de estrangeiros se hospeda num pequeno hotel paradisíaco à beira-mar. Entre eles, as norte-americanas Brenda (interpretada por Karen Young) e Ellen (interpretada por Charlotte Rampling). Elas disputam a afeição de Legba, um jovem gigolô haitiano de apenas 18 anos. Além de Ellen e Karen acompanhamos também a personagem Sue, interpretada pela atriz canadense Louise Portal (1950).
O roteiro escrito por Robins Campillo e Laurent Cantet é uma adaptação de três romances de Dany Laferrière, autor haitiano exilado durante a ditadura de Jean-Claude Duvalier. Destaque para a exuberante e belíssima fotografia de Pierre Millon.
Trailer:
Filme: Trotsky: A Revolução começa na Escola
Título original: The Trostky
Direção: Jacob Tierney
Origem: Canadá
Ano de lançamento: 2009
Duração: 120 min.
Filme visto dia 01/11/2011
Comentário: Filme indie realizado no Canadá com boa atuação do jovem ator Jay Baruchel, que interpreta um jovem burguês que acredita ser a reencarnação do líder marxista russo Leon Trotsky (1879-1940). A direção e o roteiro é do também canadense Jacob Tierney.
Muitas das piadas do filme podem ser melhor apreciadas por quem conhece um pouco sobre a vida de Leon Trotsky, intelectual marxista e revolucionário bolchevique, fundador do Exército Vermelho e rival de Stalin na tomada do Partido Comunista. Os cinéfilos também irão reparar em um pesadelo recorrente do personagem principal, que sonha sendo o bebê que desce no carrinho pela escadaria de Odessa no famoso filme russo de Sergei Eisenstein, O Encouraçado Potemkin, realizado em 1925.
Trailer:
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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Dudé e Banda na Mostra SESC Cariri
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
CCBNB apresenta Museu Vivo com Geraldo Ramos Freire
Museu vivo com Geraldo Ramos Freire (Juazeiro do Norte-CE)
Geraldo Ramos Freire nasceu em 1938. Seguiu carreira militar por algum tempo, mas resolveu trabalhar como mecânico. Posteriormente, a convite do Padre Gino, ajudou a reativar a antiga fábrica de relógios mecânicos dos Salesianos, fundada por Pelúsio Macêdo com o apoio do Padre Cícero, uma das primeiras do Brasil.
Mediação de Antonio Queiroz, 60 min.
Terça-feira, dia 8 de novembro de 2011, às 19h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte)
Entrada gratuita.
Embalado pra viagem # 37
The Dry Cleaner from des Moines (Charles Mingus, Joni Mitchell)
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Joni Mitchell (ao lado do baixista Jaco Pastorius). No nosso registro pelos 68 anos de vida da cantora e compositora canadense, completados hoje, dia 7 de novembro de 2011.
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Joni Mitchell (ao lado do baixista Jaco Pastorius). No nosso registro pelos 68 anos de vida da cantora e compositora canadense, completados hoje, dia 7 de novembro de 2011.
Grifo nosso # 19
"(...) há pertinência em notar na Tropicália (na esteira da Antropofagia) uma tendência a tornar o Brasil exótico tanto para turistas quanto para brasileiros. Sem dúvida eu próprio até hoje rechaço o que me parecem tentativas ridículas de neutralizar as características esquisitas desse monstro católico tropical, feitas em nome da busca de migalhas de respeitabilidade internacional mediana. Claro que reconheço que reflexos de um turbante de bananas não seriam particularmente úteis à cabeça de um pesquisador de física nuclear ou de letras clássicas que tivesse nascido no Brasil. Apenas sei que este fato 'Brasil' só pode liberar energias criativas que façam proliferar pesquisadores de tais disciplinas (ou inventores de disciplinas novas) se não se intimidar diante de si mesmo. E se puser seu gozo narcísico acima da depressão de submeter-se o mais sensatamente possível à ordem internacional."
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Caetano Veloso, em Verdade tropical (Companhia das Letras, 1997).
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Caetano Veloso, em Verdade tropical (Companhia das Letras, 1997).
domingo, 6 de novembro de 2011
'Fados' no Cinemarana do SESC Crato
Cinemarana do SESC Crato (com mediação de Elvis Pinheiro)
Exibição do filme Fados
Título original: Fados
Diretor: Carlos Saura
Elenco: Chico Buarque de Hollanda, Camané, Toni Garrido, Caetano Veloso
Duração: 89 min.
Ano: 2007
País de origem: Portugal, Espanha
Premiado em festivais de cinema e apaludido pelo público, Fados é uma apaixonante viagem sonora através de diversas variações do fado, o gênero musical tradicional de Portugal. As canções são interpretadas por artistas consagrados como Caetano Veloso, Chico Buarque, Mariza, Camané, Lila Downs, Carlos do Carmo, entre outros. Há também uma linda homenagem àquela que foi a maior cantora de fado de todos os tempos: Amália Rodrigues.
Exibição na segunda-feira, 07 de novembro de 2011, às 19h
No SESC Crato-CE. Entrada franca.
sábado, 5 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Exibição de 'Arizona nunca mais' no Cine Café do CCBNB Cariri
Cine Café do CCBNB
Exibição do filme Arizona nunca mais
Título original: Raising Arizona
Direção: Joel Coen
Elenco: Holly Hunter, Nicolas Cage, John Goodman, Trey Wilson, Frances McDormand
Duração: 92 min.
Ano: 1987
País de origem: EUA
O segundo filme dos Irmãos Coen. Com Nicolas Cage e Holly Hunter, que neste filme faz uma policial verborrágica que casa com um ex-presidiário e vive infeliz porque é estéril e precisa urgentemente ser mãe. A solução é sequestrar um bebê de um rico empresário que teve trigêmeos. E tudo isso no sul dos EUA.
Exibição no sábado, 5 de novembro de 2011, às 17h30
No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (Juazeiro do Norte). Entrada franca.
Sábado com Rock em Juazeiro do Norte
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Dicas de filmes por Wendell Borges # 05
Filme: A clínica
Título original: The clinic
Direção: James Rabbitts
Origem: Austrália
Ano de lançamento: 2010
Duração: 94 min.
Filme visto dia 01/11/2011
Comentário: Apesar dos clichês, o começo parecia até promissor, mas os personagens fraquinhos (mal desenvolvidos pelo elenco principal) e um personagem aparentemente central (no enredo mal aproveitado) fizeram o filme cair de qualidade.
O mistério até consegue segurar a atenção do espectador, mas o que eu temia era uma explicação estapafúrdia para os acontecimentos — o que veio a se concretizar nos minutos finais. A trama se passa no ano de 1979: antes do advento do exame de DNA. E é através desta premissa que o filme faz várias mães sequestradas tentarem se matar em uma clínica no meio do deserto para salvarem a vida de seus filhos e também para descobrirem quem é filho de quem. É justamente na explicação absurda deste fato que o filme perde pontos em seu clímax.
Trailer:
Filme: O império dos sentidos
Título original: Ai no korîda
Direção: Nagisa Oshima
Origem: Japão
Ano de lançamento: 1976
Duração: 108 min.
Filme visto dia 01/11/2011
Comentário: Nagisa Oshima dirigiu, em 1976, este clássico absoluto do erotismo, que mostra uma paixão doentia entre uma ex-prostituta chamada Sada (brilhantemente interpretada pela atriz Eiko Matsuda), e o chefe dela, Kichizo Ishida (interpretado pelo excelente ator Tatsuya Fuji).
O filme é um dos mais famosos da história do cinema, por ter sido proibido em vários países, incluindo seu país de origem, o Japão — que jamais liberou a versão original, tendo exibido uma versão com cortes — e também por trazer um olhar artístico para representação do sexo explícito nas telas de cinema, fazendo também uma bela relação entre o erotismo e a morte. O diretor Nagisa Oshima é considerado um dos fundadores da chamada Nouvelle Vague japonesa.
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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .
Título original: The clinic
Direção: James Rabbitts
Origem: Austrália
Ano de lançamento: 2010
Duração: 94 min.
Filme visto dia 01/11/2011
Comentário: Apesar dos clichês, o começo parecia até promissor, mas os personagens fraquinhos (mal desenvolvidos pelo elenco principal) e um personagem aparentemente central (no enredo mal aproveitado) fizeram o filme cair de qualidade.
O mistério até consegue segurar a atenção do espectador, mas o que eu temia era uma explicação estapafúrdia para os acontecimentos — o que veio a se concretizar nos minutos finais. A trama se passa no ano de 1979: antes do advento do exame de DNA. E é através desta premissa que o filme faz várias mães sequestradas tentarem se matar em uma clínica no meio do deserto para salvarem a vida de seus filhos e também para descobrirem quem é filho de quem. É justamente na explicação absurda deste fato que o filme perde pontos em seu clímax.
Trailer:
Filme: O império dos sentidos
Título original: Ai no korîda
Direção: Nagisa Oshima
Origem: Japão
Ano de lançamento: 1976
Duração: 108 min.
Filme visto dia 01/11/2011
Comentário: Nagisa Oshima dirigiu, em 1976, este clássico absoluto do erotismo, que mostra uma paixão doentia entre uma ex-prostituta chamada Sada (brilhantemente interpretada pela atriz Eiko Matsuda), e o chefe dela, Kichizo Ishida (interpretado pelo excelente ator Tatsuya Fuji).
O filme é um dos mais famosos da história do cinema, por ter sido proibido em vários países, incluindo seu país de origem, o Japão — que jamais liberou a versão original, tendo exibido uma versão com cortes — e também por trazer um olhar artístico para representação do sexo explícito nas telas de cinema, fazendo também uma bela relação entre o erotismo e a morte. O diretor Nagisa Oshima é considerado um dos fundadores da chamada Nouvelle Vague japonesa.
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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .
Banda Rubber Soul na La Favorita
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Sonora Brasil com Quarteto Colonial
Através do Sonora Brasil, o SESC objetiva o desenvolvimento de programações que propõem o desenvolvimento histórico da música no Brasil. Constituído por temáticas, este ano, pela primeira vez em sua 14ª edição, o Sonora Brasil apresentou dois temas que foram divididos entre as cinco regiões do Brasil. “Sotaques do Fole” circulou nas regiões Sul e Sudeste enquanto que “Sagrados Mistérios: Vozes do Brasil” passou pelas demais.
Desta forma, estiveram inseridas na programação do projeto no Ceará as apresentações das Caixeiras do Divino (MA), da Comitiva de São Benedito da Marujada de Bragança (RJ), da banda de Congo Panela de Barro (ES) e agora, na próxima quinta, o Quarteto Colonial encerrará o projeto.
Para encerrar a edição de 2011 do Sonora Brasil, projeto inserido no Circuito Nacional SESC de Música, a próxima atração a vir se apresentar na Região do Cariri será o Quarteto Colonial. Os shows do grupo do Rio de Janeiro acontecerão nos dias 03/11, no Auditório SESC Adalberto Vamoz, SESC Crato, a partir das 19h e dia 04/11 no Teatro SESC Patativa do Assaré, SESC Juazeiro, às 20h. A entrada é franca.
Coros e solistas proferem a música sacra desde a Idade Média. A tradição não remete apenas ao judaísmo ou ao cristianismo, mas também a outras religiões ocidentais. O canto gregoriano, por exemplo, é uma das expressões mais antigas nas missas e atos litúrgicos. No Sonora Brasil ele será representado pelo grupo Quarteto Colonial, que compõe música sacra de concerto a partir da obra do Padre José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830).
O Quarteto Colonial é composto por Doriana Mendes, Daniela Mesquita, Geilson Santos e Luiz Kleber Queiroz, que farão a representação de salmos, motetes, missas e réquiens.
(texto da produção do evento)
____Sonora Brasil - Circuito 2011/2012
Sagrados Mistérios: Vozes do Brasil
Apresentações do Quarteto Colonial
Quinta-feira, dia 3 de novembro de 2011, às 19h
No SESC Crato. +info: (88) 3523.4444
Sexta-feira, dia 4 de novembro de 2011, às 20h
No SESC Juazeiro. +info: (88) 3587.1065
Entrada franca.
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